Páginas

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

AOS MEUS AMIGOS... ATÉ A VOLTA , SE DEUS QUISER !!!!


COQUETEL DE LANÇAMENTO DO ESPECIAL SOBRE O MAESTRO ANTONIO CARLOS GOMES, "ACORDES DE UMA VIDA" (foto)

NÃO SEI SE TEREI TEMPO DE ENTRAR EM MEU BLOG, ENQUANTO ESTIVER NA EUROPA... MAS SE NÃO O FIZER, DEIXO AQUI UM TEXTO QUE GOSTO MUITO.
AO CHEGAR, TRANSCREVEREI O DISCURSO MARAVILHOSO QUE MEU (já querido) AMIGO, MAESTRO GIOVANNI FORNASIERI FEZ, POR OCASIÃO DO COQUETEL DE LANÇAMENTO DO ESPECIAL "ACORDES DE UMA VIDA", DA EPTV, NO DIA 14 DE OUTUBRO, NO ROYAL PALM PLAZA HOTEL.
ATÉ A VOLTA, SE DEUS QUISER !


FERNÃO CAPELO GAIVOTA
Richard Bach

Era uma vez uma gaivota, que não se conforma em passar a vida em busca de alimento, disputando um peixe com o resto do bando. Fernão quer mais, quer alçar largos vôos, aprender, evoluir. Sendo assim, passa seus dias e noites tentando e tentando mais uma vez, até a exaustão, a perfeição do vôo, sendo diferente de todos os outros.
A maior parte das gaivotas não se preocupava em aprender mais do que os simples fatos do vôo – como ir à comida e voltar.
Para a maioria, o importante não é voar, mas comer. Para esta gaivota, contudo, o importante não era comer, mas voar...
-Por que, Fernão, por que ? – perguntava-lhe a mãe. Por que é que lhe custa tanto, ser como o resto do bando ?... Por que não come ?...
- Eu só quero saber... é tudo. (respondia ele). Há tanto que aprender ! Em vez da monótona labuta de procurar peixes junto dos barcos de pesca, temos uma razão para estarmos vivos ! Podemos subtrairmo-nos à ignorância, podemos encontrar-nos como criaturas excelentes, inteligentes e hábeis. Podemos ser livres ! Podemos aprender a voar !

Certa vez, as gaivotas reunidas o esperavam e ele é chamado ao centro, o que poderia significar duas coisas: grande vergonha ou grande honra e pensava consigo mesmo:
- Não quero honras... só quero partilhar o que descobri, mostrar a todos, esses horizontes que estão à nossa frente.
Mas, o mais velho, em nome da dignidade e tradição das gaivotas, profere o veredicto:
Fernão é expulso, desterrado para uma vida solitária, acusado de ser irresponsável.
- Irresponsabilidade ? Meus irmãos ! Quem é mais responsável do que uma gaivota, que descobre e desenvolve um significado, um propósito mais elevado na vida ? Passamos mil anos lutando por cabeças de peixe, mas agora temos uma razão para viver, para aprender, para descobrir, para sermos livres !

Mas seus argumentos não surtiram efeito.
Fernão Gaivota passou o resto dos seus dias sozinho, mas voou muito além dos penhascos longínquos. A solidão não o entristecia.
Entristecia-o que as outras gaivotas se tivessem recusado a acreditar na glória do vôo que as esperava. Recusaram-se a abrir os olhos e a ver.
Aprendia cada vez mais... voou através de nevoeiros cerrados e subiu acima deles para céus estonteantes de claridade, enquanto qualquer outra gaivota ficava em terra, conhecendo apenas neblina e chuva...
O que outrora desejara para o bando, tinha-o agora só para si. Aprendera a voar e não lamentava o preço que pagara por isso.
Fernão Gaivota descobriu que o tédio, o medo e a ira são as razões por que a vida de uma gaivota é tão curta e, sem isso a perturbar-lhe o pensamento, viver de fato uma vida longa e feliz.
Tempos depois, as duas gaivotas que surgiram junto às suas asas eram puras como a luz das estrelas.
- Muito bem. Quem são vocês ?
- Nós somos do seu bando, Fernão. Somos duas irmãs... viemos para levar você para mais alto, para levá-lo para casa.
E Fernão Capelo Gaivota elevou-se com as duas gaivotas brilhantes como estrelas, para desaparecer num céu perfeitamente escuro...
Enquanto se afastava da terra e ultrapassava as nuvens em formação com as duas gaivotas, notou que o seu próprio corpo se tornava tão brilhante como os delas.
Em realidade, era o mesmo Fernão Capelo Gaivota, que sempre vivera por detrás dos olhos dourados. Só a forma exterior se modificara.
A lembrança da sua vida na terra sumia-se.
Nos dias que se seguiram, Fernão verificou que neste lugar havia tanto para aprender acerca do vôo, como houvera na vida que deixara para trás. Mas com uma diferença:
Aqui, as gaivotas pensavam como ele. Para cada uma delas, o mais importante na vida era olhar em frente e alcançar a perfeição.
- Onde estão os outros, Henrique ? Por que somos tão poucos aqui ? No lugar de onde eu vim, havia milhares e milhares de gaivotas !
- Eu sei – Henrique abanou a cabeça.
A única resposta que encontro, Fernão, é que você é um daqueles pássaros que se encontram num milhão.
Quase todos nós percorremos um longo caminho... Tem alguma idéia de, por quantas vidas tivemos que passar até chegarmos a ter a primeira de que há na vida algo mais do que comer ?
Mil vidas, Fernão, dez mil !!
E depois mais cem vidas até começar a aprender que há uma coisa chamada perfeição e ainda outras cem, para nos convencermos de que nosso objetivo na vida é encontrar essa perfeição.
Escolhemos o nosso próximo mundo através daquilo que aprendemos neste...
Nunca deixem de aprender, de treinar e de lutar por compreenderem cada vez melhor e perfeito e invisível princípio de toda vida...
Vê mais longe, a gaivota que voa mais alto.

