CIDADES À BEIRA DE ABISMOS
Ronda (Espanha)
A cidade está assentada sobre uma meseta rochosa a 739 metros acima do nível do mar. Está dividida em duas partes por um precipício conhecido como “el Tajo de Ronda” (penhasco de Ronda – O precipício natural com mais de 120 metros com vistas fantásticas sobre a Cordilheira de Ronda “Serranía de Ronda”), por onde passa o rio Guadalevín, afluente do rio Guadiaro.Em continuação da garganta da escarpa propriamente dita, estende-se também um penhasco sobre o vale dos Moinhos (valle de los Molinos). A este da cidade encontra-se o parque natural da Serra das Neves, a sul o vale do rio Genal, a oeste a Serra de Grazalema e a norte os planaltos em direção a Campillos.Ronda é o coração da mais fascinante serrania da Andaluzia. Uma vintena de pequenas aldeias pintam-na de branco, os seus caminhos misturam as marcas de escritores românticos com as dos salteadores, enquanto a sua geografia, tão abrupta como generosa, serve de refúgio a cabras montesas e abetos pré-históricos.
Banhos árabes – Ao fundo do precípio que dá corpo à cidade de Ronda ficam os famosos banhos árabes, no antigo Arrabal Bajo ou bairro das Curtidurías. Merecem uma visita não só pela antiguidade (remontam ao século XIII), mas também pelo seu excelente estado de conservação. Trata-se dos principais banhos do período islâmico de Espanha.
Bonifácio – Córsega (França): 70 metros (230 pés) sobre o Mar Mediterrâneo
Na ponta sul da ilha de Córsega, Bonifácio é o maior municipio da ilha. A Cidade está a beira de uma falésia de calcário branco, comido e afastado pelo vento e pelas ondas do Mar Mediterrâneo. Um paraíso naval, Bonifácio é agora uma pequena marina para iates caros de todo mundo.
Castellfolit de la Roca (Espanha)
Situada em um despenhadeiro de basalto a 50 metros de altura.
Castellfollit de la Roca seria um ponto mínimo e até inexistente para os padrões geográficos planetários. Sua área exígua de meros 0,67 km² e uma população de menos de 1.000 habitantes porém, é um verdadeiro espetáculo que mistura penhascos e casas em uma harmonia quase irreal.
O pequeno município é limitado pela confluência dos rios Fluvià e Toronell e no alto das paredes basálticas que se erguem do mar a 50 metros de altura, está um amontoado de residências que serpenteia por cerca de 1 quilômetro de extensão. Esta formação geológica adquiriu suas formas, graças à ação erosiva das águas dos rios sobre o basalto.Ele é fruto de duas camadas de lava vulcânica de erupções ocorridas em momentos distintos e distantes da história, sendo a última há cerca de 192.000 anos. Inclusive, em Castellfollit está a única pedreira de basalto ativa em todo o estado.
A cidade “velha” de Castellfollit de la Roca é medieval e composta por praças e ruas estreitas e sombrias. As casas, em sua grande maioria, são construídas em pedra vulcânica. Na extremidade da escarpa, lugar do antigo cemitério que foi transferido dali em 1961, hoje existe a praça Josep Pla. Nela, o mirante garante uma vista panorâmica simplesmente espetacular da região. É nesta hora que se entende de verdade a incrível posição estratégica do lugar e a natural garantia de segurança proporcionada ao povo em outros tempos.
Em um dos lados do paredão de rocha, está a Igreja de São Salvador. Construída no século 13, sofreu com ataques e guerras e por isto precisou ser reconstruída diversas vezes. Depois da Guerra Civil, seu estado, de tão lamentável, fez com que uma nova Igreja fosse feita na parte nova da cidade. Em meados dos anos 80 porém, um projeto de restauração deu-lhe vida nova outra vez. A mistura de pedras originais e elementos modernos como vidro e ferro, garantiram um belo trabalho final. Bem próximo ao centro antigo da cidade, existe uma área de pequenas hortas cultivadas pelos moradores que são separadas por muros de pedra. Ao longo destas hortas, existe uma trilha que leva visitantes e turistas ao Parque Natural onde vê além do “precipício”, uma série de intervenções, usando elementos naturais, no trajeto da água dos rios para a geração de energia hidrelétrica à fábricas locais. A Praça da Catalunha, na parte nova da cidade, é hoje um ponto de reunião de jovens e idosos, com direito à piscina pública, aberta para a pequena população se divertir no verão.
Tudo o que você sempre imaginou sobre as ilhas gregas está aqui: as casas brancas em formato de cubo dependuradas no penhasco, as igrejinhas de cúpulas azuis, os sinos, os gatos. Mas Santorini não é uma ilha comum.
