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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

ODE DE AMIGA QUERIDA


ODE A UM IPÊ ROXO
Rosangela Goldoni (Rogoldoni)

Diz minha amiga Rô:

"No dia 19.08.2010 entrava-me dentro de um ônibus, presa num engarrafamento, numa larga avenida de Niterói, totalmente irritada com tantos carros e buzinas, quando, de repente, olho para a Praça em frente à Câmara dos Vereadores e me deparo com um ipê roxo abasolutamente florido.
O ipê me "desarmou" e comecei a sorrir sozinha para ele.
E voltei meu olhar para as pessoas que estavam, como eu, irritadas, e ninguém se deu conta daquela beleza.
Os primeiros versos vieram, mas só hoje concluí o poema:"

ODE A UM IPÊ ROXO


Em meio à cidade grande,
repleta de arranha-céus,
engarrafamentos e ciladas,
fumaça transforma-se em véu.



Urbana demais eu me sinto
concreto e asfalto sufocam,
por tantos perigos que vivo
os piores medos afloram.



Em meio a tanta balbúrdia,
um ipê roxo sobreviveu,
uma pequena luxúria
que a natureza nos deu.



E sem que me desse conta,
pus-me feliz a sorrir,
a vida em perigo desponta
e sinaliza a florir!



Ipê que o cimento decora,
poucos podem aplaudi-lo,
a insensibilidade que jorra
instiga o maior perigo:
o derespeito à flora,
o homem que deteriora
seu mundo, seu lar, seu abrigo.


Rogoldoni
05 09 2010
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Um comentário:

  1. Olá Denise,
    feliz por encontrar esta poesia de minha autoria postada.
    Foi realmente um momento de vida que me chamou muito a atenção.
    É pena que nem todos tenham olhos para ver.
    Bjs
    Rosângela

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