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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

FIM DE NOITE


"LO SCHIAVO" - CARLOS GOMES

Iberê - Jean-Jacques Gebelin
Ilara - Leila Guimarães
Americo - Benito Maresca
Rodrigo - Eduardo Abumrad
Condessa dy Boissy - Adelia Issa
Gianfera - Luiz Orefice
Goitacá - José Carlos Leal
Lion - Alcione Soares

Coral Lírico da Fundação Clóvis Salgado
Maestro Luiz Aguiar

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais
Regência de Davi Machado
19/07/1986

ÓPERA "LO SCHIAVO" de CARLOS GOMES


Vila Brasilia muito significou, não apenas na vida social de CARLOS GOMES, mas principalmente na criação de "O ESCRAVO".
A alegria jovial leva Carlos Gomes a um círculo de intelectuais, uma espécie de Camerata seiscentista: gli Scapigliati.
Reuniam-se em cafés e na casa de Ghislanzoni em Lecco e, mais tarde, em Vila Brasilia.

VILA BRASILIA - casa de CARLOS GOMES

"O ESCRAVO" não teve fácil gestação: escolhido o título em 1880, sabemos que em 1883 já estava com a composição em processo de criação, conseguindo terminá-la apenas em 1887.
Em 1888, houve uma briga com o poeta Paravicini, autor do libreto, que não quis dar a CARLOS GOMES a satisfação de fazer cantar o "Hino da Liberdade" no segundo ato da ópera, com os versos especialmente escritos pelo seu amigo tenente Francisco Giganti.
Houve um verdadeiro pandemônio: CARLOS GOMES não tirava os versos do amigo, o poeta não consentia que se fizessem enxertos na sua obra literária a questão foi aos tribunais, que apoiaram o poeta e o maestro não querendo magoar o amigo, preferiu, embora com grande sacrifício, retirar a sua ópera dos cartazes do teatro de Bologna, resolvendo vir imediatamente montar "O ESCRAVO" no Brasil.
O pleno sucesso de "O ESCRAVO" no Rio e a inesperada ressurreição da "FOSCA" em Modena, ambas em 1889, trouxeram-lhe uma impressão de renascimento depois do quase vazio em termos de criação que durou dez anos.


Começa a compor "O ESCRAVO", aquela que seria sua mais bela, mais sentidamente melancólica ópera, uma perfeição de precisão, elegância e requinte técnico, estreada no Rio de Janeiro em 1889.
Fica dez anos sem levar uma obra nova sua aos palcos e doze, aos palcos italianos. É um período de composição e maturação de sua obra prima "O ESCRAVO"; é quando ele chega a seu apogeu como compositor de música dramática.

CURIOSIDADES DO MES DE CARLOS GOMES:

Um certo dia, andando de charrete com um irmão pelas ruas de Campinas, ouviu os sons de "O GUARANI" tocados em uma sanfona. Aproximaram-se do lugar de onde vinham os sons e viram um escravo sentado no degrau de uma porta.
Perguntaram sobre a música e o escravo disse que não sabia de quem era, mas que o nome era "O GUARANI".
CARLOS GOMES, encantado, perguntou ao escravo o que ele mais desejava na vida e o homem respondeu que era poder casar, mas que não podia porque não era livre. Comovido, mandou o escravo subir na charrete e levou-o até a casa de seu senhor, demorou-se um pouco e voltando, apresentou ao escravo assustado uma carta:

“Eis aqui, meu amigo, a sua felicidade. É a sua carta de alforria, você agora é livre.”
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FRASE DA VEZ:


“DESTA DATA EM DIANTE, PERTENÇO AO PARÁ." (Antonio CARLOS GOMES)
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Fonte: Meu livro "OLHOS DE ÁGUIA - ANTONIO CARLOS GOMES - A TRAJETÓRIA DE UM GÊNIO" - a ser publicado em 2011
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2 comentários:

  1. Obrigada, amiga, por seus comentários, sempre benvindos !
    É muito bom saber, através de seus comentários, quando acerto nas postagens.
    Faço tudo com isto com um grande prazer, acredite !
    Beijo !

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