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quarta-feira, 6 de julho de 2011

O RAMO ROUBADO

 O RAMO ROUBADO
Pablo Neruda
 Pela noite entraremos para roubar um ramo florido.
Ainda não se foi o inverno,
E a macieira aparece
Convertida, de súbito,
Em cascata de estrelas perfumadas.
Pela noite entraremos
Até chegar ao firmamento trêmulo,
E tuas mãos pequenas como as minhas
Roubarão as estrelas.
E ... sigilosamente...
À nossa casa,
Pela noite e na sombra,
Entrará com teus passos
O silencioso passo do perfume
E com pés entrelaçados
O corpo claro desta primavera.
 TOMANDO SORVETE

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