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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

MÃES NÃO MORREM...

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MÃES NÃO MORREM !
(A. D.)

                        "Eu  tinha 7 anos quando matei minha mãe pela primeira vez. 

                         Eu não a queria  junto a mim quando chegasse à escola em meu 1º dia de aula. 
 Eu me achava  forte o suficiente para enfrentar os desafios que a nova vida iria me  trazer.
                         Poucas semanas depois descobri aliviado que ela ainda estava  lá, pronta para me defender não somente daqueles garotos brutamontes que  me ameaçavam, como das dificuldades intransponíveis da tabuada.
                        Quando  fiz 14 anos eu a matei novamente. 

                           Não a queria me impondo regras ou  limites, nem que me impedisse de viver a plenitude dos vôos juvenis.
                           Mas  logo no primeiro porre eu felizmente a redescobri viva foi quando ela  não só me curou da ressaca, como impediu que eu levasse uma vergonhosa  surra de meu pai.

                           Aos  18 anos achei que mataria minha mãe definitivamente, sem chances para  ressurreição. 

                            Entrara na faculdade,iria morar em república, faria  política estudantil, atividades em que a presença materna não cabia em  nenhuma hipótese.
Ledo engano: quando me descobri confuso sobre qual  rumo seguir voltei à casa materna, único espaço possível de guarida e  compreensão.
                             Aos  23 anos me dei conta de que a morte materna era possível, apenas  requeria lentidão... 

                      Foi quando me casei, finquei bandeira de  independência e segui viagem.
                    Mas bastou nascer a primeira filha para  descobrir que o bicho mãe se transformara num espécime ainda mais  vigoroso chamado avó. Para quem ainda não viveu a experiência, avó é mãe  em dose dupla...
                      Apesar  de tudo continuei acreditando na tese da morte lenta e demorada, e aos  poucos fui me sentindo mais distante e autônomo, mesmo que a intervalos  regulares ela reaparecesse em minha vida desempenhando papéis  importantes e únicos, papéis que somente ela poderia protagonizar...
                     Mas  o final dessa história, ao contrário do que eu sempre imaginei, foi ela  quem definiu: quando menos esperava, ela decidiu morrer.
                     Assim,  sem mais, nem menos, sem pedir licença ou permissão, sem data marcada  ou ocasião para despedida. 
                    Ela simplesmente se foi, deixando a lição que  mães são para sempre. Ao contrário do que sempre imaginei, são elas que  decidem o quanto esta eternidade pode durar em vida, e o quanto fica  relegado para o etéreo terreno da saudade.
                   É  porisso que temos que amá-la sempre! E não matá-la em vida... Nunca  saberemos quando ela vai querer partir... O vazio que fica, nunca  conseguiremos preencher... Para quem ainda a tem ao seu lado, ame-a...  Abrace-a sempre, dê-lhe colo.
                    E para quem já não a tem mais do seu lado.
Guarde suas lembranças no mais precioso dos baús.

                   Um dia você vai descobrir que talvez a pessoa que mais lhe amou na vida, foi ela...
Incondicionalmente... Desde que você surgiu nesta vida.
                   Se ela estiver de seu lado, dê-lhe um beijo e um abraço e diga o que ela sempre quis ouvir:
MAMÃE, EU TE AMO!  E se ela já não estiver do seu lado, feche os olhos e faça uma prece para ela, agradecendo pela vida e também dizendo que a ama.... "
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FRASE DA VEZ:

"O coração da mãe é a sala de aula do filho." (Henry Ward Beecher)
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BRIGA DE TITÃS


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