A PRESTO, AMICI !!!

YOLANDA GOMES - sobrinha de Carlos Gomes (dir.) DENISE MARICATO - sobrinha trineta de Carlos Gomes (esq.)

EPTV faz première de documentário sobre Carlos Gomes

Lançamento para convidados apresentou especial que vai ao ar domingo (18)

15/10/2009 - 00:15

Da redação
Em cerimônia para convidados na noite desta quarta-feira (14), em Campinas, a EPTV fez a primeira exibição do documentário "Acordes de Uma Vida", que retrata vida e obra do compositor Carlos Gomes - o especial, que integra as comemorações de 30 anos da emissora, vai ao ar domingo (18), após "Norma". O lançamento contou com autoridades, familiares de Carlos Gomes, atores, diretores da EPTV e produtores do documentário.

A festa de lançamento teve surpresas para os convidados, como as interpretações ao vivo de peças de Carlos Gomes por Margareth Reali, que cantou "Quem Sabe?", e por Giovani Fornasieri, pianista italiano cuja família guarda laços sanguíneos com a da esposa de Carlos Gomes - são os remanescentes italianos mais próximos do maestro e também guardam lembranças, histórias e objetos. E ao final, puderam degustar uma receita inspirada em uma carta de Gomes, reclamando a falta de uma iguaria na Itália.

Para o prefeito Hélio de Oliveira Santos, "a importância do documentário é o resgate, uma homenagem que é também uma peça educacional." O prefeito assistiu ao especial de 30 anos da EPTV acompanhado de parte de seu secretariado, entre eles, o secretário e diretor de Cultura, Arthur Achilles e Vinícius Gratti; o de Saúde, Francisco Kerr Saraiva, entre outros. "É uma apresentação muito realista.

Deixa claro que temos uma grande dose de ressarcimento; Campinas tem um débito com Carlos Gomes", elogiou o prefeito ao final - e se referindo ao fato da cidade, já republicana, ter rejeitado receber o maestro que fôra bolsista do Império.

O documentário mescla reportagem e dramaturgia. Ao mesmo tempo em que apresenta a musicografia, aproveita a biografia para encenar as passagens dramáticas pessoais, como a morte de filhos, as dívidas ou o divórcio - todo o material é baseado em pesquisa e consultoria e entrevistas. Em algumas cenas, o capricho chegou a ter um calígrafo para imitar a escrita cursiva do compositor.

Em discurso e antes de tocar duas peças de Carlos Gomes, o pianista italiano Giovani Fornasieri conclamou a todos a um esforço para que "Fosca", que chamou de "ópera mais completa" pudesse ser produzida e encenada.

Fez justiça ao 'tio Gomes' - lembrou que era assim que o maestro campineiro era chamado na família do lado italiano - ao corrigir a história da música italiana, devolvendo a Carlos Gomes a criação da figura da "cantora artista", que seria incorporada com grande sucesso aos palcos.

O especial, de 50 minutos, vai ao ar domingo (18), após a exibição de "Norma".

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

UM RECADO PARA O ROGÉRIO VERZIGNASSE

Rogério, gostaria de cumprimentá-lo, pela iniciativa de começar a "passar a limpo" a história musical de Campinas: entrevistar as primas de meu marido, Mariangela de Tullio Bertuzzo e Lucia de Tullio Cristianini (a primeira, filha do Maestro Mário de Tullio e a segunda, filha do Maestro Luiz de Tullio), entrevista essa, que se deu no dia 13.
Sei também, que esta entrevista sairá no jornal "Correio Popular" no dia 18 deste mes com uma reportagem sobre a "FAMÍLIA TULLIO".
Não estarei aqui, pois, meu marido e eu estaremos voando para Paris na véspera.
Mas, desde já, deixo registrada aqui a minha alegria por poder contar com sua preciosa parceria, neste trabalho de "despertar" Campinas para as coisas que realmente contam e de tirar esta cidade desta letargia "politiqueira", que serve apenas aos interesses particulares de uns e outros.
Conte sempre comigo e obrigada, desde já !
Até a volta !

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

PRÉVIA DO ESPECIAL DE CARLOS GOMES


Ouça na íntegra a entrevista ocorrida nesta terça-feira pela manhã, no programa do Valter Sena - CBN-Campinas.
Ele entrevistou Luciene Viegas, Gerente de Rede e Luana Cezarini, produtora, da EPTV.
O programa foi todo focado em Carlos Gomes e o especial de 50 minutos intitulado ACORDES DE UMA VIDA, que será lançado hoje, dia 14, às 20:30 hs, na Casa de Campo do Royal Palm Plaza. Irá ao ar no próximo domingo às 23:30 hs, logo após o "Fantástico".
SERÁ IMPERDÍVEL !
http://www.portalcbncampinas.com.br/noticias_interna.php?id=25704

terça-feira, 13 de outubro de 2009

GIOVANNI FORNASIERI, parente de ADELINA PERI, mulher de CARLOS GOMES


Este é o professor, GIOVANNI FORNASIERI, parente de Adelina, residente em Milão, dando um concerto na SCUOLA CIVICA MUSICALE DI MILANO, que antes era a VILA de CARLOS GOMES: a VILA BRASILIA.

