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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

VAMOS VIAJAR POR MOSCOU ? DE METRÔ !


O METRÔ DE MOSCOU  É BOM, BONITO E BARATO

                  O Metrô de Moscou, (em russo Московский метрополитен), ou ainda como palácio subterrâneo, foi inaugurado em 1935, sendo o maior do mundo por densidade de passageiros, transportando por volta de 3.341.500.000 pessoas por ano e cerca de 9,2 milhões de pessoas por dia.
                  Sua rede é composta de 182 estações, distribuídas por 12 linhas através de 298,2 km (sexto mais extenso do mundo atrás de Nova Iorque, Londres, Paris, Tóquio e Seul).


Por apenas 15 rublos (cerca de R$ 1,20), o subterrâneo de Moscou é seu. O preço do bilhete do metrô dá direito a um eficiente deslocamento pela capital da Rússia e, muitas vezes, a um passeio por plataformas de estações de uma beleza inusual para espaços onde se permanece pouco _uns 90 segundos. A pequena aventura que, inevitavelmente, é chegar ao destino está incluída no pacote.
                    Construído durante o governo de Joseph Stálin, em 1935, o metrô de Moscou é um dos mais freqüentados do mundo (uns 8 milhões de pessoas sobem e descem dos vagões por dia, numa cidade de pouco mais de 10 milhões) e tem 171 estações, numa rede de 12 linhas. Algumas estações construídas durante a Segunda Guerra Mundial ou que passam sob o rio Moscou são profundas e foram planejadas para serem abrigos seguros em caso de bombardeio.
                    Sob o regime de Stálin, entre os anos 30 e 50, surgiram as estações mais grandiosas, com lustres suntuosos e decoração palaciana. Paradoxalmente, em todas elas, a ideologia da revolução comunista está presente, seja na quase onipresença da figura do ditador, seja nos afrescos e estátuas que remetem ao trabalhador, sempre em ação no seu ofício ou claramente feliz. É o luxo para todos à maneira do realismo soviético, isto é, opulência severa.
                      As estações construídas sob os governos de Nikita Kruschev e Leonid Brezhnev, entre os anos 50 e 70, ganharam ares mais austeros, com iluminação e decoração bem mais simples, apenas com azulejos e colunas cujas formas e cores as diferenciavam. Dos anos 80 para cá, as novas estações voltaram a ser mais extravagantes e arrojadas.
                  Aliás, austeridade é uma palavra bastante apropriada não só ao metrô, mas ao país ainda hoje. No metrô, o rigor começa do lado de fora das estações, geralmente construções de cimento de cores mortas, com o nome do local incrustado no topo delas, o que contrasta com o que há no interior de algumas delas. As bilheterias são franciscanas.
                 Então você começa a jornada. Mas antes você pode literalmente dar com a porta de entrada na cara se não estiver atento. Especialmente em Moscou, é quase um sinal de fraqueza segurar a porta para o próximo que vem atrás, gentileza universal dispensada aqui. OK, entre e mergulhe fundo.
                 Todas as estações, limpas e quase livres de pichação e publicidade, têm o mesmo desenho básico: escadas rolantes estreitas e longuíssimas (a maior é da estação Park Pobedy, com mais de 120 metros) que desembocam na plataforma de embarque, um corredor ladeado pelos trens, cada um em sua direção.

                    Como os trens passam, em média, a cada 90 segundos nos dias de semana (eficiência total), é comum passar mais tempo na escada em direção a eles do que a esperá-los na plataforma. Por exemplo, na estação VDNKh, são necessários 2 minutos e 15 segundos para vencer a íngreme escada rolante.
                     Na plataforma, a dúvida: qual trem pegar, o da direita ou o da esquerda? A programação visual das placas de informação do metrô, todas apenas em cirílico, é tão sóbria e suscinta que quase as deixa desapercebidas _especialmente para quem não domina o russo.

                         Iluminadas por lâmpadas fluorescentes por trás, as placas se dividem em duas: todas as estações da linha, a partir da estação em que você está, é listada, uma ao lado da outra; uma parte apontada para a direita e a outra para a esquerda. Depois de algum tempo conferindo o mapa (que você não encontra em nenhuma estação), você opta por um dos lados.
                          Às vezes acontece de se tomar o vagão na direção oposta, natural. Você percebe isso de duas maneiras. A mais óbvia é que a estação seguinte não era a que você esperava. A outra, mais sutil, é a voz do sistema de som do vagão que informa a próxima estação: se for masculina, o trem vai em direção ao centro (ou "ao trabalho"); feminina, na direção contrária (ou "para casa"). Na linha circular, a voz masculina soa nos vagões que trafegam no sentido horário, e a feminina, no anti-horário.
               Mas por que chegar ao destino tão rápido? Perca-se embaixo da terra e admire as estações que surgem ao final das gigantes escadas rolantes. Depois você volta. 
  PRIMAVERANDO

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