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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

RUY RODRIGUEZ - COM O OLHAR NO FUTURO



 Esta postagem é dedicada à Maria Eduarda, minha neta, que hoje faz 7 anos:

UM VISIONÁRIO EMPREENDEDOR
by Edison Cardoso Lins

 Rui Rodriguez - bisavô materno dos meus netos: Diogo, Maria Eduarda e Tiago (ainda a caminho) - (comentário da Denise)

"Campinas já lhe deu reconhecimento, atribuindo seu nome a uma movimentada via,
conexão entre importantes áreas da cidade. 
 
Há também uma escola estadual, situada no Parque Itajaí I que leva seu nome. 

        Escola Estadual Ruy Rodriguez

                     Há, na cidade, milhares de ruas e avenidas, com nomes de pessoas, algumas mais, outras menos conhecidas.
Seria importante que os moradores de cada rua, ou ainda que os alunos das escolas que também recebem esses nomes buscassem conhecer a história daqueles que as denominam. Vale a pena como informação e como inspiração.

                    Tive o privilégio de conhecer um pouco mais sobre Ruy Rodrigues através de sua filha, Maria Helena Novais Rodriguez, atual presidente da Associação de Educação do Homem de Amanhã (AEDHA), que participa do livro.

Minha amiga, Maria Helena Rodriguez (filha de Ruy Rodriguez) (comentário da Denise)

                      Faço parte desta história, lançado recentemente com histórias de profissionais da Unicamp, que ali ingressaram ainda adolescentes. A história de pessoas que deram sua contribuição para o desenvolvimento desta grande cidade deve ser valorizada e repassada para as novas gerações. 

                Ruy Rodriguez nasceu em Campinas em 1913, na casa de número 459, da Rua Santa Cruz, no bairro do Cambuí, onde sua família morou até 1979. Faleceu em 1987, no Hospital Vera Cruz.
               Com idealismo e espírito comunitário, fundou organizações fundamentais de Campinas, para o Brasil. Um exemplo está na fundação, em1955, do Conselho de Entidades da cidade, do qual foi Secretário Executivo, órgão articulador pela instalação da Faculdade de Medicina de Campinas, marco inicial da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, hoje uma instituição de referência mundial no campo científico e acadêmico, que atrai para Campinas estudantes do país inteiro e expoentes da ciência mundial.

                         Participou ainda, em 1964, da fundação da Federação das Entidades Assistenciais de Campinas (Feac), que hoje cumpre papel decisivo na área social e educacional na cidade.
                        Em 1954 já havia participado da criação da Guarda de Menores de Campinas, embrião da AEDHA, fundada por ele em 1965. Neste campo sua contribuição é imensa, pois fundou entidades de menores, nos moldes da AEDHA, conhecida como Guardinha, em muitas cidades, entre as quais Brasília, São Paulo (Lapa), Osasco, Jundiaí, Barra Mansa (RJ), além de colaborar para a fundação de outras. 

                           Colaborou com o poder público municipal, no governo do Prefeito Ruy Hellmeister Novaes, em duas gestões, ocupando o cargo de Secretário de Administração.
                          Visionário, Ruy Rodrigues, no campo do trabalho do menor, percebeu que, mais que eventualidade, como ocorria, seria imprescindível oferecer aos “pequenos meninos”, como chamava os menores, um programa de atendimento que lhes propiciasse oportunidades de efetiva iniciação profissional, numa época que o ensino público obrigatório cobria apenas os quatro primeiros anos, o chamado Curso Primário. Com habilidade e grande liderança social, mobilizou um grupo de cidadãos
campineiros. A entidade foi pioneira neste formato. 

                             Fazia parte da proposta inicial da entidade o desenvolvimento de cursos para aprendizagem de ofícios adequados à época, com oficinas para sapataria, confecção de peças de vestuário, marcenaria, entre outras.

                            Desenvolviam-se atividades culturais e esportivas, inclusive com uma concorrida banda musical.
                           Como a cidade já mostrava sua vocação para novas tecnologias e serviços, os jovens eram desafiados para outras atividades, incluindo a área administrativa. Assim passaram a receber, de forma inovadora, durante período de estágio laboral, preparação como auxiliares de escritório, por exemplo. O impacto foi tamanho que o termo estrangeiro “office-boy”, começou a ser substituído por “guardinha” aqui e em muitas localidades.

                     Em 1974, a entidade passou a acolher meninas, reconhecendo o processo de conquistas femininas por participação efetiva e cidadania plena.
                    O modelo pioneiro da Guardinha Campineira, hoje atuando em consonância com a Lei do Menor Aprendiz, mas já em sua fundação com olhar precursor e autonomia responsável para o jovem, na qualificação para o trabalho, consistiu-se em um modelo que foi adotado por outros municípios e incentivou a criação de outros programas com os mesmos objetivos na cidade de Campinas, no Estado de São Paulo e pelo Brasil afora. 

                   Os fatos que este breve texto permite resgatar — há muitos outros — dão a
dimensão deste grande brasileiro, nascido em Campinas, merecedor de justo reconhecimento."




COMENTÁRIO DA DENISE:
                   Não cheguei a conhecer pessoalmente o sr. Ruy Rodriguez, mas não foi preciso, uma vez ser ele um dos melhores amigos de meu sogro, Orestes e dele só ouvi elogios: homem íntegro, honesto, empreendedor, amigo fiel, amante de Campinas, etc.
 Meu sogro aos 27 anos - Orestes Lopes da Silva - bisavô paterno dos meus netos 

                 Não posso deixar passar esta feliz oportunidade e fazer uma homenagem ao meu sogro: homem simples, verdadeiro, decente, íntegro, amável e, com todas essas qualidades indispensáveis a um homem de bem, somava-se outra: era um homem bonito.
Meu sogro era um "super": super marido, super pai, super avô e super sogro. Um homem como poucos. E nutria por Ruy Rodriguez, uma admiração muito grande. 
Sinto-me privilegiada de haver podido conviver com ele por um longo tempo.Costumo dizer que, homens como meu sogro... muito difícil; melhores que ele... impossível.
               Por tudo isto, dá para entender perfeitamente a razão de serem estes dois homens singulares, tão amigos.

"Os iguais se atraem." 
Meus netos tiveram dois GRANDES bisavôs, que iriam adorar conhecer e de quem devem muito se orgulhar.
 
 FERA BRANCA









4 comentários:

  1. Aplaudo você Denise, pela iniciativa, pela generosidade e pela preocupação em mostrar exemplos férteis de dignidade, ética e principalmente amor ao próximo, enfim homens íntegros que possam servir de modelo. Que nossos netos possam se orgulhar e seguir.

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  2. Obrigada Denise pela bela homenagem ao meu avô!

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  3. Parabéns pelo resgate e valorização da família.

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  4. José Roberto Silva3 de abril de 2012 às 06:03

    Conheci o Sr. Ruy Rodrigues, quando era escoteiro Pioneiro e iamos na sede da "guardinha", com um amigo dele. Sempre muito educado, nos contava histórias sobre a cidade e suas conquistas.
    Parabéns pela iniciativa.
    José Roberto Silva

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