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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

COMO NASCEU A ABAL


  
 A SERVIÇO DA VOZ LÍRICA


                   Principal projeto para popularização da música lírico-operística em Campinas, os Encontros Musicais foram idealizados por um grupo de cerca de 150 artistas líricos de Campinas e apreciadores, reunido em outubro de 1981, na sede da Associação Campineira de Imprensa (ACI), logo após o término da Semana CARLOS GOMES de setembro daquele ano. 

                               O movimento foi lançado através da imprensa pelo tenor Alcides Acosta e ficou conhecido como “Para Nossa Voz Queremos Vez”. A iniciativa gerou essa atividade semanal conhecida como Encontros Musicais, realizada em teatros ou salas de concertos existentes na cidade, onde o público campineiro acostumou-se a assistir, gratuitamente, a uma programação de recitais de solistas líricos, conjuntos de câmera, corais e declamadores.

                         A partir de 1981, devendo atingir em 18 de dezembro de 2007 seu 26º. ano de existência, e hoje com 960 concertos realizados, os Encontros Musicais seguem acontecendo conforme a proposta da ABAL. Em sua obstinada e árdua trajetória, a série foi ao encontro do público em inúmeras salas de concerto da cidade e abriu espaços para a música lírica em vários pontos de Campinas. Inaugurou, em 1982, a Sala CARLOS GOMES no Centro de Convivência Cultural CARLOS GOMES e, em 16 de dezembro de 2005, novamente a reinaugurou. 

                           Passou, ao longo desse tempo, pela Sala Nobre do Jóquei Clube de Campinas; pelo Palácio dos Azulejos, pelo Auditório Nobre da Estação Cultura e, durante um ano realizou-se no Salão Vermelho do Paço Municipal de Campinas.
Outros espaços hospedaram, por curtos espaços, os Encontros Musicais como o Conservatório Musical CARLOS GOMES, o Clube Semanal de Cultura Artística, o Centro de Ciências, Letras e Artes, a Casa d' Itália e a sala de concertos da Cultura Inglesa, no interregno em que essa programação foi desalojada da Sala CARLOS GOMES e, em seu espaço, funcionava o Bar de La Recoleta, no Centro de Convivência Cultural. 

                 Na gestão municipal do prefeito Helio de Oliveira Santos, a Sala CARLOS GOMES foi restaurada e ampliada, dotada de palco melhor dimensionado, e os Encontros Musicais entraram em uma nova fase. Graças ao apoio do Secretário de Cultura, Francisco de Lagos, ao Maestro Henrique Lian e, principalmente, ao Prefeito Helio de Oliveira Santos, a Sala CARLOS GOMES, criada pela ABAL, foi devolvida ao contexto cultural de Campinas.


                    Os Encontros Musicais são mantidos pela ABAL, Associação Brasileira CARLOS GOMES de Artistas Líricos, entidade cultural sem fins lucrativos, declarada pela Câmara Municipal de Campinas como de utilidade pública através da Lei nº 5844, de 16/10/1987. 
A ABAL foi idealizada baseada na conceituação de que é essencial, na terra-berço de ANTONIO CARLOS GOMES, termos um centro de difusão e apreciação da obra vocal erudita de compositores nacionais. 


                           Não apenas de CARLOS GOMES, mas também de compositores brasileiros eruditos, como Heitor Villa-Lobos, Alberto Nepomuceno, Lorenzo Fernandez, Osvaldo Lacerda, Francisco Mignone, Radamés Gnatalli, para nomear apenas alguns desses criadores musicais, que deixaram importantes obras demarcadores em nossa cultura artística, aí incluídos compositores contemporâneos como Almeida Prado e Raul do Valle.
                         Fundada em 1982, a ABAL é dirigida por uma Diretoria Executiva integrada por pessoas que realizam um trabalho não remunerado, voluntário, associados contribuintes e honorários. 

