ÓPERA IOLANTHE
O Núcleo Universitário de Ópera (NUO), dirigido pelo maestro Paulo Maron, apresenta sua oitava produção dedicada à obra da dupla britânica William Gilbert e Arthur Sullivan, respectivamente libretista e compositor. Trata-se da primeira montagem brasileira da ópera cômica Iolanthe, que será apresentada nos dias 10, 11 e 12 de dezembro, sexta e sábado (às 20h30) e domingo (às 18 horas), no Theatro São Pedro, em São Paulo.
Nesta opereta, Gilbert desenvolve um enredo como se fosse um “conto de fadas” para satirizar a Câmara dos Lordes. O casamento da fada Iolanthe com um mortal leva a uma série de quiprocós.
Para não morrer, ela é exilada e quando volta descobre que seu filho (meio homem, meio fado) vive um amor proibido por uma mortal. Lordes, fadas e meros mortais se envolvem numa trama que mistura paixões, legislação, política e muita confusão.
As cenas musicais (em inglês) são intercaladas por diálogos (em português) muito bem construídos e cômicos, características que sempre fizeram jus à reputação dos autores.
Iolanthe é a sexta opereta criada por Gilbert e Sullivan e a primeira a ser escrita, especialmente, para o Theatro Savoy, cuja estreia foi em novembro de 1885. O Savoy acabou se tornando o local de estreia de todas as óperas seguintes dos autores. Iolanthe foi um dos grandes sucessos da dupla, somando mais de 500 récitas consecutivas, na sua primeira temporada.
O Núcleo Universitário de Ópera é reconhecido como único grupo estável de ópera, da América Latina, especializado em encenar obras Gilbert e Sullivan. O NUO é também pioneiro no trabalho operístico com jovens universitários, vindos das mais diversas faculdades de música.
O trabalho de formação artística vai além da música; os jovens estudam interpretação e passam por uma preparação corporal específica, formando um grupo atuante e diferenciado. Anualmente, duas montagens são realizadas com sucesso e teatro lotado.
ENREDO
A fada Iolanthe se apaixona por um mortal e com ele se casa, mas na lei das fadas este tipo de união é punido com a morte. Mas a Fada Rainha a deixou viver, longe do mundo das fadas, no fundo de um riacho, desde que abandonasse o mortal marido.
Na ópera, porém, a história começa 25 anos depois (estes 25, equivalem a um ano no tempo das fadas, por isso elas não envelhecem). Iolanthe recebe o perdão da Rainha e revela que escolheu o rio para cumprir a sentença para ficar perto do filho, Strephon, um pastor de ovelhas.
Strephon - um fado da cintura para cima e mortal da cintura para baixo – está apaixonado por Phyllis, uma adolescente órfã, protegida pela Câmara dos Lordes. O Chanceler Mor (apaixonado por ela) não autoriza o casamento e os membros da Câmara se candidatam a marido da jovem, mas ela os deixa furiosos e assume seu amor por Strephon.
Phyllis vê seu pretendente, desconsolado, abraçado a uma mulher que aparenta ser muito jovem (Iolanthe, sua mãe), desiste do noivado e se coloca a disposição dos outros pretendentes. Com a ajuda das fadas, o pastor entra para a Câmara dos Lordes, aprova todas as suas propostas e, para entrar na Câmara, os nobres agora precisam ser concursados.
Horrorizados, eles tentam convencer a Fada Rainha a mudar o encantamento. As fadas negam ajuda aos irados Lordes, mas lhes jogam charme mesmo sendo perigoso desejar um mortal.
O pastor, então, conta a Phyllis que é filho da fada. Iolanthe afirma não poder interceder por eles junto ao Chanceler Mor, pois ele é o pai de Strephon. Somente para impedir que o Chanceler case-se com a jovem, Iolanthe se revela, correndo o risco de ser condenada à morte. E a Rainha descobre que todas as fadas ficaram noivas dos lordes e fica confusa, pois devem morrer. O Chanceler Mor decide ajudá-la, usando sua experiência como jurista, e altera o documento (leis das fadas), inserido apenas uma palavra. Assim, “toda fada que se casar com um mortal deve morrer” transforma-se em “toda fada que ‘não’ se casar com um mortal deve morrer”.
FICHA TÉCNICA:
Ópera: Iolanthe
Ópera cômica em dois atos de William Gilbert e Arthur Sullivan
Com o Núcleo Universitário de Ópera - NUO
Diretor musical, encenador e diretor de arte: Paulo Maron
Preparação corporal: Marília Velardi
Produção e realização: NUO – Núcleo Universitário de Ópera - www.nuo.com.br
INTÉRPRETES:
Pedro Ometto (barítono): Chanceler-Mor
Gustavo Lassen (barítono): Conde de Mountararat
André Estevez (tenor): Conde Tolloller
Caio Oliveira (tenor): Strephon
Vivian Delfini (mezzo soprano): Fada Rainha
Angélica Menezes (mezzo soprano): Iolanthe
Marina Lobato (soprano): Phyllis
Fernando Ribeiro (baixo): Soldado Willis
Coro e Orquestra do NUO
Duração: 2h (com intervalo de 15 minutos)
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