Cortina Lírica de “A Noite do Castelo” encerra o Mes de CARLOS GOMES
"Em setembro de 1861, Carlos Gomes estreou no Rio de Janeiro a sua primeira ópera. Agora, os 150 anos da obra do jovem “Tonico de Campinas” serão lembrados com uma cortina lírica no Teatro do Centro de Convivência.
A montagem da cortina lírica da primeira ópera de Carlos Gomes, A NOITE DO CASTELLO, tem a intenção de festejar os 150 anos da première realizada em 04 de setembro de 1861, no Teatro Lírico Fluminense, no Rio de Janeiro. O compositor tinha então 25 anos e esse primeiro trabalho operístico marcou um grande triunfo. Para encerrar as comemorações do Mês de Carlos Gomes, a Secretaria Municipal de Cultura e a ABAL Campinas apresentarão uma récita do espetáculo no Teatro Interno "Luis Otavio Burnier", no Centro de Convivência Cultural Carlos Gomes, no dia 28 de setembro de 2011, às 20 horas, com entrada franca.
A Secretaria também se esforça também para realizar uma segunda récita na Concha Acústica (Auditório Beethoven), do Parque Taquaral. A cortina lírica marcará a estreia da Orquestra Cia. de Ópera Carlos Gomes, que tem a direção artística e a regência do maestro Hermes Coelho.
A Secretaria também se esforça também para realizar uma segunda récita na Concha Acústica (Auditório Beethoven), do Parque Taquaral. A cortina lírica marcará a estreia da Orquestra Cia. de Ópera Carlos Gomes, que tem a direção artística e a regência do maestro Hermes Coelho.
Segundo Alcides Acosta, presidente da ABAL Campinas, entidade responsável pela produção do evento, “a intenção da apresentação na Concha Acústica e também no teatro do Convivência, com entrada gratuita, e democratizar e popularizar as óperas de Carlos Gomes. A garantia do aspecto didático do espetáculo, é o fato da ópera ser cantada em português, o que permite a todos entenderem a estória, sem a necessidade de legendagem”.
O maestro Hermes Coelho regerá um grupo de solistas, orquestra e os corais “Collegium Vocale” e Ars Musicalis, que foram preparados pelo regente Sérgio Akira. A orientação cênica é de Jonas Rocha Lemos e seis solistas líricos encarnam os papéis principais: o barítono Sebastião Teixeira (Conde Orlando, pai de Leonor), soprano Pergy Grassi (Leonor), tenor Christian Dayner (Henrique, noivo prometido de Leonor, que se supõe morto na Terra Santa), tenor Nunno Dellalio (Fernando, noivo de Leonor), barítono José Luiz Águedo-Silva (Raymundo, um velho andarilho), e o mezzosoprano Karine Martimbianco (Ignez, mãe de Leonor).
A ópera é baseada no libreto de Antônio José Fernandes, construído sobre o poema do poeta português Antônio Feliciano de Castilho. Conta que Henrique partira para a Terra Santa, incorporado à Primeira Cruzada, deixando seu amor, a jovem Leonor, sua prima de quem gostava desde criança. Os anos passam, mas o Cavaleiro das Cruzadas não volta. Supõem-no morto. Um jovem nobre, Fernando, chega para abrasar o peito da moça. Empolgada pela paixão, ela se entrega ao seu novo amor. Fernando, já seu amante, tem com Leonor encontros noturnos numa cabana existente no parque do Castelo, propriedade de seu pai, o Conde Orlando. Henrique regressa da Terra Santa e descobre os amores clandestinos daquela que lhe tinha sido prometida. Na véspera do casamento, quando os amantes em passeio pelo parque encontram Henrique, este lhes barra o acesso e Fernando é desafiado para um duelo. O combate termina com a morte de Fernando. Leonor, reconhecendo o homem a quem dedicara seu primeiro amor, quase enlouquece. A vingança de Henrique não pára, entretanto. Decide matar Leonor também. Quando está para executar o trágico crime, o Conde Orlando e fere de morte o assassino de Fernando. Só então reconhece seu sobrinho Henrique, já agonizando. Henrique, que muito amava e respeitava o tio, pede perdão. Perdoa a Leonor pelo perjúrio e desonra e morre. Leonor, enlouquece e se mata. Para concluir, tão ao gosto da época, o espectador sai com a impressão que o Conde Orlando também morrerá, visto que ele diz no final da ópera: “A este golpe não resisto... meus dias já vão findar...”
