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domingo, 8 de agosto de 2010

QUASE UM SEMIDEUS


QUASE UM SEMIDEUS
Arita Damasceno Pettená

(minha amiga escritora e poeta !)






"(...)...até que ponto estamos correspondendo aos anseios de nossos filhos quando, ao dar-lhes todo o conforto que está ao nosso alcance, esquecemos, por vezes, o mais importante que é a sua formação espiritual, o seu sentido cristão de vida.
Ser pai implica não apenas em gerar um filho num instante de prazer.
Não implica, sobretudo, concretizar-lhe todos os sonhos de adolescente.
Ser pai, mais que assumir uma paternidade num livro de cartório, requer do seu agente um certo compromisso moral de educar um filho para enfrentar um mundo cheio de conflitos e agressões.



Já se foi o tempo em que um simples olhar bastaria para manobrar o jovem inexperiente de acordo com as exigências do pai austero, padronizado por uma sociedade que ditava normas, mas que longe estava de nelas se enquadrar.
Os filhos de hoje refutam os pais-sermão. Aqueles que, por vezes, pregam uma moral que não tem. (...)
(...)...abertos sem preconceito, sabem muito bem que é às vezes na fraqueza que o homem se humaniza. (...)



(...)Sabemos ser difícil, muito difícil mesmo, educar nos dias de hoje.
Se há entendidos que dizem ser o dinheiro um dos males na mão da juventude, não há também como negar que a falta dele pode ocasionar a busca do jovem por outros subterfúgios, nem sempre compatíveis com a sua formação.
Um pai equilibrado dosa suas atitudes com energia e mansidão. Procura no filho um coparticipante de seu modo de agir, de sua maneira de ser, sem se deixar levar por gestos essencialmente paternalistas.



Quando chamado à luta deve ser o herói de suas histórias de criança.
Quando diante das grandes injustiças sociais, jamais deve vencer pelo medo e pelo servilismo, porque a omissão é um dos maiores atentados à criatura humana.(...)
(...)Ser pai é até mesmo ser quase um semideus, ainda que sendo homem."


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COMENTÁRIO DA DENISE:
Só as coisas verdadeiras possuem valor neste nosso mundo tão materialista e tão imediatista: uma delas é o AMOR de pai.
E o pior em toda esta história, é que a gente não enxerga o invisível, o que se encontra nas entrelinhas, o que repousa no abstrato e só desperta, na maioria das vezes, quando o pai decide ir embora e nos deixa por aqui... sós... vazios... indefesos...órfãos de amor.
A gente "mata" este pai tantas vezes: quando crianças, nós o matamos de preocupação; quando adolescentes, nós o matamos com nossas bobagens da idade do "tudo posso"; e quando adultos, nós o matamos com nossas críticas, nos julgando donos da verdade.
Aí... de repente... ele resolve morrer... e esquece - coisas da idade - de nos avisar que decidiu morrer de verdade.

Então, a gente, que tentou matá-lo tantas e tantas e tantas vezes, achando que não teve sucesso nessas tentativas, caímos "de cara" no chão, batemos "de cara" com a realidade amarga e... morremos um pouco com ele... pai.
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PAI
Rosângela Goldoni

(minha amiga poeta !)



Pai, o tempo passa e a saudade continua.
Mais tranquila, porém constante.
Quantas brigas, e embates:
incompreensões - é fato: de parte a parte!

Sua chegada com um assovio,
quando criança, pra mim era alívio!
E quando eu, adulta, trabalhava,
assim se anunciava.
E todos sabiam:
Seu Ricardo chegava!

Pai, até hoje eu choro,
sempre sua ajuda imploro!
Pai, que no final fui sua mãe,
Te rendo homenagens,
Pois hoje sou pãe!
09 08 2009


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FRASE DO DIA:



"SÁBIO É O PAI QUE CONHECE O SEU PRÓPRIO FILHO." (Shakespeare)
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PAI
Fábio Junior




PAI
Fábio Jr.

Composição: Fábio Jr.

Pai!
Pode ser que daqui a algum tempo
Haja tempo prá gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos
Pai e filho talvez...

Pai!
Pode ser que daí você sinta
Qualquer coisa entre
Esses vinte ou trinta
Longos anos em busca de paz...

Pai!
Pode crer, eu tô bem
Eu vou indo
Tô tentando, vivendo e pedindo
Com loucura prá você renascer...

Pai!
Eu não faço questão de ser tudo
Só não quero e não vou ficar mudo
Prá falar de amor
Prá você...

Pai!
Senta aqui que o jantar tá na mesa
Fala um pouco tua voz tá tão presa
Nos ensine esse jogo da vida
Onde a vida só paga prá ver...

Pai!
Me perdoa essa insegurança
Que eu não sou mais
Aquela criança
Que um dia morrendo de medo
Nos teus braços você fez segredo
Nos teus passos você foi mais eu...

Pai!
Eu cresci e não houve outro jeito
Quero só recostar no teu peito
Prá pedir prá você ir lá em casa
E brincar de vovô com meu filho
No tapete da sala de estar
Ah! Ah! Ah!...

Pai!
Você foi meu herói meu bandido
Hoje é mais
Muito mais que um amigo
Nem você nem ninguém tá sozinho
Você faz parte desse caminho
Que hoje eu sigo em paz
Pai! Paz!...
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2 comentários:

  1. Esta música me toca profundamente.
    A saudade continua e nele, penso todos os dias.




    Pai, o tempo passa e a saudade continua.
    Mais tranquila, porém constante.
    Quantas brigas, e embates:
    incompreensões - é fato: de parte a parte!

    Sua chegada com um assovio,
    quando criança, pra mim era alívio!
    E quando eu, adulta, trabalhava,
    asim se anunciava.
    E todos sabiam:
    Seu Ricardo chegava!

    Pai, até hoje eu choro,
    sempre sua ajuda imploro!
    Pai, que no final fui sua mãe,
    Te rendo homenagens,
    Pois hoje sou pãe!

    rogoldoni
    09 08 2009

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  2. Chorando....é como estou agora.....emocionante tudo que lí!
    Nem tenho oq falar ou escrever sobre meu "Pai", vcs escreveram tudo.
    Esse pai q relataram, é o pai que eu tenho, por isso agradeço todos os dias pela vida dele.
    Obrigada papai...Eu amo você!

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