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terça-feira, 5 de julho de 2011

O RETORNO DA BALEIA


BALEIA VOLTA A NOVA ZELÂNDIA

                           Há mais de cem anos a caça extinguiu as baleais-francas austrais da Nova Zelândia. Agora, descendentes de uma pequena população que sobreviveu em remotas ilhas ao sul do país estão tomando o caminho de volta pela primeira vez.
                          De acordo com um artigo publicado no jornal especializado Marine Ecology Progress Series por pesquisadores australianos e norte-americanos, perfis de DNA de sete baleias foram usados para confirmar a teoria. Os resultados mostram que os animais pertencem ao mesmo grupo que um dia viveu nos confortáveis recortes do litoral neozelandês.  
                     “Estas provavelmente são as primeiras a voltar”, diz Scott Baker, diretor do Instituto de Marinhos Mamíferos da Universidade Estadual de Oregon, nos EUA. “As baías protegidas da Nova Zelândia são excelentes áreas de reprodução, e suspeito que em breve veremos mais baleias seguindo as pioneiras para colonizar seu antigo habitat.”
                    Registros históricos mostram que mais de 30 mil baleias migravam a cada inverno para as baías da Nova Zelândia antes da caça na região ser intensificada no século XIX. Os locais eram perfeitos para criar os filhotes de forma segura. No século 20, elas sumiram da região, pois eram presas fáceis para os caçadores. 
                         Algumas populações conseguiram sobreviver perto de Auckland e nas águas subantárticas das Ilhas Campbell, ao sul da Nova Zelândia. Em 2005 meia dúzia de baleias-francas foram encontradas novamente perto do continente e atualmente há possivelmente vinte exemplares fazendo o caminho de volta.
                       O pico da caça às baleias ocorreu entre 1830 e 1840, depois que os primeiros europeus chegaram à Nova Zelândia. Apenas em 1839, cerca de duzentos navios baleeiros ocupavam as águas da região. Dois anos depois, eram 740 embarcações. Na década seguinte, no entanto, as baleias-francas praticamente desapareceram da região e a caça diminuiu.
                   Tendo sido alvo da caça no mundo todo, a baleia-franca quase foi adicionada à lista de animais em risco de extinção. Suas populações foram reduzidas em quase 90% (hoje há cerca de 8 mil baleias-francas espalhadas principalmente pelas costas da Argentina, Austrália, Brasil, Chile, África do Sul e Moçambique).
                   Em 1946, a Nova Zelândia foi um dos membros fundadores da Comissão Baleeira Internacional (CBI), estabelecida com o propósito de gerar os recursos relativos a estes mamíferos marinhos. A partir de então, novas ações protecionistas foram adotadas: em 1982, o órgão proibiu a caça indiscriminada, e, em 1994, um santuário de baleias foi estabelecido.

JARDIM OCEÂNICO

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