Ele é uma das pessoas com quem estarei em intenso contato, quando meu marido e eu chegarmos em Milão. Giovanni partirá no dia 16 e nós, no dia 17.
Aqui, a MOTIVA, Empresa do meu filho GUSTAVO, estará proporcionando a ele um TOUR pela cidade e um almoço especial.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

JOSÉ PEDRO DE SANT'ANNA GOMES, MEU TRISAVÔ


Irmão e amigo dedicadíssimo do genial maestro. Também era músico e compositor, mas de uma grande modéstia e todos os seus esforços foram em favor do irmão. Compôs com técnica segura, forma correta e profunda inspiração, vários quartetos e quintetos, além de uma “Ave-Maria Stella”, que compôs para a cerimônia inaugural da Matriz Nova, um quinteto “Saudade”, dedicado ao irmão que se encontrava na Itália, um quarteto para cordas, dedicado a D. Pedro II, homenagem que tributou ao Imperador, pelo amparo que este dispensara ao irmão querido, mantendo-o na Europa, durante anos seguidos.

Entre seus muitos irmãos, aos quais sempre amou intensamente, ACG tinha marcada predileção por Juca, seu único irmão germano. Juca foi ao longo de toda a sua existência, seu melhor amigo, o companheiro de suas primeiras lutas artísticas no Brasil, o amparo e o consolador desvelado de suas primeiras mágoas, o homem que, como pai extremoso, representou sempre para ele, o tronco familiar, o esteio moral e material a que sempre recorrera e que nunca lhe faltou.

Deolinda, mulher de Juca, era pianista.
Sant’Anna Gomes, além de compositor de grande valor, violinista emérito que chegou a ser um “virtuose”, professor de música e regente da Orquestra do Teatro de Campinas, também conhecia a fundo o ofício de ebanista.
A música de Sant’anna Gomes não oferece trechos de arroubos, páginas brilhantes; é de inspiração delicada, com rara nobreza de fatura.
Não foram os operistas italianos e alemães os seus modelos, mas os mestres da música de câmara, principalmente Mozart, que ele abeberou, como uma espécie de unção religiosa.” (Dr. Pelágio Lobo em artigo publicado no “Correio Paulistano”).

Juca tocava vários instrumentos, mas também era exímio violinista.
Teve a viola como seu preferido. Era brilhante sua atuação nos meios musicais de Campinas em sua época e foi de uma abnegação extraordinária pelo destino de Carlos Gomes, seu irmão de sangue e de arte, mas tão diferente dele no temperamento.

Quando Carlos Gomes triunfava na Itália com a primeira representação de “O Guarani” no Scala de Milão, Sant’anna Gomes lá se encontrava.
Em 1865 a Banda do Maneco ainda participava ativamente do carnaval campineiro, que era um dos mais animados. Nesta época já haviam proliferado as bandas de música. Em 1864, se incorporaram à folia cinco delas: a banda do Sant’anna Gomes, a do Joaquim Romão (Banda Romana), a Santa Cruz, a Philorfênica (de Sant’anna Gomes também) e a Euterpe Infantil.
Ainda ativo em 1867, Maneco realiza trabalhos para a Câmara, mas um novo nome começa a tomar o lugar do velho músico: José Pedro de Sant’anna Gomes, o abnegado Juca, que a esta época já regia a abanda que levava seu nome e a Philorfênica, fundada em 1863.
Era o mestre-ensaiador, Juca Músico, como lhe chamavam todos.

(MINHA BISAVÓ, ALZIRA GOMES MONTEIRO, FILHA DE SANT'ANNA GOMES, MEUS FILHOS RODRIGO MARICATO LOPES,ÉRIKA M. LOPES MONETA, GUSTAVO MARICATO LOPES E EU)
Sant’anna ainda regeu a Orquestra do Teatro São Carlos e trabalhou na Igreja, em substituição ao pai. A atividade musical também se transformara.
A inauguração da Matriz Nova se deu em 8 de Dezembro de 1883.

Foi apresentada a obra de Sant’Anna Gomes, “Ave Maris Stela, para mezzo-soprano, viola d’amore, executada pelo próprio Sant’anna à viola e orquestra.
No sepultamento de Maneco, os acordes lamentosos da banda, emolduravam o fim de uma época. Seu sucessor, ao seguir o cortejo fúnebre, já era o retrato do novo músico: apesar de ainda estar ligado à Igreja, seu lugar era o Teatro São Carlos, os salões e as agremiações artísticas, que surgiam cheias de vigor.

O grande herdeiro musical de Maneco foi José Pedro, que inclusive recebe o mesmo apelido do pai. Teve larga atuação como professor, foi exímio violonista e compositor inspirado, tendo executado também viola d’amore. Juca teve um coração amigo por excelência, ao qual Tonico recorreria até morrer, dele recebendo, pela força da ascendência, os conselhos do bom senso.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

ADENDO

PRIMEIRO CONCERTO 19 DE MARÇO DE 1968 ÀS 20:30HS.
REGENTE: MAESTRO LUIZ DE TULLIO





...Sr. Ruy Hellmeister Novaes, DD. Prefeito Municipal de Campinas...

...Sancionou a LEI Nº 3421 DE 29 DE DEZEMBRO DE 1965, QUE CRIOU A ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL, À QUAL DEU REGULAMENTAÇÃO PELO DECRETO Nº2840 DE 31 DE AGOSTO DE 1966.
Deu inteiro apoio à Secretariav de Educação e Cultura para que a Orquestra SE TORNASSE UMA REALIDADE, O QUE HOJE SE CONCRETIZA NESTE PRIMEIRO CONCERTO.
-----------------------------------
ESTE ANIVERSÁRIO TEM MAIS ANIVERSARIANTES, NÃO TEM ?
QUE MERECEM, MAIS DO QUE NINGUÉM, UMA PÁGINA INTEIRA NO "CORREIO POPULAR"...

AULA NÚMERO TRES


Pedindo licença ao Maestro CARLOS GOMES, pois, o blog é dele, mas o mes é dos TULLIO.
Mesmo porque, daqui há oito dias, estaremos na Itália, pesquisando mais sobre sua vida, "em mares 'e lugares' nunca dantes navegados..." rsrsrs...