A Orquestra Cia. de Ópera “Carlos Gomes” de Campinas, formada para esta montagem, é integrada por músicos profissionais com experiência orquestral. O objetivo principal agora será a preparação de óperas, focalizando essa manifestação musical e divulgando o estilo. Vem completar uma lacuna existente nessa área na cidade de Campinas e região. A orquestra contribuirá para o aproveitamento de jovens músicos recém-formados pela Unicamp e escolas técnicas da região dando-lhes a oportunidade de iniciar uma carreira orquestral. O maestro Hermes Coelho possui ampla experiência na área orquestral, o que possibilitará um crescimento humano e musical aos integrantes e a garantia de um trabalho de alta qualidade artística. O maestro Hermes Coelho é o curador e diretor artístico do Festival de Música Sacra de Campinas, cuja nona edição ocorreu em 2011. Foi premiado com a Medalha Carlos Gomes, pela contribuição Artística e Cultural à Cidade de Campinas em 2000, 2003 e, por duas vezes, em 2006. Em 2004 recebeu o Diploma de Honra ao Mérito “Herbert de Souza – Betinho”, com a Orquestra de Câmara Ars Musicalis, por trabalhos prestados à comunidade. Em 2008, venceu o concurso para maestro titular da Orquestra Sinfônica de Americana. Atualmente é regente titular da Orquestra de Câmara e Coral Ars Musicalis, Orquestra de Câmara da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Canto Coral Exsultate, (SP), Coral do Círculo Militar de Campinas e Coral Deloitte de São Paulo
Sebastião Teixeira, barítono, viverá o personagem Conde Orlando. Ele foi duas vezes premiado pela APCA como melhor cantor erudito e constam em seu repertório mais de trinta óperas. Interpretou os papéis principal em Il Barbiere di Siviglia, La Boheme, Carmen, La Forza del Destino, Don Pasquale, Madame Butterfly, Cavalleria Rusticana, I Pagliacci, Il Cappella di Paglia di Firenze, Pedro Malazarte, Dido and Eneas, Tenente Kijé, Pelleas et Mélissande, Candide, Les Pêcheurs de Perles, LÌtaliana in Algeri, Il Travatore, Jenufa e Salbador Rosa entre outras.
Grande Intérprete de Carlos Gomes, gravou o oratório “Colombo” para a IV Cutlura de São Paulo. Cantou ao lado de artistas como Elena Obraztsova, Leona Mitchell, Lando Bartolini e Arthur Thompson e sob a batuta de Eugene Kohn, Isaac Karabtchesvisky, Ira Levin, Karl Martin, Jamil Maluf, John Neschiling, Claudio Cruz, Mário Zaccaro, Roberto Tibiriçá, Roberto Minczuk, T. Collaccioppo, L.F.Malheiro, A.Sangiorgi, L. Friend, G. Mannis, Silvio Barbato entre outros. Teixeira também interpretou o papel-título da ópera “Chagas” de Silvio Barbato, em estréia mundial na sala Palestrina do Palazzo Pamphilj sede da embaixada brasileira em Roma, em novembro de 2008.
