CASA GRANDE E SENZALA
Para chegar à maestria de sua obra-prima, “Casa-Grande e Senzala”, o sociólogo pernambucano Gilberto Freyre (1900 - 1987) observou, fotografou e documentou o Brasil.
Eram os anos de 1930 e, por mais que muitos estudiosos estivessem em busca da identidade brasileira, poucos foram além das teses de gabinete. A difícil tarefa de encontrar padrões na miscigenação só poderia fazer sentido para um observador perspicaz. Freyre anotou palavras, descreveu vestimentas e comportamentos sexuais e detalhou a arquitetura das residências para explicar a estrutura patriarcal da sociedade em que vivia.
Foi uma revolução. O determinismo social e a tese da “raça inferior” eram, então, esmagados por alguém que ousou olhar de fato para o Brasil. Mas, além das obras, o sociólogo deixou um rico material que pode levar a novas descobertas: cartas e contribuições de amigos, registros fotográficos, artigos, livros e anúncios de jornais. Tudo isso está agora digitalizado e disponível no site da Fundação Gilberto Freyre (www.fgf.org.br), que contou com R$ 250 mil do Ministério da Cultura para manter viva a pesquisa desse intelectual. “O importante é que esse material permita que suas ideias, contraditórias ou não, continuem acesas para novas gerações”, disse Gilberto Freyre Neto.
A digitalização aproxima Freyre do mercado editorial e pretende abrir portas para novos títulos que usem como base os temas tratados por ele. “É uma tentativa de continuar um projeto antigo, de estudar a realidade nordestina brasileira”, explica o neto. Entre o rico material, há documentos reveladores da passagem do sociólogo pela Universidade de Colúmbia, onde teve contato com as teses culturalistas do germano-americano Franz Boas – essenciais para a separação entre os conceitos de “raça” e “cultura” em “Casa-Grande e Senzala”.
Além de documentos formais, há também imagens de suas viagens a ex-colônias portuguesas na África e na Ásia e relatos do cotidiano com familiares e amigos. Em meio a esse mar de informações, a coordenadora do projeto, Jamille Barbosa, revela um curioso método de pesquisa comumente usado por Freyre: “Ele chegou a publicar anúncios nos jornais pedindo fotografias e documentos antigos.” Esse material que lhe chegava era prontamente transformado em preciosidade intelectual, que agora pode ser garimpada gratuitamente na internet.
GIGANTES DE PEDRA
Eram os anos de 1930 e, por mais que muitos estudiosos estivessem em busca da identidade brasileira, poucos foram além das teses de gabinete. A difícil tarefa de encontrar padrões na miscigenação só poderia fazer sentido para um observador perspicaz. Freyre anotou palavras, descreveu vestimentas e comportamentos sexuais e detalhou a arquitetura das residências para explicar a estrutura patriarcal da sociedade em que vivia.
Foi uma revolução. O determinismo social e a tese da “raça inferior” eram, então, esmagados por alguém que ousou olhar de fato para o Brasil. Mas, além das obras, o sociólogo deixou um rico material que pode levar a novas descobertas: cartas e contribuições de amigos, registros fotográficos, artigos, livros e anúncios de jornais. Tudo isso está agora digitalizado e disponível no site da Fundação Gilberto Freyre (www.fgf.org.br), que contou com R$ 250 mil do Ministério da Cultura para manter viva a pesquisa desse intelectual. “O importante é que esse material permita que suas ideias, contraditórias ou não, continuem acesas para novas gerações”, disse Gilberto Freyre Neto.
A digitalização aproxima Freyre do mercado editorial e pretende abrir portas para novos títulos que usem como base os temas tratados por ele. “É uma tentativa de continuar um projeto antigo, de estudar a realidade nordestina brasileira”, explica o neto. Entre o rico material, há documentos reveladores da passagem do sociólogo pela Universidade de Colúmbia, onde teve contato com as teses culturalistas do germano-americano Franz Boas – essenciais para a separação entre os conceitos de “raça” e “cultura” em “Casa-Grande e Senzala”.
Além de documentos formais, há também imagens de suas viagens a ex-colônias portuguesas na África e na Ásia e relatos do cotidiano com familiares e amigos. Em meio a esse mar de informações, a coordenadora do projeto, Jamille Barbosa, revela um curioso método de pesquisa comumente usado por Freyre: “Ele chegou a publicar anúncios nos jornais pedindo fotografias e documentos antigos.” Esse material que lhe chegava era prontamente transformado em preciosidade intelectual, que agora pode ser garimpada gratuitamente na internet.
GIGANTES DE PEDRA
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