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sábado, 7 de maio de 2011

TEORIA DAS JANELAS PARTIDAS

TEORIA DAS JANELAS PARTIDAS


James Q. Wilson e George Kelling
                     Em 1969, na Universidade de Stanford (EUA), o Prof. Phillip Zimbardo realizou uma experiência de psicologia social.   Deixou dois automóveis abandonados na via pública; dois automóveis idênticos, da mesma marca, modelo e até cor.   Um deixado no Bronx, na altura uma zona pobre e conflituosa de Nova York e o outro em Palo Alto, uma zona rica e tranquila da Califórnia.

Dois automóveis idênticos, abandonados em dois bairros com populações muito diferentes e uma equipe de especialistas em psicologia social estudando as condutas das pessoas em cada lugar.


                  Resultou que o automóvel abandonado no Bronx começou a ser vandalizado em poucas horas. Perdeu as janelas, o motor, os espelhos, o rádio, etc. Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruíram. Contrariamente, o automóvel abandonado em Palo Alto manteve-se intacto.

                É comum atribuir à pobreza as causas de delito.  Atribuição em que coincidem as posições ideológicas mais conservadoras, (da direita e esquerda). Contudo, a experiência em questão não terminou aí, quando o automóvel abandonado no Bronx já estava desfeito e o de Palo Alto estava há uma semana impecável, os investigadores partiram um vidro do automóvel de Palo Alto.

O resultado foi que se desencadeou o mesmo processo que o do Bronx, e o roubo, a violência e o vandalismo reduziram o veículo ao mesmo estado que o do bairro pobre. Por quê que o vidro partido na viatura abandonada num bairro supostamente seguro, é capaz de disparar todo um processo delituoso?

                   Não se trata de pobreza. Evidentemente é algo que tem a ver com a psicologia humana e com as relações sociais.

                  Um vidro partido num automóvel abandonado transmite uma ideia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação que vai quebrar os códigos de convivência, como de ausência de lei, de normas, de regras, como que vale tudo. Cada novo ataque que o automóvel sofre reafirma e multiplica essa ideia, até que a escalada de atos cada vez piores, se torna incontrolável, desembocando numa violência irracional.

                Em experiências posteriores (James Q. Wilson e George Kelling), desenvolveram a 'Teoria das Janelas Partidas', a mesma que de um ponto de vista criminalístico, conclui que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujeira, a desordem e o maltrato são maiores.

               Se se quebra um vidro de uma janela de um edifício e ninguém o conserta, muito rapidamente estarão quebrados todos os demais. Se uma comunidade exibe sinais de deterioração e isto parece não importar a ninguém, então ali se gerará o delito.

                  Se se cometem 'pequenas faltas' (estacionar-se em lugar proibido, exceder o limite de velocidade ou passar-se um semáforo vermelho) e as mesmas não são punidas, então começam as faltas maiores e logo delitos cada vez mais graves. Se se permitem atitudes violentas como algo normal no desenvolvimento das crianças, o padrão de desenvolvimento será de maior violência quando estas pessoas forem adultas.

                Se os parques e outros espaços públicos deteriorados são progressivamente abandonados pela maioria das pessoas (que deixa de sair das suas casas por temor aos gangs), estes mesmos espaços abandonados pelas pessoas são progressivamente ocupados pelos delinquentes.

                    A Teoria das Janelas Partidas foi aplicada pela primeira vez em meados da década de 80 no metrô de Nova York, o qual se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade. Começou-se por combater as pequenas transgressões: graffitis deteriorando o lugar, sujeira das estacões, alcoolismo entre o público, evasões ao pagamento de passagem, pequenos roubos e desordens. Os resultados foram evidentes. Começando pelo pequeno delito, conseguiu-se fazer do metrô um lugar seguro.
                  Posteriormente, em 1994, Rudolph Giuliani, o prefeito de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Partidas e na experiência do metrô, impulsionou uma política de 'Tolerância Zero'.

A estratégia consistia em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à Lei e às normas de convivência urbana.

                 O resultado prático foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York.
                 A expressão 'Tolerância Zero' soa como uma espécie de solução autoritária e repressiva, mas o seu conceito principal é muito mais a prevenção e promoção de condições sociais de segurança.
Não se trata de linchar o delinquente, nem da prepotência da polícia. De fato, a respeito dos abusos de autoridade deve também aplicar-se a tolerância zero.
                   Não é tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito.

                  Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas, respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana.

 MONUMENTO-TÚMULO DE CARLOS GOMES EM 1996

 MONUMENTO-TÚMULO DE CARLOS GOMES HOJE


COMENTÁRIO DA DENISE:

Quanto ao Monumento-Túmulo de CARLOS GOMES, que é a estrela maior de Campinas, está completamente abandonado, sem estas grades que o envolviam ainda em 1996 (foto acima) sem as correntes, com letras das Óperas faltando, grama e flores não existem mais, não há proteção eficaz ao redor dela... um descaso total.
Nos dias de Feirinha, chega-se a usar a gradinha vagabunda que tem lá, para servir de apoio e prateleira para os ambulantes colocarem seus artigos à venda.
Completo resrespeito ! Quem ama, cuida.
Como se não bastasse isso, ainda foi concedido um alvará da 'prefeitura' bacana que temos, para que  a Microcamp colocasse um 'outdoor' horroroso, gigantesco, verde-limão... num dos prédios, de forma que de qualquer lado que se tente bater uma foto da Estátua, aparece a 'beleza' de outdoor como fundo !!


Para provar o que estou dizendo, irei hoje mesmo até lá fotografar detalhadamente tudo.




PAS-DE-DEUX

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