Páginas

terça-feira, 12 de junho de 2012

A ARTE DAS GRUTAS



GRUTAS MARAVILHOSAS
Caverna, gruna ou gruta é toda cavidade natural rochosa com dimensões que permitam acesso a seres humanos. 
 Gruta de Maquiné - MG - Brasil

Podem ter desenvolvimento horizontal ou vertical em forma de galerias e salões. 
Ocorrem com maior freqüência em terrenos formados por rochas sedimentares, mas também em rochas ígneas e metamórficas, além de geleiras e recifes de coral.
São originárias de uma série de processos geológicos que podem envolver uma combinação de transformações químicas, tectônicas, biológicas e atmosféricas. 
Devido às condições ambientais exclusivas das cavernas, esse ecossistema apresenta uma fauna especializada para viver em ambientes escuros e sem vegetação nativa. 
Outros animais, como os morcegos, podem transitar entre seu interior e exterior. As cavernas também foram utilizadas, em idades remotas, como ambiente seguro e moradia para o homem primitivo, fato comprovado pela imensa variedade de evidências arqueológicas e pela arte rupestre. 
Em alguns casos essas cavidades também podem ser chamadas de tocas, lapas ou abismos. Os termos relativos a caverna geralmente utilizam a raiz espeleo-, derivada do latim spelaeum, do grego σπήλαιον, "caverna", da mesma raiz da palavra "espelunca".
As cavernas são estudadas pela espeleologia, uma ciência multidisciplinar que envolve diversos ramos do conhecimento, como a geologia, hidrologia, biologia, paleontologia e arqueologia. 
Além da importância científica, a exploração de cavernas representa um grande papel no turismo de aventura (ou ecoturismo), sendo uma parte importante da economia das regiões em que ocorrem.
A maior gruta conhecida está localizada em Sintra, Portugal, e estima-se ter mais de 2 milhões de anos, a maior estalactite tem 69 centímetros. Devido à degradação da gruta pensa-se que irá ruir nos próximos 15 anos, para tal foi contratada a empresa B.E.R.N.A.S para estabilizar a degradação da gruta.
As cavernas, de acordo com sua formação, são divididas em dois grandes grupos: cavernas primárias e secundárias.

Cavernas primárias

 ex:  Tubo de lava Thurston no 
Hawaii Volcanoes National Park.
São ditas cavernas primárias aquelas cuja formação é contemporânea à formação da rocha que a abriga.

 Cavernas vulcânicas
 Em regiões com vulcanismo ativo, o escoamento de lava pode formar diversos tipos de cavidades na rocha. Em geral a lava escoa para a superfície através de um fluxo contínuo. À medida que o entorno do fluxo se resfria e solidifica, a lava continua escorrendo por canais, muitas vezes de vários quilômetros de extensão, chamados tubos de lava. Em alguns casos, após o vulcão se tornar inativo, esses tubos podem ser esvaziados e preservados formando cavidades acessíveis pelo exterior. As mais importantes cavernas desse tipo estão no Havaí e no Quênia. 
A caverna Kazumura, na Ilha Havaí, próxima a Hilo, com 65 500  m de comprimento e desnível de 1 101 m, é o mais longo e mais profundo tubo de lava do mundo. Além dos tubos de lava, também podem ser formadas cavernas vulcânicas pela existência de bolsões de ar ou outras irregularidades no magma durante seu escoamento ou resfriamento. Essas cavernas costumam formar salões ou canais de pequenas dimensões. Cavernas de lava não possuem formações exuberantes como as cavernas criadas por dissolução química. Em geral possuem paredes lisas e uniformes, mas em alguns casos possuem escorrimentos, pontas e gotas de lava resfriada.

 Cavernas de corais
Cavidades criadas durante o crescimento de recifes de coral por qualquer razão. Uma vez calcificados e litificados os corais, essas cavidades podem ser preservadas e em alguns casos formam galerias ou salões penetráveis de pequenas dimensões dentro do recife.

Cavernas secundárias

Cavernas secundárias são aquelas que se originam após a formação da rocha que as abriga. É o caso mais comum de formação de cavernas e envolvem diversos processos diferentes.

Cavernas cársticas

O processo mais freqüente de formação de cavernas é a dissolução da rocha pela água da chuva ou de rios, um processo também chamado de carstificação. Este processo ocorre em um tipo de paisagem chamado carste ou sistema cárstico, terrenos constituídos predominantemente por rochas solúveis, principalmente as rochas carbonáticas (calcário, mármore e dolomitos) ou outros evaporitos, como gipsita. 
As regiões cársticas costumam possuir vegetação cerrada, relevo acidentado e alta permeabilidade do solo, que permite o escoamento rápido da água. Além de cavernas, o carste apresenta diversas outras formações produzidas pela dissolução ou erosão química das rochas, tais como dolinas, furnas, cones cársticos, cânions, vales secos, vales cegos e lapiás.

 Cavernas de gelo
Apesar do nome, as cavernas de gelo não devem ser confundidas com as cavernas em glaciares. Cavernas de gelo são cavidades na rocha, formadas por qualquer dos processos descritos acima. Como se localizam em regiões muito frias do globo, elas apresentam temperaturas abaixo de 0 °C durante todo o ano em pelo menos uma parte de sua extensão. Isso provoca o congelamento da água infiltrada pelo solo ou da umidade atmosférica e forma em seu interior diversos tipos de precipitações de gelo (chamados icicles em inglês) que podem ser tão exuberantes como os espeleotemas rochosos.

Cavernas glaciares


Este tipo especial de caverna não é formado na rocha, mas no gelo de glaciares. A passagem da água da parte superior da geleira para o leito rochoso produz tubos que podem ter desenvolvimento horizontal ou vertical. Embora possam permanecer praticamente inalteradas por muitos anos, estas cavernas são instáveis e podem desaparecer completamente ou mudar de configuração ao longo do tempo. 
Ainda assim podem ser visitadas e utilizadas para estudar o interior das geleiras. Seu maior valor científico reside no fato de permitirem acessar amostras de gelo de diversas idades diferentes, usadas em pesquisas de paleoclimatologia.

Cavernas marinhas

Cavernas marinhas podem ter diversas configurações, desde cavidades totalmente submersas no leito oceânico até formações parcialmente submersas em paredões rochosos da costa. As primeiras são abismos ou fendas que podem atingir profundidades abissais e são penetráveis por mergulhadores ou veículos submersíveis. Essa cavernas podem ter diversas origens, em geral tectônicas.
Cavernas da costa podem resultar de diversos processos diferentes. Um deles é a erosão mecânica das ondas que abre cavidades na rocha. Em alguns casos, não passam de tocas submersas e sem saída. Outras podem ter uma extremidade que se abre no lado da terra, permitindo o acesso por ambos os lados. Grutas formadas por processos tectônicos ou dissolução química também podem se tornar parcialmente submersas no oceano, devido ao rebaixamento do terreno ou pelo aumento do nível do mar.
Também é possível que rios subterrâneos originários de cavernas cársticas próximas à costa desaguem diretamente no mar, abrindo passagens entre a terra e o oceano. Nestes casos também pode ser possível o acesso por ambas as extremidades. Algumas dessas cavernas podem atingir grandes extensões. Em geral são acessíveis através de cenotes e exploráveis por mergulho.
 CONTRASTES
 

2 comentários:

  1. Excelente pesquisa!
    Cito as Grutas de Maquiné, em MG: formações de estalactites e estalagmites fantásticas!

    ResponderExcluir
  2. Obrigada pela lembrança, Ro !
    Já está citada lá em cima !

    ResponderExcluir