quinta-feira, 23 de setembro de 2010
FIM DE TARDE
Eliane Coelho canta "MARIA TUDOR" de CARLOS GOMES - 2006
LIÇÃO DO MANDOLINO
São três lições, em interessante forma de diálogo: trata-se de um professor e uma aluna que conversam, tocam o instrumento, interrompem-se, estimulam-se com uma linguagem viva e cheia de humor. Os exemplos dados e harmonizados pelo maestro são tirados literalmente do folclore brasileiro – Amor tem Água e Vem cá Bitu.
No fim das aulas, surge o Hino Nacional Brasileiro de Francisco Manuel da Silva e, maliciosamente, o hino que CARLOS GOMES se recusara a escrever, Hino da República, composto por Leopoldo Miguez, que ocupara o posto de diretor do Conservatório do Rio – o lugar prometido pelo Imperador ao maestro.
Lição de Mandolino é o único trabalho dele em que se encontram citações explícitas do folclore.
Luís Heitor Correia de Oliveira fala sobre esta obra:
“Trata-se de um método de… bandolim, composto por… Carlos Gomes, em Milão, em princípios de 1890, para a ‘gentil’ menina Palmyra de Freitas, a quem é dedicado. Essa menina era filha do seu grande amigo Julio de Freitas – em cuja casa se hospedara em 1870, quando da primeira representação do Guarani no Rio de Janeiro – e neta do amigo do peito Francisco Castelões (sogro de Julio de Freitas). Não se pode, com propriedade, chamar a essas 3 lições e mais algumas páginas musicais cheias de verve e fantasia de um método de bandolim; nem Carlos Gomes qualifica-as assim.”
CURIOSIDADES DO MES DE CARLOS GOMES
Foi preciso um italiano vir para o Brasil para que nosso país se mobilizasse:
No centenário de nascimento de CARLOS GOMES, Pietro Mascagni, compositor italiano da famosa "Cavalleria Rusticana", que veio ao Brasil para as comemorações, indignou-se e disse:
“Associo-me inteiramente às cerimônias que se realizam no Brasil comemorando o centenário daquele que foi incontestavelmente um grande musicista e um verdadeiro amigo… tive a honra de dirigir em 1922, no Rio de Janeiro – O GUARANI – e que foi magistralmente executado pelos músicos brasileiros. Viajei a São Paulo para a inauguração do conjunto monumento ao lado do Teatro Municipal. Quando lá cheguei, o monumento já estava inaugurado.
Admirei o conjunto, mas não reconheci a fisionomia do maestro esculpida no bronze. Soube, depois, que tratava-se do busto do GENERAL PINHEIRO MACHADO. Não me contive e fui procurar o Sr. Washington Luis, que a princípio se mostrou incrédulo, só se convencendo com provas. O governo mandou retirar o busto e substituí-lo pelo verdadeiro.”
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FRASE DA VEZ:
Duas virtudes dominavam sua natureza: a gratidão pelos benefícios recebidos e o perdão das injúrias, que tanto o fizeram sofrer. Uma vez, o maestro disse:
“NÃO POSSO... SERIA ACEITAR O ETERNO CASTIGO DE ME VER SEMPRE, POR DENTRO, A MANCHA NEGRA DA INGRATIDÃO." (Antonio CARLOS GOMES)
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Fonte: Meu livro "OLHOS DE ÁGUIA - ANTONIO CARLOS GOMES - A TRAJETÓRIA DE UM GÊNIO" - a ser publicado em 2011.
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Parabéns, Denise, pela dedicação à
ResponderExcluirpesquisa sobre a vida e obra do Grande Maestro.
Sempre acrescentando.
Rogoldoni
Amiga, obrigada.
ResponderExcluirSeus comentários são muito benvindos e me ajudam muito.
Beijo