GRUTAS MARAVILHOSAS
Caverna, gruna ou gruta é toda cavidade natural rochosa
com dimensões que permitam acesso a seres humanos.
Gruta de Maquiné - MG - Brasil
Podem ter desenvolvimento horizontal ou vertical em forma de galerias e salões.
Gruta de Maquiné - MG - Brasil
Podem ter desenvolvimento horizontal ou vertical em forma de galerias e salões.
Ocorrem com maior freqüência em terrenos formados por rochas sedimentares, mas também em rochas ígneas e metamórficas, além de geleiras e recifes de coral.
São originárias de uma série de processos geológicos que podem envolver uma combinação de transformações químicas, tectônicas, biológicas e atmosféricas.
Devido às condições ambientais exclusivas das cavernas, esse ecossistema apresenta uma fauna especializada para viver em ambientes escuros e sem vegetação nativa.
Outros animais, como os morcegos,
podem transitar entre seu interior e exterior. As cavernas também foram
utilizadas, em idades remotas, como ambiente seguro e moradia para o
homem primitivo, fato comprovado pela imensa variedade de evidências
arqueológicas e pela arte rupestre.
Em alguns casos essas cavidades também podem ser chamadas de tocas, lapas ou abismos. Os termos relativos a caverna geralmente utilizam a raiz espeleo-, derivada do latim spelaeum, do grego σπήλαιον, "caverna", da mesma raiz da palavra "espelunca".
As cavernas são estudadas pela espeleologia, uma ciência multidisciplinar que envolve diversos ramos do conhecimento, como a geologia, hidrologia, biologia, paleontologia e arqueologia.
Além da importância científica, a exploração de cavernas representa um grande papel no turismo de aventura (ou ecoturismo), sendo uma parte importante da economia das regiões em que ocorrem.
A maior gruta conhecida está localizada em Sintra, Portugal, e
estima-se ter mais de 2 milhões de anos, a maior estalactite tem 69
centímetros. Devido à degradação da gruta pensa-se que irá ruir nos
próximos 15 anos, para tal foi contratada a empresa B.E.R.N.A.S para estabilizar a degradação da gruta.
As cavernas, de acordo com sua formação, são divididas em dois grandes grupos: cavernas primárias e secundárias.
Cavernas primárias
São ditas cavernas primárias aquelas cuja formação é contemporânea à formação da rocha que a abriga.Cavernas vulcânicas
Em regiões com vulcanismo ativo, o escoamento de lava
pode formar diversos tipos de cavidades na rocha. Em geral a lava escoa
para a superfície através de um fluxo contínuo. À medida que o entorno
do fluxo se resfria e solidifica, a lava continua escorrendo por canais,
muitas vezes de vários quilômetros de extensão, chamados tubos de lava.
Em alguns casos, após o vulcão se tornar inativo, esses tubos podem ser
esvaziados e preservados formando cavidades acessíveis pelo exterior.
As mais importantes cavernas desse tipo estão no Havaí e no Quênia.
A caverna Kazumura, na Ilha Havaí, próxima a Hilo,
com 65 500 m de comprimento e desnível de 1 101 m, é o mais longo e
mais profundo tubo de lava do mundo. Além dos tubos de lava, também
podem ser formadas cavernas vulcânicas pela existência de bolsões de ar
ou outras irregularidades no magma
durante seu escoamento ou resfriamento. Essas cavernas costumam formar
salões ou canais de pequenas dimensões. Cavernas de lava não possuem
formações exuberantes como as cavernas criadas por dissolução química.
Em geral possuem paredes lisas e uniformes, mas em alguns casos possuem
escorrimentos, pontas e gotas de lava resfriada.
Cavernas de corais
Cavidades criadas durante o crescimento de recifes de coral por qualquer razão. Uma vez calcificados e litificados
os corais, essas cavidades podem ser preservadas e em alguns casos
formam galerias ou salões penetráveis de pequenas dimensões dentro do
recife.
Cavernas secundárias
Cavernas secundárias são aquelas que se originam após a
formação da rocha que as abriga. É o caso mais comum de formação de
cavernas e envolvem diversos processos diferentes.
Cavernas cársticas
O processo mais freqüente de formação de cavernas é a dissolução da rocha pela água da chuva ou de rios, um processo também chamado de carstificação. Este processo ocorre em um tipo de paisagem chamado carste ou sistema cárstico, terrenos constituídos predominantemente por rochas solúveis, principalmente as rochas carbonáticas (calcário, mármore e dolomitos) ou outros evaporitos, como gipsita.
As regiões cársticas costumam possuir vegetação cerrada, relevo acidentado e alta permeabilidade do solo,
que permite o escoamento rápido da água. Além de cavernas, o carste
apresenta diversas outras formações produzidas pela dissolução ou erosão
química das rochas, tais como dolinas, furnas, cones cársticos, cânions, vales secos, vales cegos e lapiás.
Cavernas de gelo
Apesar do nome, as cavernas de gelo não devem ser confundidas com as
cavernas em glaciares. Cavernas de gelo são cavidades na rocha, formadas
por qualquer dos processos descritos acima. Como se localizam em
regiões muito frias do globo, elas apresentam temperaturas abaixo de
0 °C durante todo o ano em pelo menos uma parte de sua extensão. Isso
provoca o congelamento da água infiltrada pelo solo ou da umidade
atmosférica e forma em seu interior diversos tipos de precipitações de gelo (chamados icicles em inglês) que podem ser tão exuberantes como os espeleotemas rochosos.
Cavernas glaciares
Este tipo especial de caverna não é formado na rocha, mas no gelo de glaciares.
A passagem da água da parte superior da geleira para o leito rochoso
produz tubos que podem ter desenvolvimento horizontal ou vertical.
Embora possam permanecer praticamente inalteradas por muitos anos, estas
cavernas são instáveis e podem desaparecer completamente ou mudar de
configuração ao longo do tempo.
Ainda assim podem ser visitadas e
utilizadas para estudar o interior das geleiras. Seu maior valor
científico reside no fato de permitirem acessar amostras de gelo de
diversas idades diferentes, usadas em pesquisas de paleoclimatologia.
Cavernas marinhas
Cavernas marinhas podem ter diversas configurações, desde cavidades
totalmente submersas no leito oceânico até formações parcialmente
submersas em paredões rochosos da costa. As primeiras são abismos ou
fendas que podem atingir profundidades abissais e são penetráveis por mergulhadores ou veículos submersíveis. Essa cavernas podem ter diversas origens, em geral tectônicas.
Cavernas da costa podem resultar de diversos processos diferentes. Um
deles é a erosão mecânica das ondas que abre cavidades na rocha. Em
alguns casos, não passam de tocas submersas e sem saída. Outras podem
ter uma extremidade que se abre no lado da terra, permitindo o acesso
por ambos os lados. Grutas formadas por processos tectônicos ou
dissolução química também podem se tornar parcialmente submersas no
oceano, devido ao rebaixamento do terreno ou pelo aumento do nível do
mar.
Também é possível que rios subterrâneos originários de cavernas
cársticas próximas à costa desaguem diretamente no mar, abrindo
passagens entre a terra e o oceano. Nestes casos também pode ser
possível o acesso por ambas as extremidades. Algumas dessas cavernas
podem atingir grandes extensões. Em geral são acessíveis através de cenotes e exploráveis por mergulho.
CONTRASTES
Excelente pesquisa!
ResponderExcluirCito as Grutas de Maquiné, em MG: formações de estalactites e estalagmites fantásticas!
Obrigada pela lembrança, Ro !
ResponderExcluirJá está citada lá em cima !