SOBRE O THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
Recebi um e-mail de um amigo que mora no Rio de Janeiro e que, entre outras coisas, dizia o seguinte:
(...)A Sociedade do Rio de Janeiro, vem, sendo ultrajada com a Direção do Theatro Municipal concernente à elaboração de récitas da "Temporada Lirica".
Anunciam: Concertos - Ballet - óperas.
1) Não divulgam o elenco das óperas
2) Os concertos e a Missa em dó Maior, de Mozart são com projeções da Itália
3) Anunciam nos jornais: "Lucia Di Lammermoor": "Nabucco", Tosca e "O Castelo de Barba Azul".
Nunca na história do nosso Theatro Municipal assistiu-se tamanho grau de mediocridade.
Não existe elenco para tal.
Sabe-se que a ópera "NABUCCO", de Verdi, virá a ser encenada pelo PALÁCIO DAS ARTES, que trará cenários e elenco.
As demais ainda estão buscando cantores.
"NABUCCO", é uma ópera grandiosa, rica em cantantes de fôlego, raros no Brasil. O côro será do nosso Theatro, um dos melhores do mundo. A última representação dessa ópera foi em 1984, montada pelo nosso empresário e ex-Diretor do Municipal, FERNANDO BICUDO.
Existe um coro riquíssimo (VA PIENSIERO), que foi cantado pelo povo de Milão quando passava o esquife do grande maestro Giuseppe Verdi.
As principais causas são deste descaso: Falta de jornais com críticos especializados. Os famosos são estão mortos. Tudo que escreviam era temido pelos artistas, pois tinham conhecimento de música erudita.
Por exemplo: Oscar Guanabarino, foi crítico do "Jornal do Comércio", Octavio Bevilaqua, do jornal "O Globo", Massarini, do "Diário de Notícias: "DÒR - Ondina Portela Ribeiro Dantas, etc.
A atual Diretora do Theatro, é uma sra. CINEASTA, não entende nada de música. Abriu os cenários - substituindo-os por "projeções".
A ópera "Trovador" foi um fracassso, idem no "Romeu e Julieta". Construíram uma espécie de acústica, erradamente, com um material que abafa as vozes no palco, não deixando o som da orquestra propagar-se pela platéia.
As poltronas estão quebrando e rangendo. O veludo tradicional do pano-de-boca, foi alí substituido por um de flanela vermelha que ao abrir-se corre para os lados como no cinema.
A estátua do nosso maestro CARLOS GOMES, foi deslocada para a Av. 13 de Maio, ficando ao lado do Theatro. O maestro ficava diante do Theatro com sua batuta furtada.
OTheatro Municipal, que não pertence ao Municipio, deveria passar para a esfera federal onde por certo, o Ministério da Educação cuidaria da programação, como fazia no então Distrito Federal.
O público sente falta do Ministro Clovis Salgado, que deu grande ênfase à nossa principal casa de espetáculos. (...)
FRASE DO DIA:
"Tudo quanto aumenta a liberdade, aumenta a responsabilidade." (Vitor Hugo)
À BEIRA DO RIO...
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