Uma iraquiana curda de 75 anos é a grande novidade do mundo das artes na Holanda.
Haji Khanen nunca frequentou uma escola de artes e passou a maior parte de sua vida em condições de pobreza no Curdistão iraquiano, sem chance de desenvolver seu talento.
Em suas obras, transparecem os temas preferidos da artista, música, flores e cores. Mas, anos de guerra e a vida difícil das mulheres em seu país fizeram com que ela guardasse seu talento.
O pai de Khanem nunca permitiu que ela frequentasse uma escola. Ainda adolescente, ela foi obrigada a se casar com um homem mais velho, que já tinha quatro filhos.
"Quando me casei, meu marido já tinha 36 ou 37 anos e eu tinha apenas 16. A vida era muito difícil, eu tinha talento e era boa no artesanato, mas nunca tive a chance de usar este talento, por causa da guerra, para criar os filhos. Eu estava sempre muito cansada", disse a artista.
O marido morreu, e Haji Khanem e os filhos se mudaram para a Holanda e, em Amsterdã, ela conheceu o trabalho dos grandes artistas holandeses, passando horas em museus e galerias.
"Quando chegamos aqui, entrei em pânico, não sabia como iria aprender a falar estes nomes holandeses estranhos. Mas aí comecei a pintar e alguns dos quadros eram feios. Mas eu não tinha medo de errar. As pessoas viram meu trabalho e gostaram", disse Khanem.
Muitos já compraram os trabalhos de Khanem e ela já fez exposições. A imprensa holandesa a chama de "Senhora da Cor".
Apesar da idade e da vida de dificuldades, Khanem conseguiu mostrar seu talento, algo que, segundo a artista, muitas mulheres reprimidas no mundo todo também deveriam ter a chance de fazer.
CAMPO DE GIRASSÓIS
Que seja um exemplo para as mulheres irquianas.
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