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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

ARTE NO PARQUE

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FAZENDO  ARTE  NO  PARQUE...


                    "É difícil definir o Instituto Inhotim.
                     Quem chamar o local de museu não fará justiça ao imenso jardim botânico que ele abriga.
                     Quem o descrever como parque, poderá afastar o turista interessado nas mais de 500 obras de arte que compõem seu acervo.
                     O mais correto, talvez, para definir essa área de 97 hectares (dois terços do tamanho do Parque Ibirapuera) seria parque-museu.
                     Não um parque-museu qualquer, mas o maior museu a céu aberto do mundo, com mais de uma dezena de galerias e trabalhos de artistas renomados, como o americano Chris Burden, a japonesa Yayoi Kusama e os brasileiros Hélio Oiticica, Tunga e Cildo Meireles.
                     Inhotim fica na pequena cidade de Brumadinho, a 63 quilômetros de Belo Horizonte.
                    São 6 horas de viagem partindo de São Paulo.
                    Dá pra sair cedo de casa e chegar ao parque antes do almoço.
                    Ou viajar na véspera, para começar o passeio logo na abertura dos portões.
                    A primeira boa surpresa é com a organização.
                    Nenhuma fila na bilheteria, apesar do número considerável de visitantes.
                    Um monitor uniformizado oferece mapas do local e guarda-chuvas - quando o céu está nublado.
                    Cadeiras de rodas e carrinhos de bebê também ficam à disposição dos visitantes.
                    Há passeios monitorados e carros elétricos, que partem de determinados pontos em direção às obras mais distantes.

                      Mapas nas mãos, os visitantes seguem as orientações e se embrenham pelas alamedas.
                      As pessoas ficam um pouco ansiosas com a grandiosidde do espaço: são 20 obras ao ar livre, 17 galerias e um imenso jardim para conhecer.
                      Para chegar às primeiras galerias, passamos por um dos cinco lagos que compõem o cenário.
                      Tudo é limpo, os jardins são bem cuidados, há lixeiras por toda parte, e os funcionários são extremamente atenciosos.
                      Inhotim foi idealizaso pelo empresário da área de siderurgia - Bernardo Paz - em meados da década de 1980.
                      No século XIX, a região pertencera a um fazendeiro inglês, o senhor Timothy.
                      Em bom "mineirês", "senhor Tim" foi derivando para "nhô Tim", até que a fazenda ficou conhecida como "Inhotim".
                      Paz decidiu manter o nome.
                      Em 1984, o empresário recebeu a visita do amigo paisagista Roberto Burle Marx, que apresentou algumas sugestões para os jardins.
                      Desde então, a parque ganhou a maior coleção particular de palmeiras do mundo e um grande espaço destinado a receber obras de arte contemporânea.
                     "Fui montando o acervo e trabalhando os jardins de minha casa e percebi que tudo transcendiua a posse individual e ganhava valor", diz Paz.
PONHA-SE EM SEU LUGAR 

                   Um dos conceitos mais recorrentes em Inhotim é o de site specific (lugar específico): os artistas se apropriam da geografia.
                   Em Desert Park, Dominique Gonzalez-Foerste fixou pontos de ônibus sobre uma base de areia branca.
  Nos assentos, há livros à disposição dos visitantes.
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FRASE DA VEZ:
 "Uma obra de arte é um ângulo visto através de um temperamento." (Émile Zola)
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ARTE NA AREIA
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