TRANSCRIÇÃO:
“DIÁRIO DO POVO”- 4 DE JULHO DE 1967

BANDA MUSICAL CARLOS GOMES COMEMORA HOJE SEUS 72 ANOS

Há 72 anos, foi fundada nesta cidade, por um grupo de homens idealistas, tendo à frente o Sr. Constantino Suriani, a banda musical “Italo Brasileira”, cuja existência culminou com a grande vitória alcançada no Rio de Janeiro, por ocasião do Centenário da Independência do Brasil, em 1922, tendo o maestro JOÃO DI TULLIO recebido das mãos do Presidente Epitácio Pessoa, o primeiro prêmio como banda musical.
Por força das circunstâncias, em 1940, a banda recebeu outra denominação, ou seja, “Corporação Musical Carlos Gomes”, o que não alterou em absoluto as suas finalidades.
A entidade possui sede própria, situada à rua Benjamin Constant, 1423.
Aos domingos, realiza as costumeiras retretas no Jardim Carlos Gomes.
É órgão de utilidade pública e recebe subvenção da PREFEITURA local.
Possui um elenco de 30 músicos e o seu arquivo é o mais rico e vasto em partituras musicais.

DIRETORIA ATUAL
A atual diretoria da “Corporação Musical Carlos Gomes”, está assim constituída: Presidente – Manoel Ferreira Dias
Vice-presidente – cap. Teodoro A. Silva
1º e 2º secretários – Raphael Radamés Pretti e Hernani Bueno de Oliveira
1º e 2º tesoureiros – Rodolpho Ravagni e Francisco Passerani
Diretor de patrimônio – Jarbas Passerani
Diretor de propaganda – Ernani Paulino
Diretor arquivista – Cirilo Moreton
Diretor social – Iraldo G.
Orador – João Bianchi

Pelo jeito, esta BANDA ou CORPORAÇÃO era mais organizada que muita gente, hoje em dia.
Por quê ?
Porque, com tudo isso PUBLICADO NOS JORNAIS DE CAMPINAS, não se aceita e não se admite, fazer-se um texto histórico, no “folder” da programação da atual Orquestra Sinfônica, COM TODAS ESSAS OMISSÕES !
Ou será que os jornais são tão antigos, que “desbotaram” com o tempo e ninguém consegue enxergar mais nada ?
Se não conseguiram enxergar, transcrevi aqui. Podem até decorar, o que não seria mau.
Se bem que mandei e-mails para a diretoria da orquestra, falando dos TULLIO e nem resposta tive !
Meu marido LEVOU pessoalmente documentos que provam a existência dos TULLIO (como se precisasse de documentos para isso...) e teve que ir buscá-los, pois, não deram A MÍNIMA !
Mariângela TULLIO, quis conversar e não foi nem atendida.
E aí eu pergunto: POR QUÊ ?? Sacanagem ? E qual a razão ?

“DIÁRIO DO POVO” - 1967

BANDA ITALO-BRASILEIRA
A Banda musical Italo-Brasileira, comemora mais um aniversário de sua fundação.
Como a mais tradicional banda de música de Campinas, a “Italo-Brasileira”, durante sua trajetória, só fez elevar o conceito artístico, preocupando-se com seu empenho, impondo-se cada vez mais.
A Banda Italo-Brasileira obedecia a batuta do maestro TULLIO, bastante conceituado no mundo musical.

TRANSCRIÇÃO:
FESTIVAL DE BANDAS DE MÚSICA
Terá início no próximo sábado, o Primeiro Festival de Bandas de Música, promoção das Emissoras Associadas.
Apresentar-se-á em primeiro lugar, a CORPORAÇÃO MUSICAL CARLOS GOMES de Campinas, FUNDADA em 1894 e que tem a direção do maestro JOÃO DI TULLIO.
A TV Tupi e a Rádio Difusora transmitirão diretamente do coreto da Praça da Sé, o concerto desta Banda.



Como podem ver, abundam documentos e provas e testemunhas e evidências e artigos e folhetos e programas feitos pela Prefeitura..........E...............E..............E..............E........ETC...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

SERIA ESTE, UM PSEUDO - PAPEL ?

SEGUNDA AULA DA HISTÓRIA MUSICAL DE CAMPINAS:
PRESTEM BASTANTE ATENÇÃO !


TRANSCRIÇÃO DO "PSEUDO" - PAPEL:

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS

Secretaria de Educação e Cultura

Departamento de Cultura

apresentam

29º CONCERTO DA

ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL

Temporada de 1972

Solista de Violino - Prof. Carlos Zaidenbaum

REGENTE - MAESTRO LUIZ DE TULLIO

27 / 1 / 1972

CLUBE SEMANAL DE CULTURA ARTÍSTICA

PROGRAMA

1º Parte
1 - Alberto Nepomuceno - Alvorada na Serra - (da Suite Brasileira - 1864 - 1920)
2 - Franz Peter Schubert - Sinfonia Nº 5, EM SI BEMOL (1797 - 1828)
A) Allegro
B) Andante con Moto
C) Minueto
D) Allegro Vivace
Dedicada pela O.S.M. ao Exmo. Sr. Prof. José Alexandre dos Santos Ribeiro, DD. Secretário de Educação e Cultura.

