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segunda-feira, 18 de julho de 2011

A CÉU ABERTO


TENOR É ELOGIADO PELA CRÍTICA
 
                        Atalla Ayan foi elogiado pela crítica e comparado pelo jornal “The New York Times” a um dos maiores tenores do mundo: Plácido Domingo.
Todo verão é assim: milhares de nova-iorquinos enchem os parques da cidade para acompanhar as apresentações da Metropolitan Opera de chapéu, lençol estendido na grama e vinho no fim da tarde. Desta vez, entre eles, está um brasileiro.
Foi um presente do destino. O tenor Atalla Ayan estava em casa quando o telefone tocou. Era a diretora da Metropolitan Opera dizendo que o tenor que cantaria o recital estava doente. Entre o convite e os aplausos no palco, foram menos de 24 horas. 
 “Fiquei muito nervoso no início, porque foi uma grande responsabilidade”, conta Atalla Ayan.
Não bastasse o nervosismo, no meio da apresentação, a céu aberto, a chuva foi uma convidada nada bem-vinda, mas que durou pouco. Atalla Ayan subiu no palco pra cantar a ária de Romeu e Julieta. “Levante, sol”, diz a letra. Depois da apresentação, o tenor foi elogiado pela crítica e comparado pelo jornal “The New York Times” a um dos maiores tenores do mundo: Plácido Domingo quando jovem.
De família simples, Atalla Ayan descobriu a ópera em uma pequena escola de música em Belém. “Eu comecei a estudar partituras e cantava em casamento”, lembra o tenor.
Como o menino humilde aprendeu a cantar ópera em cinco idiomas? Nem os especialistas sabem explicar. “Também é um mistério para mim, mas um mistério bom, porque a história dele dá um livro. Esse rapaz, de Belém, de uma família muito simples, que não tem músicos, já tem uma voz incrível. Ele vai fazer uma carreira muito importante”, aposta o empresário de ópera Bruce Zemsky.

  BRINCANDO COM AS LUVAS

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