                           Dentro da coerência que marca a história da entidade, os Encontros Musicais têm como meta levar ao público a Música dos Mestres e abrir novos palcos para a nobre Arte Lírica e nesse sentido a programação sempre abrigou cantores e músicos eruditos de Campinas e de muitas outras cidades do Estado de São Paulo.
                           O principal objetivo da ABAL é a formação de público para a música erudita e apreciador da Arte de Cantar, popularizando o repertório sem deixar de focalizar os compositores operísticos. Para isso, cantores líricos, corais, declamadores e trovadores se sentem à vontade para oferecer sua arte, coordenados pela sua Diretoria Artística,  “A ABAL, historicamente, surgiu para congregar e unir a classe dos artistas líricos e tem perseguido esse ideal com tenacidade” – declara seu fundador, Alcides Acosta.


                         Integram os demais cargos de diretoria da ABAL: Alcides Ladislau Acosta presidente; Vicente de Paulo Montero vice-presidente; 

Marisilda Tescaroli secretária; 

Maria Aparecida Buccini social; 


José Luiz Águedo Silva, artístico; 

Vera Pessagno Bréscia Marketing e Eventos; 

Eduardo Gagliardi Teixeira tesouraria 

e Wilson di Martini adjunto. 

É seu Presidente Perpétuo Honorário – Savério Palmieri (in Memoriam).

(O TEXTO ACIMA É DO ALCIDES LADISLAU ACOSTA. ACRESCENTO QUE A ABAL TRAZ ARTISTAS DE SÃO PAULO QUANDO PODE. 
FAZ CORTINAS LÍRICAS QUANDO POSSÍVEL E LUTA NO FÓRUM DE CULTURA E NO CONSELHO MUNICIPAL DE CULTURA PELA MÚSICA ERUDITA, PRINCIPALMENTE POR CARLOS GOMES)
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COMENTÁRIO DA DENISE:

Bem... não conheci a Sala CARLOS GOMES antes da tal restauração e ampliação; conheço agora e fico aqui imaginando, que devia ser uma bela porcaria, pois, agora acho aquilo um descaso com o nível de artistas que ali se apresentam, (e cá entre nós - um lixo) por ter o nome de CARLOS GOMES e porque nós, que vamos assistir e ouvir estes valorosos artistas campineiros, merecemos uma sala realmente artística, aconchegante, com uma decoração "musical", comodidade e beleza, afinal é lá que acontece a ARTE !

Entendo perfeitamente que os artistas, porque dependem da "boa vontade" desta prefeitura de Campinas (e da secretaria tb), não possam reclamar de nada.
Mas eu, como não dependo de nenhum deles e não faço parte de conchavos com ninguém, digo:
Esta "restauração e ampliação" foi um trabalho mal e porcamente feito, talvez com material de terceira, porque o que vejo ali são paredes com infiltrações, descascadas, cadeiras desconfortáveis, um palco pobre e triste. (a ABAL já faz muito sozinha e não pode arcar também com estas coisas) 

Se o que é básico foi feito mal e porcamente, que dirá o "supérfluo", como: quadros, painéis, fotos, esculturas, cortinas, arandelas, etc...

Aliás, tive agora aqui, uma ideia, que acredito vá dar certo e que explicarei na próxima postagem.
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FRASE DA VEZ:

"O amor é a melhor música na partitura da vida. Sem ele você será um eterno desafinado no imenso coral da humanidade." (Roque Schneider)
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 FOTO QUE ENCANTA:
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Um comentário:

  1. Ficamos gratos, caríssima Denise, por abraçar e apoiar a causa da ABAL Campinas. Informo que anteriormente a esta reforma realizada, antes ainda até do infausto Bar de La Recoleta, estabelecimento comercial privado, que se apossou do auditório que haviamos estabelecido e conservado em atividade com música erudita por mais de 10 anos, obrigando a ABAL a perambular por inúmeros espaços como ciganos apátridas, a sala de concertos original era mais aconchegante, sem o palco suspenso hoje existente, mas sempre modesta, despojada, como é o próprio projeto arquitetônico de Fabio Penteado. Nossa expectativa é que, com a recuperação anunciada para 2011, a sala seja pelo menos pintada, o palco seja restaurado e os banheiros e o painel elétrico melhorados. A esperança é a última a morrer. Enquanto isso, seguimos mantendo a programação e acolhendo com carinho o público da boa música. Alcides Acosta

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