2º Parte
3 - Felix Mendelssohn-Bartholdy (1809 - 1847) - Concerto para violino e orquestra, em mi menor, Op. 64
A) Allegro molto apassionato
B) Andante
C) Allegreto non tropo
D) Allegro molto vivace
Solista - Carlos Zaidenbaum

REGENTE - MAESTRO LUIZ DE TULLIO

APRESENTAÇÃO - Prof. José Alexandre dos Santos Ribeiro
----------------------

ESTE "FOLDER" (agora é moderno colocar tudo "in English"), simples, despojado de frescura; apenas duas folhas singelas, mas que continham verdadeira beleza, amor à Arte, amor à cidade-de-coração-duro,demonstra claramente que o tal buraquinho negro de 65 anos, NÃO EXISTIU !
Foi preenchido com MÚSICA puramente vinda da alma e do coração de gente simples e MANSA, e por isto mesmo,NÃO-levada a sério !!
Talvez por culpa deles mesmos, porque acreditavam na verdade e na justiça... e foram VARRIDOS PRA DEBAIXO DO TAPETE !
Bom mesmo, neste mundo imperfeito e, cada vez mais desumano e frio em que vivemos, é ser agressivo, egoísta, mascarado, dissimulado, interesseiro e hipócrita.
Os bons são chutados com os dois pés !!

E esta DINASTIA TULLIO, como me disse uma vez, meu professor de Linguística da PUCC e meu padrinho de casamento, prof. Alexandre Ribeiro dos Santos e que, como podem ver neste "pseudo"-papel, era na época o Secretário de Educação e Cultura.
Notem também, que esta apresentação foi dedicada a ele !
Portanto, à mínima dúvida, vão até ele e tenho absoluta certeza de que prof. Alexandre dará quantas aulas forem necessárias, pois, é uma autoridade no assunto.
Ele poderá, como testemunha que foi, responder sobre a Orquestra. As provas estarão aqui, se precisarem.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

UMA CARTA DE UMA TULLIO


ESTA É UMA CARTA QUE MARILENA DE TULLIO, FILHA DO MAESTRO MÁRIO DE TULLIO, FALECIDA RECENTEMENTE,ENVIOU NO DIA 29 DE OUTUBRO DE 1990, AO JORNALISTA EDUARDO MATTOS - REDATOR-CHEFE DO "CORREIO POPULAR":
TRANSCREVO-A AQUI:

CAMPINAS,29 DE OUTUBRO DE 1990

Prezado Senhor:
Com referência à reportagem "Concerto comemora os 15 anos da Sinfônica" - edição de 28/10/90 - pág. 67 desse conceituado jornal, do qual sou assinante, e que foi assinada pela repórter Bibiana Sant'Ana, chamando a semente desta, de "pseudo-orquestra".
O que tenho a esclarecer é que, pertencendo a uma tradicional família de músicos campineiros, não poderia deixar de lamentar as palavras que descreveram como "pseudo-orquestra", um conjunto notável de instrumentistas que, de 1929 a 1953, sob a batuta do Maestro Salvador Bove, encantou as platéias do Brasil.
Em 1966, a Orquestra renasceu por esforço e ideal do Maestro Luiz de Tullio e seus "Jovens violinistas de Campinas".
Em pouco tempo, Monsenhor Emilio José Salim, transformou-a em Orquestra Sinfônica Universitária e depois recebeu o apoio da Secretária Municipal de Cultura da época, Sra. Jacy Milani, tornando-se Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas.
O certo é que eram músicos que tocavam por amor a um ideal e tinham que trabalhar em outras atividades, porque nunca contaram com a mídia, que faz de medíocres contestáveis "talentos".
Não quero, aqui, tirar os méritos da atual orquestra, pois, ela tem demonstrado que seguiu fielmente os passos da antiga, no sentido de cultivar a arte e elevar o nome de Campinas.Quero, sim, que se faça justiça a um punhado de músicos que cultivaram a arte pela arte.
Eles não podem ser relegados, pois, na opinião da infeliz repórter, pertenceram a uma "pseudo-orquestra".
Gostaria de sugerir que, em se tratando de reportagens que envolvam a memória de Campinas ou do país em geral, que seus responsáveis pesquisem a história para que se nãose repita a injustiça cometida na matéria em questão.
Somente assim, o povo campineiro terá, também, memória para relembrar no futuro, a atual geração de músicos dessa cidade que, por sinal, é uma safra incrível de gente talentosa.

Cordiais saudações
MARILENA DE TULLIO
RG:.........(eu, DENISE, não quis colocar os números aqui)

R. Sacramento, 518 - apto. ... - Campinas
-----------------------------------------------------------------
Sempre fui ótima aluna de Portugues, mas Matemática era um terror pra mim !
Será que é isso ?
Considero muito, digamos,... suspeito... o fato desta carta ser uma indignação por ocasião do artigo: "Concerto comemora os 15 ANOS da Sinfônica" !!!!!!!!!!!!!!!!
Ou estou fazendo conta errada ?
15 ANOS, CAMPINAS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
DO QUÊ ?? DE QUEM ?? DE SINFÔNICA ?? QUE SINFÔNICA ??

Muito bem... 15 anos em 1990, não é ?
Ora... este mes de Outubro de 2009, comemora-se 80 ANOS !!!!!!!!!!!!!!!

DA SINFÔNICA !!!!!!!!!!!!!!!!!
QUE SINFÔNICA ? ALGUÉM PODE ME AJUDAR ??

TEMOS UM BURAQUINHO NEGRO DE 65 ANOS AQUI !!!!!!!!!!!!!!!!!
Quem eram os músicos, quando se ouvia música de primeira grandeza, no coreto da Praça Carlos Gomes, no Clube Semanal de Cultura Artística, no Clube Concórdia, etc ????????
Seriam alguns fantasmas tocando ?... almas de outro mundo, talvez ???

Outra coisa: se eles eram "pseudo"... então temos "pseudo-isso", "pseudo-aquilo", "pseudo-este", "pseudo-aquele", "pseudo-etc"...

Se as pessoas se acham no direito de chamar estes grandes músicos que só souberam e viveram para engrandecer esta cidade mal-agradecida, como sempre foi e está querendo continuar a ser, de "amadores"; ah !!... então dão o direito a quem quiser, de fazer o mesmo.
Foi assim que aprendi com meu pai: RESPEITE AS PESSOAS, DENISE ! NUNCA ULTRAPASSE O SEU ESPAÇO EM DETRIMENTO DO PRÓXIMO.

