Páginas

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

LIMITES

relojes web gratis


                           "Somos as  primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos os  erros de nossos progenitores. 
                             E com o esforço de abolir os abusos do  passado, somos os pais mais dedicados e compreensivos mas, por outro  lado, os mais bobos e inseguros que já houve na história.
                            O grave é  que estamos lidando com crianças mais "espertas", ousadas, agressivas e  poderosas do que nunca. Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais  que queríamos ter, passamos de um extremo ao outro.

                           Assim, somos a  última geração de filhos que obedeceram a seus pais e a primeira geração  de pais que obedecem a seus filhos.
                          Os últimos que tivemos medo dos  pais e os primeiros que tememos os filhos. Os últimos que cresceram sob o  mando dos pais e os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos.
                         E o  que é pior, os últimos que respeitamos nossos pais e os primeiros que  aceitamos (às vezes sem escolha..), que nossos filhos nos faltem com o  respeito.
                         À medida em que o permissível substituiu o autoritarismo,  os termos das relações familiares mudou de forma radical, para o bem e  para o mal. 

                        Com efeito, antes se consideravam bons pais aqueles cujos  filhos se comportavam bem, obedeciam suas ordens e os tratavam com o  devido respeito.
                        E bons filhos, as crianças que eram formais e  veneravam seus pais. Mas, à medida em que as fronteiras hierárquicas  entre nós e nossos filhos foram-se desvanecendo, hoje, os bons pais são  aqueles que conseguem que seus filhos os amem, ainda que pouco os  respeitem.

                        E são os filhos quem, agora, esperam respeito de seus pais,  pretendendo de tal maneira que respeitem as suas idéias, seus gostos,  suas preferências e sua forma de agir e viver.
                        E além disso, os  patrocinem no que necessitarem para tal fim. Quer dizer: os papéis se  inverteram, e agora são os pais quem tem que agradar a seus filhos para  ganhá-los e não o inverso, como no passado. 

                        Isto explica o esforço que  fazem hoje tantos pais e mães para ser os melhores amigos e "tudo dar" a  seus filhos.
                       Dizem que os extremos se atraem! Se o autoritarismo do  passado encheu os filhos de medo de seus pais, a debilidade do presente  os preenche de medo e menosprezo ao nos ver tão débeis e perdidos como  eles.
                       Os filhos precisam perceber que, durante a infância, estamos à  frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os  podemos conter, e de guiá-los enquanto não sabem para onde vão. 

                       Se o  autoritarismo suplanta, o permissível sufoca. Apenas uma atitude firme,  respeitosa, lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar  suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente liderando-os e  não atrás, carregando-os e rendidos à sua vontade.
                      É assim que  evitaremos que as novas gerações se afoguem no descontrole e tédio no  qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros  nem destino.
                     Os limites abrigam o indivíduo. Com amor ilimitado e profundo respeito."

-------------- 
FRASE DA VEZ:

"A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces." (Aristóteles)
---------- 
DANDO UM MERGULHINHO

 -------------

Nenhum comentário:

Postar um comentário