Não se você achar que ilha é sinônimo de praias de sonho, daquelas de areia fininha e branca. O motivo é simples: sua origem vulcânica a privou de ter areia e suas praias são escuras. Uma delas, a mais diferentona e badalada, é vermelha. Se Marte tivesse praia, provavelmente seria como Red Beach, na extremidade sul, uma pequena baía de águas verdes emoldurada por uma falésia… vermelha, claro.
É ali que, no auge do verão, uma multidão se aglomera para esticar o corpo à beira-mar. Mas, se me permite, a praia de Santorini é outra. E ela fica centenas de metros acima do nível do mar. Se você é desprendido o suficiente para separar Grécia da equação sol + praia, concentre-se nas encantadoras vilas encarapitadas no alto das montanhas. É ali, nas vielas e nos becos tortuosos, nos cafés e nos lounges avarandados debruçados sobre o mar, que está todo o charme da ilha.
O formato de Santorini hoje – uma meia-lua – se deve a seu passado agitado de erupções vulcânicas. A maior delas teve início no ano de 1650 a.C., quando surgiu uma cratera no meio da ilha, coberta de água (a caldeira). Depois, outras erupções, sendo a última delas no século 18, deixaram trechos submersos e fizeram aparecer duas ilhotas ao centro: Nea Kameni e Palia Kameni, pequenos vulcões adormecidos, ainda em atividade (pode-se visitá-las em rápidos passeios de barco que saem do porto de Fira). É sua geografia o grande encanto de Santorini e o seu guia natural pela ilha.
Em linhas gerais, vale o seguinte: o crème de la crème, o que realmente interessa (de vilas inteiras a hotéis e restaurantes), está de frente para a caldeira. E o melhor é que você pode explorar tudo no seu próprio ritmo, sem precisar de mapas ou GPS. Alugar um quadriciclo é um jeito fácil, divertido e barato de conhecer a ilha toda. E a brisa no rosto vem de brinde.
Fira é a capital e o maior centro urbano de Santorini (não que seja grande, pelo contrário: tem pouco mais de 2 mil habitantes). Na verdade, trata-se de um emaranhado de ruas onde os carros só chegam até um certo ponto. O lado virado para a caldeira, delimitado pela 25 Martiou, a rua principal, parece um eterno cenário de cartão-postal, sempre pronto para os melhores cliques.
Mas a outra metade da cidade é um aglomerado de supermercados, locadoras de carros, lanchonetes com placas espalhafatosas e casas sem graça que poderiam estar em qualquer canto do planeta. Para continuar quietinho no seu mundo ideal, já sabe: olho na caldeira.
Fira está numa posição estratégica para quem quer ter mais mobilidade para explorar a ilha – é central, dispõe de boa infra-estrutura e abriga o porto do qual partem os passeios de barco pela região. É também onde ficam os hotelões e restaurantões e cafezões.
As joalherias fazem a festa dos turistas que desembarcam de transatlânticos para passar o dia. E as lojas mais arrumadinhas. Aquela Santorini que você vê no cinema, nas revistas e nos guias de viagem, de casas impecavelmente caiadas e ruas floridas, de fachadas de portas coloridas e flores nas janelas, de uma atmosfera absolutamente cool, mora ao lado, a 10 quilômetros. A mesma do pôr-do-sol.Manarola (Itália):
Esta é uma região que fará parte de nossa viagem em Março de 2012, se Deus quiser !
Localizado na Ligúria, Manarola é certamente uma das mais precárias cidades da Itália.É difícil dizer o quão antiga é esta vila, mas foram encontrados textos romanos antigos que falam dos vinhos ali produzidos. Hoje, você ainda pode desfrutar de passeios através da vinha, uma caminhada pela Via dell’Amore (Caminho do Amor) e os seus edifícios brilhantemente coloridos apenas perto da borda.Cinque Terre são cinco pequenas vilas debruçadas sobre a costa mediterrânea da Ligúria, no noroeste da Itália. Manarola, Vernazza, Corniglia, Monterosso e Riomaggiore, fundadas na Idade Média entre os séculos XI e XIII, mantiveram-se por muito tempo a salvo do turismo em massa. Hoje, a região já não é mais pitoresca, dos velhinhos que bateram papo num barco no final da tarde, das roupas estendidas nas sacadas, dos pescadores e barquinhos atracados na praias, das vinícolas, da culinária saborosa e sem afetação.
O trajeto entre as vilinhas pode ser feito de trem, carro (mas nos vilarejos sua circulação é proibida) ou, no caso dos amantes do trekking, a pé (as trilhas são bem sinalizadas nas encostas, mas têm trechos de pura pirambeira. A recompensa são paisagens espetaculares). O trecho entre Riomaggiore e Manarola, feito em 20 minutos, passa por barquinhos, flores e placas com versos de poetas – por isso, é chamado de Via Dell’Amore.
O trajeto entre as Cinque Terre também pode ser feito de barquinho.
PAVAROTTI
Todas lindas, mas, acredito, de difícil acesso para os moradores.
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