Que mistério seria esse ? Esse escandaloso DESCASO, DESRESPEITO, meu Deus !?

Estamos este mes, comemorando o aniversário da Sinfônica ! Por que não olhar a verdade de frente e se fazer JUSTIÇA ?
Ou as pessoas, que se dizem responsáveis por isto, vão continuar a fazer "vistas grossas" a estes fatos tão ESCANDALOSAMENTE VERDADEIROS, NO ENTANTO, DESPREZADOS ?

Ainda dá tempo, como eu disse acima (ou abaixo ?)
Ainda há muita gente viva "daquela época" pra testemunhar sobre a linda história que temos... e muita gente viva (ainda) desta família de músicos, que em minha modesta opinião, merecia ter a alegria de ver a cidade de Campinas de coração a palpitar de agradecimento e reconhecimento por tudo o que proporcionaram e pelo quase nada que receberam em troca, a não ser APLAUSOS E AMIZADE DOS ALUNOS.

Vamos tentar recuperar a vida deste coração duro que Campinas possui e que finge não ter !

domingo, 4 de outubro de 2009

AULA DE FIXAÇÃO

RECAPITULANDO A PARTE MAIS IMPORTANTE DA AULA:



Em 1929 um grupo de cidadãos resolveu fundar uma sociedade que teria por meta reunir os músicos dispersos na cidade e manter acesa a chama da música sinfônica na cidade. Assim foi criada a Orquestra da Sociedade Sinfônica Campineira, cuja estréia ocorreu no dia 15 de novembro daquele ano, no Cine-Teatro São Carlos; como primeiro regente o maestro Salvador Bove e segundo regente, o maestro João di Tullio.
Depois de desativada a Orquestra Sinfônica em 1953, Luizinho reuniu seus alunos de violino, formando o conjunto "Jovens Violinistas de Campinas". Logo, aderiram ao conjunto, músicos remanescentes da extinta Orquestra Sinfônica, fundando a Orquestra Maestro João di Tullio.



FOLHA DE PAGAMENTO DA SOCIEDADE SINFÔNICA CAMPINEIRA
Mais tarde, na gestão do prefeito Ruy Novaes, estimulado pela Secretária de Educação, Jacy Milani, Luiz de Tullio assumiu a regência da já então, Orquestra Sinfônica Municipal, até 1974, agora com uma estrutura profissional mantida exclusivamente pela Prefeitura Municipal de Campinas, com DECRETO de Ruy Novaes.
Depois disso, por decisão política, outros vieram.

DECOREM A LIÇÃO !

sábado, 3 de outubro de 2009

resposta ao repórter ROGÉRIO VERZIGNASSE

"SINFÔNICA:80 ANOS DE ABNEGAÇÃO, publicado no jornal "Correio Popular" de hoje - 3 / 10 / 09

... No pacote de primeira, embarcou até o maestro Luiz de Tullio, outro nome emblemático da história campineira. Episódios registrados e relatados atualmente por pesquisadores como Denise Maricato (sobrinha trineta de Carlos Gomes)...

Antes de mais nada, CAMPINAS precisa de uma AULA DE HISTÓRIA LOCAL... ministrada pela professora e viúva do maestro Mário de Tullio, Amélia Fera de Tullio,
que transcrevo aqui:

"FAMÍLIA DE TULLIO"


"Originou-se do casamento de Emílio di Tullio, musicista e Mariangela Checchia, na Itália e no Brasil.
Emílio foi também Regente de Banda.
Do casal, vieram 4 filhos:
- Ana di Tullio Volpe, que não praticou música e nem seus dois filhos.
- Pompeo di Tullio - instrumentista de Banda e Orquestra, percussão e trompa.Seus 6 filhos não seguiram a carreira musical.
- Luiz di Tullio - Maestro da Banda Militar de Curitiba, onde se radicou. Teve 5 filhos, que não seguiram carreira musical.
- João di Tullio ( obs. de DENISE MARICATO - que vem a ser o bisavô dos meus filhos, pois, sou casada com seu neto, Célio)- nascido na Itália e naturalizado brasileiro, radicou-se em Campinas e fez curso de Regência e Banda na Itália.


Instrumentista de trompa, piston e trombone. Quando jovem, fez parte da "Banda dos Tullio", regida por seu pai, o maestro Emílio di Tullio. Depois (seu pai voltou para a Itália), seguiu tocando em Orquestras da cidade e eventualmente em Orquestras de Companhias de Teatro, Ópera, Revistas e Variedades, que visitavam a cidade. Prosseguiu regendo a Banda Italo-Brasileira, desde 1912 até a sua morte em 1946.
Foi o segundo regente da Primeira Orquestra Sinfônica Campineira (Sociedade Sinfônica Campineira) e um de seus fundadores; 1929 - na gestão do Maestro Titular, Salvador Bove.
Esta Orquestra foi desativada em 1953.
Tem o seu nome numa das ruas de Campinas. (R. Maestro João di Tullio).
Além disso, fez muitos arranjos para a Banda e uma transposição para Banda da Ópera "Cavalleria Rusticana" (partitura completa)
Dedicou-se de corpo e alma à música, principalmente de Banda, incentivando vocações de jovens musicistas, alojando-os muitas vezes, em sua própria casa, para continuarem seus estudos. Estes jovens quase sempre vinham do interior.