Como Leonor aparece Pergy Grassi, soprano natural de Dois Córregos, São Paulo, Pergy graduou-se em Música pelo Instituto de Artes do Planalto-UNESP. Participou do “XI Curso de Música Barroca y Rococco” em San Lorenzo de El Escorial (Espanha), e de diversos masterclasses, destacando-se com Fedora Barbieri(Itália), Julie Simson(EUA),Emmanuel Stroesser(França), Daniel Taylor(Canadá) e Sherrill Milnes(EUA). Em 1996 esteve em Budapeste aperfeiçoando técnica vocal e repertório com Mª Tereza Uribe e Tamás Salgó. Atualmente, é orientada pelo famoso soprano Nina Voziki. Foi finalista premiada no VI Concurso Villa-Lobos, em Vitória-ES e no IV Concurso Interpretação da Canção de Câmara Brasileira, em SP. Como idealizadora e cantora tem se apresentado desde 1994 nos recitais cênicos “A Carta” e “O Realejo- Imagens de Nossa Terra”. Atuou junto a orquestra na “Missa”, de Igor Stravinsky; e nas óperas “Dido e Eneas”(Purcell) como Belinda; “Flauta Mágica” (Mozart) como Primeira Dama; “Norma”(Bellini) como Norma e “O Barbeiro de Sevilha”(Rossini) como Berta. Participou de especiais sobre Música Colonial Brasileira para a Radio e TV Cultura e Rede Globo, tendo apresentado este mesmo repertório no “III Festival Internacional de Música Renascentista y Barroca Americana- Misiones de Chiquitos 2000”, Bolívia. Em 2003 apresentou-se como solista no “Messias” de Haendel com a Camerata Antiqua de Curitiba sob a regência do Maestro Nicolau de Figueiredo(Suíça/França). Vem se apresentando em Cortinas Líricas e em recitais camerísticos em São Paulo, Paraná, e Rio Grande do Sul. Em 2005 participou do projeto 60 Anos Itaú, e no mesmo ano, em primeira audição mundial apresentou e gravou o CD das obras do compositor e maestro José Tescari no projeto "Maestro Tescari - Compondo o Futuro", realizando o recital "Canções" pelo SESC Araraquara. Em 2008 participou do “Réquiem” de Mozart, “Gilda” da ópera “Rigoletto”, na série “Scena Lírica”, nas séries “Hebraica Meio-Dia” e “Encontro com a Ópera”,como Primeira Dama, da “Flauta Mágica” de Mozart e como “Manon” na ópera “Manon” de Massenet levada para diversas salas de concerto no estado de São Paulo e capital.
O tenor Christian Dayner encarna Henrique. O tenor é nascido em Campinas e desde 2007 estuda o Canto Lírico, no registro de tenor ligeiro, sob a orientação da professora Suzana Cabral. Realizou aulas de aperfeiçoamento vocal, técnica e interpretação de ópera com a Soprano Neyde Thomas. Estuda também, teoria elementar da música e piano sob a orientação da professora Lucielena Terribile. Foi solista em recitais realizados na Igreja Presbiteriana do Jardim Guanabara e na Associação Brasileira Carlos Gomes de Artistas Líricos (ABAL), interpretando árias de Mozart, Bellini, Verdi, Donizzeti e Puccini. Participou de Máster Class com o Tenor Kohdo Tanaka, Tamas Salgo - Maestro e Co-repetidor da Allame Opera House de Budapest – Ungria e Abel Rocha - Maestro Residente e Diretor de Vozes da Primeira Companhia Brasileira de Opera sob Direção Artística de John Neschling. Participou da 28º Oficina de Musica de Curitiba de 10 a 20 de Janeiro de 2010, no curso Técnica e Interpretação de Ópera ministrada pelos Digníssimos Cantores e Professores de Canto Neyde Thomas e Rio Novello, interpretando Arias de Óperas de Mozart, Donizetti e Rossini. Sua apresentação foi realizada na Capela Santa Maria em dois Concertos de Alunos de Canto realizados pela Oficina de Musica com co-repetição do pianista e maestro Joaquim Espírito Santo. De 09 a 19 de 2011 participou da 29º Oficina de Musica de Curitiba – Ópera Stúdio – Gianni Schicchi interpretando o papel de Rinuccio, A opera foi apresentada no teatro Guairinha e executada a piano pelo pianista e maestro Joaquim Espírito Santo. A ópera teve como regisseur Walter Neiva.
