quinta-feira, 28 de outubro de 2010

MINHA QUERIDA IRMÃ DULCE

BEATIFICAÇÃO DE IRMÃ DULCE DEVERÁ SAIR EM DEZEMBRO

Hoje, estou pra lá de feliz, por esta notícia:

"A Congregação das causas dos Santos do Vaticano reconheceu a beatificação de Irmã Dulce (1914 - 1992) ao validar um milagre.

O anúncio da beatificação foi feito pelo arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, d. Geraldo Majella Agnelo.

Segundo Agnelo, o processo precisa ser assinado pelo papa Bento XVI.

A cerimônia de beatificação deve ser marcada até o final do ano, antes do Natal.

A congregação reconheceu como milagre de Irmã Dulce , a recuperação de uma mulher sergipana, em 2001, que teria sido desenganada pelos médicos durante o parto, devido a uma hemorragia.

Em seguida, com a comprovação de outro milagre, a religiosa poderá ser santificada.

O processo de Irmã Dulce começou a tramitar no Vaticano em 2000.

Conhecida como "o anjo bom da Bahia", Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a Irmã Dulce, era devota de Santo Antonio e começou a praticar caridade aos 13 anos, ajudando os mendigos das ruas de Salvador.

Cinco anos mais tarde, ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição.

Durante a visita do papa ao Brasil em 2007, o então governador de São Paulo, José Serra (PSDB), enviou carta pedindo a beatificação de Irmã Dulce.

Em junho deste ano, o corpo de Irmã Dulce foi exposto ao público pela última vez antes de ser transferido para um túmulo lacrado na Capela das Relíquias, em Salvador.

Exumado em maio, o corpo da religiosa estava mumificado e seu hábito, preservado.

Com o reconhecimento final do papa, Irmã Dulce passará a se chamar "bem-aventurada Dulce dos Pobres".

Um dia após o decreto papal, o processo de canonização já pode ser iniciado.

O milagre validado pelo Vaticano passou por 3 etapas de avaliação: uma reunião com peritos médicos (que deram o aval científico), com teólogos e, finalmente, a aprovação final do colégio cardinalício.

IRMÃ DULCE, O ANJINHO DA BAHIA

Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes (Salvador, 26 de maio de 1914 — Salvador, 13 de março de 1992), melhor conhecida como Irmã Dulce, o Anjo bom da Bahia, foi uma religiosa católica brasileira. Ela notabilizou-se por suas obras de caridade e de assistência aos pobres e aos necessitados.

Quando criança, Maria Rita, filha do Dr. Augusto Lopes Pontes, dentista e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBa), costumava rezar muito e pedia sinais a Santo Antônio, pois queria saber se deveria seguir a vida religiosa. Desde os treze anos de idade, ela começou a ajudar mendigos, enfermos e desvalidos. Nessa mesma idade, foi recusada pelo Convento do Desterro por ser jovem demais, voltando a estudar.

Em 1932, depois de se formar, entrou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição, localizada em Sergipe. Após seis meses de noviciado, tomou o hábito de freira. No dia 15 de agosto de 1934, ela fez sua profissão de fé e voltou à Bahia.

Desde então, dedicou toda a sua vida à caridade. Começou sua obra ocupando um barracão abandonado para abrigar mendigos. Chegou a receber a visita do Papa João Paulo II, quando esse esteve no Brasil, em virtude de seu trabalho com idosos, doentes, pobres, crianças e jovens carentes.
Entre os diversos estabelecimentos que ela Irmã Dulce fundou estão o Hospital Santo Antônio, capaz de atender setecentos pacientes e duzentos casos ambulatoriais; e o Centro Educacional Santo Antônio (CESA), instalado em Simões Filho, que abriga mais de trezentas crianças de 3 a 17 anos. No Centro, os jovens têm acesso a cursos profissionalizantes. Irmã Dulce fundou também o “Círculo Operário da Bahia”, que, além de escola de ofícios, proporcionava atividades culturais e recreativas.

Em 11 de novembro de 1990, Irmã Dulce começou a apresentar problemas respiratórios, sendo internada no Hospital Português e depois transferida à UTI do Hospital Aliança e finalmente ao Hospital Santo Antônio. Em 20 de outubro de 1991, recebe no seu leito de enferma a visita do Papa João Paulo II. O Anjo Bom da Bahia morreu em seu quarto, aos setenta e sete anos, às 16:45 do dia 13 de março de 1992, ao lado de pessoas queridas por ela. Seu corpo foi sepultado no alto do Santo Cristo, na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia e depois transferido para a Capela do Hospital Santo Antônio, centro das Obras Assistenciais Irmã Dulce.

A 21 de janeiro de 2009, a Congregação para as Causas dos Santos do Vaticano anunciou o voto favorável que reconhece Irmã Dulce como venerável^.

A 3 de abril de 2009, o papa Bento XVI aprovou o decreto de reconhecimento de suas virtudes heroicas.

No dia 9 de junho de 2010 o corpo de irmã Dulce foi desenterrado, exumado, velado e sepultado pela segunda vez, sendo este o último estagio do processo de beatificação.

