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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

UM POUCO DE CARLOS GOMES 2






Abertura da Ópera "SALVADOR ROSA" - CARLOS GOMES - pela Banda  Conselheiro Mayrink no campeonato Nacional 2009 na cidade de Mairinque.

Bi-Campeã Estadua e Nacional 2008/2009



A história se passa em 1647: é a rebeldia dos pescadores napolitanos  contra o peso dos tributos cobrados pelo vice-rei, representante de  Felipe IV da Espanha. A corte arma uma conspiração e o herói do povo é  assassinado.

Incluíram outro vulto popular napolitano da época:  Salvador Rosa, grande pintor, gravador, poeta, músico e ator famoso em  1650, líder dos rebeldes. Paralelo a tudo isso, desenrola-se a história  de amor de Salvador e Isabella – personagens fictícios – filha do  vive-rei, o Duque D’Arcos – bem como fictícia é a participação do famoso  pintor na dita revolução. Além disso, existe o personagem carismático  de Gennariello, soprano, um travesti, a exemplo do Oscar de Un Ballo in  Maschera.


Gennariello é responsável por divertidas cenas que entremeiam o drama,  bem como quando canta a mais famosa ária da ópera, Mia Piccirella.

Tem-se  também, a monumental personagem do Duque D’Arcos, que talvez, ao lado  do Cacique em O Guarani, represente o maior papel de Carlos Gomes para  Baixo.

O principal assunto dessa ópera é o jogo político que está em  relevo e não a história de amor, apesar de ela ser ilustrada por um  longo e belíssimo dueto. O libreto é muito claro e é louvável como  consegue, em apenas duas horas, contar tanta coisa.

Só na década de 1870, Salvador Rosa se apresentou: em Gênova, Trieste,  Milão, na Inglaterra, Alemanha e no Brasil – ´74; Turim, Piancenza,  Ravenna, Montevidéu, Voghera, Buenos Aires e no Rio de Janeiro – ´76;  Módena, Bérgamo, Brescia, Voghera, Pádua, Cuneo, Parva, Vicenza, Ancona –  ´77); Malta, Florença, Roma, Milão – ´78); Gênova, Chieti, Livorno,  Milão, Turim, Malta, Vercelli, Lodi – nesta cidade a temporada começa  com Salvador Rosa, estreia I Lombard de Verdi que, entretanto, cai e  volta Salvador Rosa – ´79.

Na década de 1880, apresenta-se: no Rio de Janeiro, em Salvador, Recife,  Florença, Nápoles, Atenas e em Crema, Lodi, Verdecelli, na abertura da  temporada dessas três cidades, junto com O Guarani – ´80; em Verona –  ´81; em Tolentino, Parma, no Recife e em Salvador – ´82; em Pádua,  Palermo, Cremona, Cagliari e Sassari, na abertura de temporada dessas  cinco cidades – ´83; no Rio de Janeiro e em São Paulo – ´89.

Apresentou-se em Buenos Aires em 1897.



CURIOSIDADES DO MES DE CARLOS GOMES:

VOCÊS SABIAM ?

Durante um período de nove anos incompletos, a ópera "O GUARANI" foi apresentada nos seguintes teatros:
• 1870 19/3 – Teatro alla Scala (estreia) de Milão,

2/12 – Teatro Lírico do Rio de Janeiro;

• 1871 2/9 – Exposição Industrial de Milão,

18/10 – Teatro de La Pergola de Florença,

20/11 – Teatro Apollo de Roma;

• 1872 fevereiro – Teatro Carlo Felice de Gênova,

abril – Teatro Communale de Ferrara,

junho – Convent Garden de Londres,

julho – Teatro Eretenio de Vicenza,

agosto – Teatro Communale de Bolonha,

setembro – Teatro Communale de Trieste,

outubro – Teatro Sociale de Treviso,

28/12 – Teatro Régio de Turim (chamado 10 vezes à cena),

dezembro – Teatro Bellini de Palermo,

dezembro – Teatro Bellini de Catânia;

• 1873 fevereiro – Teatro Régio de Reggio,

maio – Santiago – Chile,

agosto – Teatro de Lugo de Ferrara,

25/10 – Teatro Nazionale de Gênova;

• 1874 Teatro Colon de Buenos Aires;

• 1875 fevereiro – Teatro Real (Burgtheater) de Viena,

abril – Ópera Real (Kungliga Teatern) de Estocolmo,

junho – Teatro Real da Moeda (Theâtre Royal de la Monnaie) de Bruxelas;

• 1876 março – Teatro Lírico de Varsóvia,

agosto – Teatro Solis de Montevidéu (em castelhano),

4/11 – Teatro São Pedro do Rio de Janeiro,

23/12 – Foi apresentada a balada de O Guarani no Ópera de Paris (Palais Garnier);

• 1878 junho – Trocadero de Paris,

novembro – Teatro Havana de Havana;

• 1879 12/02 – Teatro Mariinsky em São Petersburgo,

14/02 – Bolshoi Theatre de Moscou;

•  1894 Trechos de músicas de Carlos Gomes no Concerto de Música  Brasileira, organizado por Alberto Nepomuceno e Francisco Braga, na Sala  Pleyel de Paris.

As apresentações escaladas da ópera quase deram volta ao mundo. Só na década de 1870, "O GUARANI" percorre:



• Milão, Rio de Janeiro, São Paulo – ´70;

• Milão, Roma Florença – ´71;

• Londres (Covent Garden), Ferrara, Trieste, Bolonha, Treviso, Gênova, Vicenza, Turim, Palermo, Catânia – ´72;

• Turim, Reggio, Lugo, Gênova, Santiago do Chile, Ferrara – ´73;

• Buenos Aires (Colon) – ´74;

• Veneza, Estocolmo, Bruxelas, Viena – ´75;

• Barcelona, Varsóvia, Rio de Janeiro, Montevidéu, Fiume – ´76;

• Rio de Janeiro, Módena, Bérgamo, Brescia, Voghera, Pádua, Cuneo, Parma, Vicenza, Ancona – ´77;

• Bahia, Rio de Janeiro, Havana – ´78;

•  São Petersburgo, Moscou, Malta, Havana, Gênova, Lorna, Montevidéu, Rio  de Janeiro, São Paulo, Turim, Vercelli, Rieti, Livorno, Milão, Salvador,  Voghera – ´79.

Na década de 1880:

• Recife, Salvador, Lisboa, Nice e, na abertura de temporada, em três cidades, Crema, Lodi, Vercelli – ´80;

• Milão (maio e setembro), Faenza, Rio – ´81;

• Belém do Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Milão – ´82;

• Colon de Buenos Aires, México, Zagreb (Croácia)– ´83; por falha dos editores, deixa de ser apresentada em Paris – ´84;

• Como – ´86;

• Varsóvia – ´89.

FRASE DO DIA:

"A MÚSICA - BEM SABEMOS - NÃO É MAIS DO QUE PAPEL BORRADO." (Antonio CARLOS GOMES)



 ÁFRICA


3 comentários:

  1. Carmen lins de Carvalho3 de setembro de 2012 às 19:13

    Salve "O Guarani, brilhante ópera do Maestro Carlos Gomes, o mais importante músico que o Brasil ja teve. Denise nos proporcionou percorrer sua apresentação pelo mundo.

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  2. Angela de Tullio Bertuzzo7 de setembro de 2012 às 07:47

    Impressionante a "viagem" internacional de O Guarani e das outras óperas. Como seria bom reviver essas óperas, ou trechos delas, num teatro digno desse nome que nos trouxesse de volta toda a solenidade que os borrões são capazes de traduzir.

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