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segunda-feira, 25 de abril de 2011

'O GUARANI' EM SALVADOR !

MONTAGEM DA ÓPERA 'O GUARANI' EM SALVADOR
                 Com realização da Associação Lírica da Bahia e produção da Da Rin Produções Culturais, o Teatro Castro Alves traz à luz mais uma montagem da ópera O Guarany, de autoria de Carlos Gomes.

A OBRA DE CARLOS GOMES
                     O Guarani é a terceira ópera de Antonio CARLOS GOMES – a primeira escrita em solo europeu – e a que o projetou internacionalmente. A ópera é dividida em quatro atos.

Com libreto de autoria de Antônio Scalvini, concluído por Carlo D'Ormeville, estreou em 19 de março de 1870 de forma triunfal no Scala de Milão. No Brasil, estreou no mesmo ano. Foi ouvida 32 vezes no Scala e depois seguiu para Florença, Gênova, Ferrara, Londres, Vicenza, Treviso, Turim, Palermo, Catânia, Reggio Emilia, Lugo, Buenos Aires, Varsóvia, Rio de Janeiro, Montevidéu, Paris, São Petersburgo e Moscou, num total de 231 apresentações em 8 anos.

Inspirada no romance homônimo de José de Alencar, "O Guarani", transcorre no Brasil de 1560, no litoral do Rio de Janeiro, onde vive Dom Antônio de Mariz, um velho fidalgo português.

Sob o ponto de vista romântico, a história gira em torno de sua filha Cecília (Cecy), que desperta paixão, simultaneamente, em quatro homens: Gonzales, aventureiro espanhol que a cobiça; Dom Álvaro, nobre português a quem Cecília foi prometida em casamento; o Cacique Aymoré, que deseja desposá-la; e Pery, por quem Cecy também se apaixona. Para os dois quase adolescentes – Cecy tem 16 anos e Pery, 18 –, é a descoberta do amor de forma pura, que começa com a amizade e se desenvolve de forma arrebatadora, transpondo as diferenças étnicas e culturais do casal.

O Guarani, contudo, permite outros tipos de leitura. A ópera também retrata a história verídica da dizimação dos índios Aymorés. Igualmente, mostra o interesse econômico de Espanha na colônia portuguesa na figura do aventureiro Gonzales – embora deseje Cecy, ele tem como principal objetivo dominar a todos para poder explorar uma mina de prata, cuja existência e localização são mantidas em segredo.

Além disso, a ópera evidencia a vida difícil dos primeiros colonizadores portugueses em terras brasileiras e relata, através da personagem Cecília, o vertiginoso processo de amadurecimento que os jovens estrangeiros eram obrigados a enfrentar. Cecília, que no primeiro ato mostra-se uma adolescente frágil, amadurece durante o espetáculo. Convivendo com perdas, medos e insegurança, transforma-se numa portuguesa forte, capaz de tomar decisões difíceis e disposta a enfrentar qualquer dificuldade. Seu desenvolvimento é proposto claramente pelo compositor também no amadurecimento musical das peças cantadas pela personagem.

Ao final do quarto ato todos os personagens morrem, restando vivos apenas a portuguesa Cecília e o índio Pery. Este final carrega todos os elementos simbólicos da formação da Nação Brasileira. 

Intérpretes principais

Pery ......................... Rinaldo Leone
Cecília ...................... Vilma Bittencout
Don Antônio .................. Eduardo Janho-Abumrad
Gonzales ..................... Homero Velho
Il Cacico .................... Sávio Sperandio
Júlio César Mendonça ......... Dom Álvaro
Sandro Machado ............... Rui Bento
Josehr Santos ................ Alonso

Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia.
Direção de cena: Elisa Mendes
Assistente de direção: Antrifo Sanches
Coreografias: Denny Neves
Coro e orquestra da ALBA
Regente: Pino Onnis
Diretor de cena: Francisco Mayrink 

Onde, quando e quanto
 Teatro Castro Alves
Salvador - Bahia

Dias 28 e 30 de abril e 02 de maio às 20h.

Ingressos: R$30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia) 

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