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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

NORONHA - SANTUÁRIO ECOLÓGICO


TAXA AMBIENTAL - R$40,40 POR DIA

Paisagens  deslumbrantes são uma eficiente armadilha para fazer com que os  turistas abram suas carteiras. A expectativa de ajudar na conservação da  natureza aumenta a generosidade dos visitantes. Com essas iscas, locais  de preservação ambiental em vários pontos do Brasil estabeleceram taxas  especiais, que deveriam ser revertidas para fins ecológicos. 

 O problema  é que o dinheiro acaba servindo para custear serviços públicos comuns.  Um exemplo está no arquipélago de Fernando de Noronha, onde as 60 mil  pessoas que viajam para o local todos os anos pagam uma tributação  imposta pelo governo pernambucano. 

 O dinheiro é usado no calçamento das  ruas, na coleta de lixo e em despesas com pessoal – serviços que outros  impostos deveriam financiar. A partir do próximo ano, o governo federal,  que efetivamente cuida da maior parte do território, é que vai cobrar a  conta de quem se compraz em mergulhar no mar de poluição zero de  Noronha. O privilégio ficará mais caro. O acesso fechado e pago também  funciona em Ilhabela (SP) e em Morro de São Paulo (BA). Vários destinos  no Brasil planejam fazer o mesmo.

 Em Noronha,  quem se hospeda por até quatro dias paga taxa diária de R$ 40,40. A  tabela varia de acordo com a permanência, mas se o encanto fizer o  turista ficar mais tempo do que o previsto, os valores dobram. A quantia  apurada na cobrança da taxa de deslumbramento é usada em serviços  rotineiros, nada vai para o Parque Nacional Marinho, de atribuição do  Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). 
 O  órgão do Ministério do Meio Ambiente fez licitação e entregou para uma  empresa privada a cobrança de ingresso a partir de março de 2012. O  custo vai variar de R$ 65 (brasileiros) a R$ 130 (estrangeiros). “Esse  custo acaba espantando os turistas, que preferem muitas vezes ir para o  Caribe”, protesta Francisco Ferreira da Silva, dono de uma pousada  local.

UNIÃO É TUDO !



 


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