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sexta-feira, 13 de maio de 2011

S.O.S. TARTARUGAS

Ao migrar, tartaruga encontra 67 poluentes pelo caminho


                         Uma das muitas ameaças enfrentadas pela tartaruga-amarela, ou tartaruga-marinha-comum, é a poluição. Para conhecer a dimensão do risco, cientistas mediram contaminantes no sangue de um grupo de machos adultos, e rastrearam sua migração ao longo da costa do Atlântico. O estudo, publicado na revista Environmental Toxicology and Chemistry, revelou que os animais tinham níveis mensuráveis de 67 produtos químicos usados em pesticidas e outros produtos industriais.
                           A equipe, chefiada por Jared M. Ragland, do College of Charleston, em Charleston, Carolina do Sul, capturou 19 tartarugas perto do Cabo Canaveral, na Flórida, em 2006 e 2007. Eles mediram e pesaram os animais, retiraram amostras de sangue e fizeram biópsia do sistema reprodutivo. Durante dois meses, dez dos animais viajaram na direção norte até Cape May, em New Jersey, enquanto nove ficaram próximos do Cabo Canaveral.

                               As tartarugas que migraram tinham níveis mais altos de contaminação do que as que permaneceram perto da Flórida, confirmando pesquisas anteriores que haviam encontrado mais poluentes em tartarugas em latitudes setentrionais. É possível que os peixes e invertebrados consumidos pelas tartarugas nas águas do norte sejam mais poluídos, mas os cientistas apontam também que as tartarugas migrantes comem mais – e por isso consomem mais poluentes também.
Na média, as tartarugas migrantes eram maiores do que as residentes permanentes e pareceram saudáveis aos pesquisadores.  
                               “Eram animais ativos do ponto de vista reprodutivo”, afirmou Jennifer M. Keller, coautora do estudo e bióloga do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia. “Os adultos possuem níveis mais altos de contaminantes no sangue do que as tartarugas jovens. Isso fez aumentar nossa preocupação."

CASAL 20 

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