No dia 27 de outubro de 2010 foi anunciado pelo cardeal arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Geraldo Majella Agnelo, em coletiva de imprensa realizada na sede das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) a beatificação, grau anterior ao de santo, da religiosa Irmã Dulce, se tornando a primeira beata da Bahia."

Bahia |21.01.2009 - 09h55

Venerável, Irmã Dulce fica mais perto da beatificação

Perla Ribeiro | Redação CORREIO

Fiéis vão à missa no bairro de Roma, comemorar a conquista

Para milhares de baianos, Irmã Dulce já é considerada santa. Porém, para a Igreja, a caminhada ainda não está encerrada. Na quarta-feira (21), a religiosa que ficou conhecida como o 'anjo bom da Bahia' deu mais um passo para a canonização. A Congregação para a Causa dos Santos do Vaticano anunciou o voto favorável que reconhece Irmã Dulce como venerável. Ou seja, é o reconhecimento da Igreja da santidade de vida da freira baiana.

Esta é uma das mais importantes etapas do processo de canonização e a conquista foi celebrada durante missa, realizada ontem à tarde, na Igreja da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no bairro de Roma. O anúncio foi transmitido no Brasil pelo arcebispo dom Geraldo Majella e o decreto será publicado logo após a assinatura do papa Bento XVI.

Depois que a decisão for oficializada pelo Vaticano, o processo entra em uma nova fase: o reconhecimento de um milagre atribuído a ela. A estimativa é que, até2010,ocorra a beatificação. Só então será possível pleitear o título de santa. Para isso, também é necessário apresentar milagres alcançados após a beatificação.

Ao considerar Irmã Dulce venerável, a congregação valida a Positio, espécie de dossiê sobre a vida e obra de Irmã Dulce, apresentado pela comissão histórica do processo de beatificação e canonização da religiosa. 'Sabíamos que a beatificação não poderia vir antes do processo de venerável. Antes de avaliar a graça alcançada, eles precisam comprovar se, de fato, a santa viveu de forma heróica as virtudes cristãs', explicou o presidente da comissão, Osvaldo Gouveia.

O reconhecimento é considerado pelo direito canônico tão importante quanto a comprovação de um milagre. No relatório, a congregação destacou que Irmã Dulce pode ser considerada a Madre Tereza de Calcutá brasileira.

'Os teólogos do Vaticano disseram que na Igreja precisa haver muitas Irmãs Dulces. Ela poderia ser considerada uma mulher excepcional, viveu na caridade e no amor de Jesus Cristo', disse o postulador do Vaticano à frente da causa, Paulo Lombardo, adiantando que ela preenche os requisitos para ser beatificada e que um milagre diário de Irmã Dulce é a sua obra.

MILAGRE OCORREU EM SERGIPE

Mulher desenganada por médicos durante parto do segundo filho sobreviveu após correntes de oração para Irmã Dulce. Esse foi o milagre que a Comissão Histórica do Processo de Beatificação e Canonização apresentou ao Vaticano. O caso ocorreu no interior de Sergipe e, de acordo com relatos médicos, só um milagre explica a paciente ter saído com vida depois de sofrer hemorragias e ter passado por três cirurgias em um intervalo de 18h. Depois dos médicos acharem que o caso estava perdido, assistiram surpresos à recuperação, depois de um grupo de religiosos rezaram para Irmã Dulce.

ETAPAS DO PROCESSO

O candidato a santo deve ter morrido, no mínimo, cinco anos antes da abertura do processo. Depois é nomeado um postulador, que organiza toda a documentação exigida. É possível tornar-se santo pela virtude ou pelo martírio.

VENERÁVEL Os documentos são analisados por historiadores, teólogos e uma comissão de cardeais do Vaticano. Se houver aprovação, o candidato ganha o título de venerável.
BEATIFICAÇÃO Após os trâmites, os mártires veneráveis já são nomeados beatos. Os veneráveis por virtude, por sua vez, devem ter um milagre de cura comprovado para se tornar beatos.
MILAGRE O caso passa pelo crivo do Vaticano, o que inclui, desta vez, peritos e uma comissão médica. A palavra final é do papa: se o milagre for aceito, ele anuncia a beatificação.
CANONIZAÇÃO Para a canonização, deve ser comprovado um segundo milagre - que tenha ocorrido, necessariamente, após a beatificação.

DOSSIÊ CANÔNICO

5 mil documentos foram reunidos na Positio
850 é o número de páginas do dossiê de beatificação
18 meses foram necessários para compilar informações

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COMENTÁRIO DA DENISE:

Este Anjo que desceu à Terra apenas para Amar, não precisa de Vaticano nenhum para tornar-se Santa.

Irmã Dulce já é uma santinha, desde que nasceu... já nasceu abençoada !
Um Anjo, que por onde passou deixou seu perfume de solidariedade, humildade, simplicidade, benevolência e abnegação.
Sou "devota" de Irmã Dulce desde que ela morreu.
O Vaticano precisa cumprir toda esta "burocracia", mas ninguém vai dar à Irmã Dulce, o que ela já possui, porque trouxe de outra dimensão: santidade.

GALERIA DE FOTOS DO CORAÇÃO DE IRMÃ DULCE