FATO MARCANTE DE SUA VIDA -
Era 7 de Setembro de 1922. Comemorava-se o Centenário da Independência no Rio de Janeiro. Entre as festas da comemoração,houve um Concurso de Bandas dos Estados e de fora do Brasil. A Banda Italo-Brasileira estava presente, representando Campinas, levada pelo campineiro ilustre Álvaro Ribeiro. Era prefeito o Dr. Rafael Duarte, também grande incentivador das artes.
À noite, na Esplanada do Castelo, iluminada por faróis dos navios no porto, entre eles, o Minas Gerais, quando a Banda ia executar a Sinfonia do Guarani, um vento levou a partitura; ele, calmo, executou a peça regendo seus músicos, SEM A PARTITURA, ao tempo certo, sem um senão.
Foram aplaudidíssimos e trouxeram para Campinas o título de melhor Banda do Festival.
No regresso, compôs a marcha "A Volta do Rio".
Campinas, nessa ocasião, ofertou-lhe uma Batuta de ébano, encrustada em ouro e madrepérolas, que foi por ele doada posteriormente â campanha "OURO PARA O BEM DE SP".
João di Tullio foi casado com Maria Julieta (obs. de DENISE MARICATO - que vem a ser a bisavó dos meus 3 filhos, avó do Célio, meu marido e a quem conheci já velhinha, mas uma mulher admiravelmente forte !). Desse casamento tiveram 10 filhos. Seguiram a carreira musical, alguns.
Os que seguiram a carreira musical foram:

- Luiz de Tullio

Estudou violino com o prof. Torquato Amore; foi prof. de violino e instrumentista de Orquestra. Regente autodidata. Violinista "spala" da Orquestra Sinfônica e outras, como orquestra de cinema mudo.
Depois de desativada a Orquestra Sinfônica, Luizinho reuniu seus alunos de violino, formando o conjunto "Jovens Violinistas de Campinas". Logo, aderiram ao conjunto, músicos remanescentes da extinta Orquestra Sinfônica, fundando a Orquestra Universitária Católica de Campinas.
Mais tarde, na gestão do prefeito Ruy Novaes, estimulado pela Secretária de Educação, Jacy Milani, assumiu a regência da já então, Orquestra Sinfônica Municipal, até 1974.
Miguel e Léa Ziggiatti o estimularam também em sua carreira. Também foi músico da noite campineira.

- Mário de Tullio

Formado em piano pelo Conservatório de Canto Orfeônico Maestro Julião da PUCC.
Anteriormente estudou com os professores Miguel Ziggiatti, Alice Gomes Grosso (obs. de DENISE MARICATO - que era irmã de minha bisavó, ambas filhas de Sant'Anna Gomes, meu trisavô), Salvador Bove, Mário Monteiro, Hugo Bratifisch, Guilherme Mignone e Ichel Berkowitz do Conservatório de Leipzig, este radicado em Campinas.
Era o regente substituto da Orquestra Sinfônica, na ocasião em que seu irmão, Luiz de Tullio era o titular.
Regeu algumas vezes a Orquestra Sinfônica Campineira.
Sempre foi profissional de música. Desde a idade de 17 anos, já era profissional.
Músico das noites campineiras na década de 1920 e do cinema mudo.
Free-lancer de Orquestras de Companhias de Teatro de Revistas, Operetas, Variedades, etc.
Acompanhou instrumentistas como Iberê Gomes Grosso (filho de Alice Gomes Grosso); cantores como Agnaldo Rayol, Afonso Ortiz Tirado, tenor Lucchiari, Cristina Maristany e outros.
Dirigiu a Orquestra da Rádio Educadora de Campinas por algum tempo.
Compositor e arranjador de músicas, orquestrador. Exerceu o cargo de professor de Música dos Colégios Liceu Salesiano N. Sra. Auxiliadora, Externato São João, Ateneu Paulista, Diocesano, Cesário Mota, Ginásio Celestino de Campos e Ginásio Estadual de Itapira.

FATOS MARCANTES DE SUA VIDA:
Foi um dos fundadores da Orquestra Sinfônica, chamada antigamente de Sociedade Sinfônica Campineira em 6 de Outubro de 1929.
Regeu Orquestras de danças nos Clubes de Campinas, especialmente no Clube Concórdia, bailes de formatura e Carnavais nos clubes, Tenis Club e Cultura de Campinas.
Regeu Orquestras em banquetes, a personalidades famosas como Ademar de Barros,Júlio Prestes,Getúlio Vargas,Castelo Branco.

- Angelo de Tullio:

Percussionista em Orquestras de danças e da Orquestra Sinfônica Campineira, do cinema mudo e da noite.

- Pompeo de Tullio:


Foi aluno de violoncelo do maestro Armando Belardi, músico da noite e solista da Orquestra Sinfônica Campineira. Professor de violoncelo.

-Edgar de Tullio - Contrabaixo em Orquestras de danças, mas não seguiu a carreira musical.
- Nelson de Tullio - Estudou piston por algum tempo. Bandeirista. Não seguiu a carreira musical.
- Leonor de Tullio Lopes - Estudou piano por algum tempo, mas não seguiu a carreira musical. (obs. de DENISE MARICATO - minha sogra)
E ainda,
- Aída de Tullio Iglésias
- Yolanda de Tullio.
-------------------------------------------------------------------------
FOLHA ORIGINAL DAS ANOTAÇÕES DA PROF. AMÉLIA:



Como podem ver, é preciso estudar melhor sobre este assunto, pois, parece-me que NÃO SE CONSEGUE ENFIAR ISTO NA MEMÓRIA DE CAMPINAS.
O famoso "banco de memórias" da UNICAMP, ou não possui muitos documentos e provas... ou então... não sei... alguém teria a resposta ?... o que seria... por que seria...ainda tem muita gente viva,que presenciou essa odisséia toda ! Ainda dá tempo de conferir dados !
Senão, vão ter que me aguentar !!!
É só o começo !!!!!!
HÁ QUE SE DAR NOMES AOS BOIS...

E o repórter Rogério escreveu:
... No pacote de primeira, embarcou até o maestro Luiz de Tullio, outro nome emblemático da história campineira. Episódios registrados e relatados atualmente por pesquisadores como Denise Maricato (sobrinha trineta de Carlos Gomes)...

