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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

DA GRANDIOSA OBRA DE CARLOS GOMES


ÓPERA "MARIA TUDOR"


Extrato da Abertura de "MARIA TUDOR" (1879) -
Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz -
Regência: Mateus Araujo -
Belém - Pará - Brasil
18. 12. 2008



Sua quarta ópera, terminada em 1878 e cantada no Scala no ano seguinte sem obter na primeira récita o êxito que merecia por vários motivos: brigas de editores, invejas e intrigas de artistas e mais o fato de ter sido detestavelmente cantada por uma alemã que mal sabia o italiano.



Em quatro atos, extraída da obra de Victor Hugo, que era o maior de todos os românticos na exploração desses elementos, seu drama "MARIA TUDOR", era excelente assunto para uma ópera. Um dos libretistas dessa ópera foi Emílio Praga, pintor e poeta e um scapigliato.



A ação se passa na Inglaterra do século XVI: numa praça, um grupo de nobres, entre eles D. Gil, embaixador da Espanha, comenta a ligação da soberana, Maria Tudor, com o aventureiro Fabiano Fabiani, que ao conquistar o amor de Maria, consegue dominar a corte.
Mas D. Gil descobre que Fabiani, usando o nome Lionello, trai a rainha, tentando seduzir Giovanna, uma moça do povo e noiva do operário Gilberto.
Prevenido por D. Gil, Gilberto jura vingança, mas D. Gil conspira contra o aventureiro italiano, preparando uma vingança maior junto à rainha.

É sua ópera mais pesada, pelo tema e pelas condições psicológicas em que se encontrava na época, mas é o equilíbrio perfeito entre música e drama, texto musical e ação cênica, música e palavra, um dos mais bem sucedidos exemplares da ópera italiana do período de transição e renovação entre o velho de Rossini, Bellini, Donizetti e Verdi e o novo da giovane scuola, repleta de cenas de grande beleza melódica e grande expressão dramática.



"MARIA TUDOR" foi a ópera que marcou o início de um longo declínio da carreira do compositor na Itália.

Depois das duas únicas récitas de "MARIA TUDOR" em 1879, CARLOS GOMES passa por acontecimentos trágicos, como a morte do filho Mario Antonio, de quatro anos de idade, sua rumorosa separação, como também acontecimentos decepcionantes, como a busca sem sucesso de melhores intérpretes.
"MARIA TUDOR" nunca mais foi representada na Itália depois dessas duas récitas.
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FRASE DA VEZ:



“(…) ERA NECESSÁRIO QUE EU FOSSE UMA ESPERANÇA DA ITÁLIA, UM MAESTRO ITAKIANO DE SANGUE (…)” (Antonio CARLOS GOMES - em carta ao amigo Taunay)
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