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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

E... POR FALAR EM ASSOMBRAÇÃO...


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SEMANA HALLOWEEN
 


A ESCOLHA DE SOFIA
                     "A Escolha de Sofia" é a história que acontece no campo de concentração nazista de Auschwitz, vivida por uma mãe judia, que é forçada por um soldado alemão a escolher entre o filho e a filha - qual seria executado e qual seria poupado.
                     Se ela se recusasse a escolher, os dois seriam mortos. Ela escolhe o menino, que é mais forte e tem mais chances de sobreviver, porém nunca mais tem notícias dele.   
                     A questão é tão terrível que o título se converteu em sinônimo de "decisão quase impossível de ser tomada".

O artigo a seguir foi escrito no final de 2009, pelo economista
Rodrigo Constantino - autor de 5 livros.  
Ele assina a coluna "Eu e Investimentos", do jornal Valor Econômico; também é colunista do jornal O Globo; além de ser Membro-fundador do Instituto Millenium; e vencedor do prêmio Libertas em 2009, no XII Forum da Liberdade.

Seu curriculum vai muito além do que está listado acima,
é extenso e respeitável. Segue seu artigo:

" Serra ou Dilma? A Escolha de Sofia."
(por Rodrigo Constantino )
  "Tudo que é preciso para o triunfo do mal
é que as pessoas de bem nada façam." (Edmund Burke)

                                  Agora, praticamente é oficial: José Serra e Dilma Rousseff são as duas opções viáveis nas próximas eleições. Em quem votar? Esse é um artigo que eu não gostaria de ter que escrever, mas me sinto na obrigação de fazê-lo.

                               Os antigos atenienses tinham razão ao dizerem que assumir qualquer lado é melhor do que não assumir nenhum?

                      Mas existem momentos tão delicados e extremos, onde o que resta das liberdades individuais está pendurado por um fio, que talvez essa postura idealista e de longo prazo não seja razoável.

                      
Será que não valeria a pena ter fechado o nariz e eliminado o Partido dos Trabalhadores Nacional - Socialista, em 1933, na Alemanha, antes que Hitler pudesse chegar ao poder? Será que o fim de eliminar Hugo Chávez justificaria o meio deplorável de eleger um candidato horrível, mas menos louco e autoritário? São questões filosóficas complexas. Confesso ficar angustiado quando penso nisso.
 

                       Voltando à realidade brasileira, temos um verdadeiro  monopólio da esquerda na política nacional.
PT e PSDB cada vez mais se parecem.
Mas também existem algumas diferenças importantes.

            
O PT tem mais ranço ideológico, mais sede pelo poder absoluto, mais disposição para adotar quaisquer meios, os mais abjetos, para tal meta.
O PSDB parece ter mais limites éticos quanto a isso.

O PT associou-se aos mais nefastos ditadores, defende abertamente
grupos terroristas, carrega em seu âmago o DNA socialista.
O PSDB não chega a tanto.

Além disso, há um fator relevante de curto prazo:
o governo Lula aparelhou a máquina estatal toda, desde os três poderes, passando pelo Itamaraty, STF, Polícia Federal,
ONGs, estatais, agências reguladoras, tudo!
 

O projeto de poder do PT é aquele seguido por Chávez, na Venezuela; Evo Morales, na Bolívia; Rafael Correa, no Equador.
Enfim, todos os comparsas do Foro de São Paulo. Se o avanço rumo ao socialismo não foi maior no Brasil, isso se deve aos freios institucionais, mais sólidos aqui, e não ao desejo do próprio governo.
A simbiose entre Estado e governo na gestão Lula foi enorme.
O estrago será duradouro.
Mas quanto antes for abortado,
melhor será: haverá menos sofrimento no processo de ajuste.

Justamente por isso acredito que os liberais devem olhar para este aspecto fundamental, e ignorar um pouco as semelhanças entre
Serra e Dilma. Uma continuação da gestão petista
através de Dilma, é um tiro certo rumo ao pior.

Dilma é tão autoritária ou mais que Serra,
com o agravante de ter sido uma terrorista na juventude comunista, lutando não contra a ditadura, mas sim por outra ainda pior,
aquela existente em Cuba ainda hoje.

              Ela nunca se arrependeu de seu passado vergonhoso; pelo contrário, sente orgulho. Seu grupo Colina planejou diversos assaltos.
Como anular o voto
sabendo que esta senhora poderá ser nossa próxima presidente?!
Como virar a cara
sabendo que isso pode significar passos mais acelerados
em direção ao socialismo bolivariano?

Entendo que para os defensores da liberdade individual, escolher entre Dilma e Serra é como uma escolha de Sofia.
Mas anular o voto, desta vez, pode significar
o triunfo definitivo do mal.

Em vez de soco na cara ou no estômago,
podemos acabar com um tiro na nuca.

Dito isso, assumo que votarei em Serra.
Meu voto é anti-PT acima de qualquer coisa.
Meu voto é contra o Lula, contra o Chávez, que já declarou abertamente apoio à Dilma.
Meu voto não é a favor de Serra.

No dia seguinte da eleição, já serei um crítico tão duro do
governo Serra, como sou hoje do governo Lula.
Mas, antes é preciso retirar a corja que está no poder.
Antes é preciso desarmar a quadrilha que tomou conta de Brasília.
 

 Só o desaparelhamento de petistas do Estado já seria um ganho para a liberdade,
ainda que momentâneo.
Respeito meus colegas liberais, que discordam de mim e pretendem anular o voto. Mas espero ter sido convincente de que o momento pede um pacto temporário com a barbárie, como única chance de salvar o que resta da civilização - o que não é muito, mas é o que hoje devemos e podemos fazer!
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FRASE DA VEZ:
 "O maior castigo para aqueles que não se interessam por política, é que serão governados pelos que se interessam." (Arnold Toynbee)

"Neste feriadão, não vá pra praia... vá pra Serra."
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FOTO SINUOSA
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