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domingo, 5 de setembro de 2010

FIM DE TARDE


"JOANNA DE FLANDRES" de CARLOS GOMES

PARTE I



APRESENTAÇÃO DA ÓPERA "JOANNA DE FLANDRES" DE CARLOS GOMES PRODUZIDA PELA MAESTROBRAZIL. A PARTITURA DA ÓPERA QUE MUITOS (INCLUSIVE O PRÓPRIO CARLOS GOMES) CHEGARAM A DAR COMO PERDIDA NUM INCÊNDIO NO SÉCULO XIX FORAM RESTAURADAS PELOS MAESTROS FABIO GOMES DE OLIVEIRA E ACHILLE PICCHI NUM PROJETO PATROCINADO PELA UNISYS QUE DISTRIBUIU GRATUITAMENTE 3.000 JOGOS DAS PARTITURAS DE ORQUESTRA,PARTITURA VOCAL (COM A REDUÇÃO PARA PIANO), PARTES INDIVIDUAIS DE CADA INSTRUMENTO, ALÉM DO LIVRO "JOANNA DE FLANDRES: HISTÓRIA DE UMA ÓPERA".

EM 2005 COM O APOIO DA CSN-COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONAL A ÓPERA FOI PRODUZIDA RECEBENDO DUAS RÉCITAS APENAS PARA MARCAR O INÍCIO DE UMA TURNÊ NACIONAL.
O ELENCO CONTOU COM AS PARTICIPAÇÕES DE JULIANNE DAUD, FERNANDO PORTARI, PAULO SZOT, SAVIO SPERANDIO, MARCIA GUIMARÃES E SÉRGIO WEINTRAUB SOB A REGÊNCIA DO MAESTRO FÁBIO OLIVEIRA E DIREÇÃO CÊNICA DE JOÃO MALATIAN NO TEATRO ALFA EM SÃO PAULO.

"JOANNA DE FLANDRES"

A inspiração dessa obra é de domínio poético e daria novos rumos ao seu futuro. É uma tragédia lírica em quatro atos. Foi uma das primeiras óperas a ser composta em língua portuguesa.
O início da ópera é uma sinfonia; o melodismo é fantástico, cheio de inflexões graciosas, de modulações delicadas.
Apesar das barreiras, "JOANNA DE FLANDRES" tornou-se o ponto alto de sua carreira; com 27 anos, mantinha-se fiel ao romantismo gótico.


Depois de numerosos adiamentos provocados por desacordos entre o compositor e os gerentes italianos do teatro, em 15 de setembro de 1863, estreia a ópera "JOANNA DE FLANDRES" ou "A VOLTA DO CRUZADO" no Teatro Lírico Fluminense do Rio de Janeiro, com libreto de Salvador de Mendonça, na presença do Imperador.

A ação se desenvolve em Lilly, na França – a Flandres medieval - em 1.225; é uma peça baseada numa figura histórica, embora romanceada.
Flandres era em antigo feudo situado onde hoje ficam a Bélgica e a França e sua origem remonta o século IX.



Sobre um complicado pano de fundo que já inclui a rivalidade entre facções francesas e flamengas reunidas sob seu trono, Joanna impõe um governo despótico e sanguinário, cujo poder é compartilhado pelo trovador francês Raul de Mauléon, seu favorito. O prelúdio que prepara e antecede a grande cena é a ária de Margarida, irmã de Joanna, presa e confinada por esta, numa masmorra nos subterrâneos do castelo.
Com grande massa coral (coro de franceses e flamengos), a ópera possui momentos de puro abandono melódico, quase lembrando a modinha.

O pai de Joanna, o conde Balduino, vai para as cruzadas e desaparece por um longo tempo e ela acaba tomando o poder de Flandres. Joanna é auxiliada nessa tarefa de conquista de poder pelo ambicioso trovador Raul de Mauleon, seu amante. O pai reaparece e é feito prisioneiro como impostor. Ambos começam, então, a fazer uma sucessão de maldades. O inesperado retorno de seu pai, desaparecido desde o início do século XIII leva-a à exasperação; Balduíno é taxado de impostor, aprisionado e condenado à morte, com a conivência dos franceses, para desespero da meiga filha mais nova Margarida.

Mas quando o legítimo Conde de Flandres é levado ao patíbulo, o povo, tendo à frente o líder flamengo Huberto, se rebela, carregando-o em triunfo. Joanna apunhalada pelo amásio, ele próprio vítima de sua perfídia, não resiste ao ferimento, morrendo nos braços do pai, que a perdoa enquanto Raul escapa de ser justiçado apunhalando a si próprio.
Os flamengos saúdam Balduíno para reconduzí-lo ao trono.



Pouco depois da estreia de sua ópera "JOANNA DE FLANDRES", tem seu nome indicado como aluno mais destacado do Conservatório, para estudar em qualquer dos conservatórios da Itália.
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FRASE DA VEZ:


“NO RIO NÃO ME QUEREM NEM PARA PORTEIRO DO CONSERVATÓRIO." (Antonio CARLOS GOMES)
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Fonte: Meu livro "OLHOS DE ÁGUIA - ANTONIO CARLOS GOMES - A TRAJETÓRIA DE UM GÊNIO" - a ser publicado em 2011
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