Algumas observações pertinentes:
A primeira orquestra estabelecida não foi regida por meu trisavô Sant'Anna Gomes e sim, por SALVADOR BOVE. Meu trisavô regia orquestra que se formava com gente de fora, para alguns eventos.
1922 - Antes da formação da Sociedade Sinfônica Campineira era a Banda Italo-Brasileira que representava Campinas nos concursos fora daqui.
Aliás, para quem ainda não sabe, TODOS OS UNIFORMES DA BANDA, eram confeccionados pela alfaiataria do maestro João di Tullio, que era a única que tinha condições de fazer este trabalho. Quem pagava ? AH ! Claro, isso é o mais importante, não é ?
Pois é... quem pagava TUDO ISSO, era o maestro JOÃO DI TULLIO. (vamos decorar ?)(diretores da sinfônica, assistentes de diretores da sinfônica, historiadores da Campinas desmemoriada, pesquisadores das prateleiras e prateleiras de papelada de bibliotecas e jornais e arquivos e museus, organizadores disso e daquilo em Campinas com esclerose... mexam-se e pesquisem A VERDADE !)
Chega dessa história de jogar a "dinastia" Tullio pra debaixo do tapete, campineiros !!!!!!!!!!
Como fizeram, de uma forma disfarçada, com Carlos Gomes !!!!!
Sim, porque até (e principalmente)em minha família - que é de descendentes de Carlos Gomes, acontecia (?)esse fenômeno ! Recebem medalhas e flores, mas não o merecem...pois, o desprezo ainda está lá, só que ninguém de fora vê...
Bom, continuando:
Contava João di Tullio com a magnífica parceria e cumplicidade de sua mulher, Julieta di Tullio mulher forte e corajosa.
1929 -Primeira apresentação da Sociedade Sinfônica Campineira - 15 de Novembro, no Cine- Teatro São Carlos.
Foi após um contato com Jacy Milani, secretária municipal de educação e o prefeito Ruy Novaes, que o reitor concordou em transferir os instrumentos e o corpo de músicos à prefeitura.
O MAESTRO LUIZ DE TULLIO NÃO EMBARCOU em nada, como foi dito... ele sempre esteve AQUI !E ele não é mercadoria, para ser embarcado ou despachado, ou sei lá... ele FOI O REGENTE DA ORQUESTRA, que foi oficializada por DECRETO, bem como Reynaldo Prestes e Jordão Bruno Lunardi foram nomeados, administrador e redator-arquivista da Orquestra, respectivamente.
Rogério, não nos conhecemos, mas já podemos unir nossas forças para o bem da história de Campinas. Conte comigo para o que você precisar. Fico muito indignada com as injustiças cometidas.
VAMOS ESTUDAR, CAMPINAS !! QUE VERGONHA !

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

"LO SCHIAVO" - sétima ópera de Carlos Gomes


"ALVORADA", música brasileira no alvorecer do séc.XIX de CARLOS GOMES, abertura da ópera "LO SCHIAVO" (O ESCRAVO)

Dedicada à Princesa Isabel.
"O ESCRAVO" não teve fácil gestação: escolhido o título em 1880, sabemos que em 1883 já estava com a composição em processo de criação, conseguindo terminá-la apenas em 1887. Em 1888, houve uma briga com o poeta Paravicini, autor do libreto, que não quisera dar a Carlos Gomes a satisfação de fazer cantar o Hino da Liberdade no segundo ato da ópera, com os versos especialmente escritos pelo seu amigo tenente Francisco Giganti.
Por não concordar em retirar o hino da ópera, Carlos Gomes preferiu retirá-la dos cartazes do teatro de Bologna, resolvendo vir imediatamente montar "O ESCRAVO" no Brasil.
Fica dez anos sem levar uma obra nova sua aos palcos e doze, aos palcos italianos. É um período de composição e maturação de sua obra prima "O ESCRAVO"; é quando ele chega a seu apogeu como compositor de música dramática.
A ópera mais bonita de todas as compostas por Carlos Gomes baseia-se, inicialmente, em uma peça de teatro de Alexandre Dumas Filho, pouquíssimo conhecida e comentada, chamada Les Danicheff; em fatos reais da vida de Alfredo Taunay, amigo de Carlos Gomes; e no poema épico A Confederação dos Tamoios”, de Domingos José Gonçalves de Magalhães, inspirado em fatos verídicos da História do Brasil.
A ação acontece em uma fazenda do Rio de Janeiro por volta de 1567, a fazenda do Conde Rodrigo junto ao rio Paraíba. Seu filho, o jovem oficial da Marinha, Américo, apaixona-se por Ilara, jovem indígena, que é mantida na fazenda como doméstica. O pai não admite o romance e nem o casamento do filho com uma escrava.
Ordena, então, que o jovem se junte à armada portuguesa que está combatendo os Tamoios na baía da Guanabara.
Américo declara-se a Ilara e fala do receio de deixá-la. Parte acreditando que, ao voltar, seu pai abençoará o casamento. Mas o pai é inflexível e, enquanto o filho está em combate, realiza o casamento de Ilara com Iberê.
A abertura – A Alvorada – é perfeita – trecho musical de raros dotes descritivos, cheio de matizes orquestrais evocando, em sonoridades vivas, a madrugada na floresta tropical, entre o murmúrio do arvoredo e o canto delicioso de nossos pássaros, terminando com um dinamismo orquestral riquíssimo e verdadeiramente empolgante. São oito páginas saborosas, formando um poema musical de infinita delicadeza.

Trecho retirado de meu livro "OLHOS DE ÁGUIA - Maestro Antonio Carlos Gomes - A Trajetória de um Gênio", a ser lançado brevemente.