No personagem Fernando o público ouvirá o tenor Nunno Dellalio. Nunno teve seu primeiro contato com a música através do Sr. Otávio Busca, mestre titular da Corporação Musical Santa Cecília, de Itatiba. Iniciou estudos de violino com Antonio Carlos Lacerda e integrou-se ao Coral Quatro Cantos regido por César Cerassomma Junior, em Itatiba. Participou do curso de regência coral e técnica vocal pelo CCA da PUC-Campinas com a Profa. Ana Yara Campos. Estudou canto lírico primeiramente com a prof. Rosa Cioffi, de Itatiba, e depois com outros vários professores. Cantou na ópera LO SCHIAVO, de Carlos Gomes, em setembro de 2004 junto a OSMC (Orquestra Sinfônica de Campinas) sob regência do Maestro Cláudio Cruz e direção de Fernando Bicudo, no Teatro “José de Castro Mendes”, em Campinas e como tenor nas recitas menores da mesma ópera, apresentadas na PUCC e UNICAMP cantando o personagem Américo. É professor de italiano e trabalhou como tradutor na montagem da ópera, bem como apoio no idioma para o restante do elenco. Em 2005 cantou como convidado no coro da ópera DON GIOVANNI, de W.A. Mozart, junto da OSMC, sob regência do Maestro Cláudio Cruz e direção cênica de Beppe de Tomasi (Itália) e coro da UNICAMP, sob regência do Maestro Carlos Fiorini, no coro dos camponeses e coro dos espíritos, também no teatro “José de Castro Mendes” em Campinas. Em 2006 participou de Masterclass com o tenor japonês Kohdo Tanaka, em Campinas na sala “Carlos Gomes” e em 2007 participou do Master Class, com a então cantora Regina Elena Mesquita, do teatro Municipal de São Paulo. Mantém uma intensa atividade artística na região de Campinas, se apresentados em diversas salas nas cidades de Itatiba, Jundiaí e Campinas. Foi finalista do primeiro Concurso Nacional de Canto Lírico ''Estímulo a Jovens Talentos'' Carlos Gomes, no Centro de Ciências, Letras e Artes (CCLA) em Campinas, em 2008, ficando entre as 06 (seis) finalistas. Atualmente dedica-se às apresentações da ABAL-C, com repertório operístico e canções, como tenor solista, e participa em eventos e cerimonias em casamentos e recepções.
A ABAL Campinas, que assina esta produção juntamente com a Secretaria de Cultura, se constitui em um dos principais programas para a popularização da música operística e canções de compositores eruditos e semi-eruditos em Campinas, existindo há 29 anos. Em 18 de dezembro de 2011 a entidade celebrará 30 anos da série “Encontros Musicais”. A ABAL Campinas foi criada a partir de uma reunião realizada em outubro de 1981, na sede da Associação Campineira de Imprensa (ACI). No encontro, quando foi cunhado o lema “Para Nossa Voz Queremos Vez”, um grupo de artistas, liderado por Alcides Ladislau Acosta, gerou uma atividade semanal de recitais de solistas líricos, conjuntos de câmara, corais e declamadores. A assembleia extraordinária de fundação ocorreu no salão social do Clube Semanal de Cultura Artística, na Avenida Irmã Serafina, em 16 de abril de 1982, com a presença de autoridades, apreciadores da música lírica, cantores e músicos, e também, de outros membros da comunidade artística de Campinas. Para poder realizar a série de recitais “Encontros Musicais” a ABAL Campinas reivindicou e obteve da Secretaria de Cultura um espaço desocupado à época, existente no Centro de Convivência Cultural Carlos Gomes, em 1982, e ali estabeleceu a sala que denominou “SALA CARLOS GOMES”.
Ali permaneceu realizando atividades artísticas por cerca de 10 anos. Temporariamente o espaço da “SALA CARLOS GOMES” foi explorado comercialmente pelo CAFÉ DE LA RECOLETA. Entretanto, no início da ADMINISTRAÇÃO atual, o espaço foi devolvido às suas finalidades culturais e artísticas, mantida a denominação de “SALA CARLOS GOMES”, dada pela ABAL Campinas, e a entidade voltou a realizar, regularmente, os recitais líricos da série “ENCONTROS MUSICAIS”.
Escrito por Ali Hassan Ayache
FROZENAli permaneceu realizando atividades artísticas por cerca de 10 anos. Temporariamente o espaço da “SALA CARLOS GOMES” foi explorado comercialmente pelo CAFÉ DE LA RECOLETA. Entretanto, no início da ADMINISTRAÇÃO atual, o espaço foi devolvido às suas finalidades culturais e artísticas, mantida a denominação de “SALA CARLOS GOMES”, dada pela ABAL Campinas, e a entidade voltou a realizar, regularmente, os recitais líricos da série “ENCONTROS MUSICAIS”.
Escrito por Ali Hassan Ayache
Recebí de minha amiga Rogoldoni:
ResponderExcluirSucesso à vista !