ESCOLA DE ARTE E DESIGN PAULISTA REFAZ EM EXPOSIÇÃO A HISTÓRIA DO CHAPÉU, DOS FAMOSOS AOS FUTURÍSTICOS
by Daniela Nucci
"Não há como negar.
O chapéu é puro charme e nem dá para entender como um acessório tão poderoso como esse, andava esquecido desde a década de 70.
Símbolo de status,a peça tem ensaiado o seu retorno ao guarda-roupa feminino, como acenam as semanas de moda no mundo inteiro.
O acessório também motiva eventos como a mostra Tirando o Chapéu, na Panamericana Escola de Arte e Design em São Paulo.
A exposição reúne mais de 80 chapéus entre modelos históricos, contemporâneos e projetos futurísticos, estes últimos desenvolvidos por alunos e professores da própria escola onde ocorre o evento.
Os exemplares de época foram emprestados por colecionadoras.
Entre eles, destaca-se a cartola francesa de 1910 de pele de castor, chamada de chapéu alto.
A mostra é uma oportunidade para o público conhecer mais a história e a importância do chapéu na vida do ser humano.
Ele identifica quem é a pessoa que está usando, qual a sua religião, onde mora e seu estilo.
Lá também vão conhecer mais a origem do chapéu.
Antes de sua criação, os homens usavam pele de animais na cabeça, para se proteger do frio e do calor.
É um momento único para contemplar a beleza e o significado histórico dessa peça.
Outra curiosidade que vale conferir é o protótipo de um chapéu apocalíptico, criado pelo professor Luís Edgardo Patroni, da Panamericana, que faz referência a um futuro em que as pessoas precisarão usar chapéus com filtros de ar.
Destaque também para a cópia idêntica da mitra papal, confeccionada pela estilista Maria Laura e presenteada aos papas João Paulo II e Bento XVI em visita ao Brasil nos anos de 1980 e 2007.
O público ainda pode conferir modelos produzidos para minisséries da Globo.
A meia cartola e o chapéu coco da dupla O Gordo e o Magro e o Panamá, consagrado pelo ex-presidente americano Theodore Roosevelt e por Santos Dumont também podem ser apreciados na mostra.
Entre as belas peças femininas, a exposição traz modelos criados por estilistas franceses, como o cloche (sinos) dos anos de 1920, imortalizado por Josephine Baker; os populares mas pouco conhecidos sombreros femininos mexicanos e o chapéu de palhinha (straw-boater) usado após a Segunda Guerra Mundial nas escolas inglesas.
PEÇAS CRIADAS PARA COMPOR UNIFORMES MOSTRAM O LADO FUNCIONAL E PRÁTICO DO ACESSÓRIO
Foco também para os ítens étnicos e regionais, como os dos trabalhadores de campos de arroz vietnamitas e os usados pelos vaqueiros nordestinos e gaúchos dos pampas.
Os que integram uniformes, entre eles, escoteiros e policiais, ganham uma seção especial na mostra.
A exposição traz ainda peças curiosas, como moldes para confecção de chapéus e uma autêntica caixa da década de 1950, usada para o transporte do acessório.
Há também painéis com fotos de celebridades e seus chapéus inesquecíveis: Charles Chplin, Fred Astaire, Greta Garbo, Marlene Dietrich, John Lennon, Madonna, Carmem Miranda, Tom Jobim e Elton John.
O toque de interatividade fica por conta dos quadros e painéis stand up para que o público possa brincar e fotografar usando chapéus integrados aos vários figurinos divertidos e de época na mostra, que fica em cartaz até 15 de novembro (hoje).
Uma viagem e tanto repleta de muito estilo e conhecimento.
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FRASE DA VEZ:
“Tire o chapéu para o passado, e arregace as mangas para o futuro!" (A.D.)
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- EU SOU BRAVO... - EU TAMBÉM !
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