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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

E A NATUREZA AGRADECE



Itália proíbe sacolas plásticas a partir de 1º de janeiro
Paralelamente à proibição, o governo lançará uma campanha de conscientização para promover o uso de sacolas recicláveis

     "Isto marca um passo importante na luta contra a poluição e nos torna a todos mais responsáveis com relação à reciclagem", diz a Ministra do Meio Ambiente da Itália, Stefania Prestigiacomo.

       A Itália já divulgou sua meta de Ano Novo para o meio ambiente: banirá as sacolas plásticas de lojas e supermercados de todo o país a partir de 1º de janeiro - quando os consumidores que aguardam as promoções de final de ano deverão adotar bolsas biodegradáveis, de tecido ou papel.

     Os italianos estão entre os maiores consumidores de sacolas plásticas da Europa, com uma taxa de uso per capita de mais de 300 sacolas ao ano. Cerca de um quarto das 100 bilhões de sacolas plásticas importadas pela Europa vem da China, Tailândia e Malásia.

        A Ministra afirmou ainda que o governo está lançando uma campanha de conscientização para promover o uso de sacolas feitas de materiais naturais e recicláveis, "que não devem apenas ser práticas e ecológicas, mas também ter estilo".

        Grupos ambientalistas saudaram a proibição, apesar da oposição das indústrias.

Bilhões de fragmentos plásticos ameaçam vida no Mediterrâneo


     "As estimativas são de que haja uns 250 bilhões microfragmentos em todo o Mediterrâneo", diz  François Galgani, do Instituto Francês de Exploração do Mar (Ifremer).

       Cerca de 250 bilhões de pedaços microscópicos de plástico flutuam no mar Mediterrâneo, representando uma ameaça à biodiversidade marinha. Esse impacto reverbera na cadeia alimentar, segundo estimativas feitas por biólogos marinhos da França e da Bélgica. As conclusões vieram da análise de amostras de água coletadas em julho nas costas da França, do norte da Itália e da Espanha a uma profundidade de 10 a 15 centímetros.

         Noventa por cento das amostras, coletadas por voluntários da Expedição Mediterrâneo em Perigo (MED, na sigla em inglês), continham esses fragmentos. O peso médio de cada um deles é de 1,8 miligrama, "que superam, grosso modo, as 500 toneladas em todo o Mediterrâneo", disse François Galgani, do Instituto Francês de Exploração do Mar (Ifremer).

       A amostragem cobriu apenas as águas superficiais e deu uma avaliação preliminar do problema. Coletas futuras, na costa de Gibraltar, Marrocos, Argélia, Tunísia, Sardenha e sul da Itália serão feitas em 2011 para uma análise mais abrangente.

Entenda a ameaça - Pequenos fragmentos plásticos são uma ameaça permanente no mar, pois se misturam ao plâncton e são confundidos com ele. Pequenos peixes se alimentam deles e, mais tarde, são comidos por predadores maiores e assim sucessivamente por toda a cadeia alimentar. Há evidências de que isso provoca danos acumulados até nas maiores formas de vida marinha, como focas, tartarugas e baleias. Ingeridos, os compostos plásticos obstruem o aparelho digestivo dos animais, causam lesões no estômago e liberam compostos tóxicos.

"A única solução para o problema é conter os microfragmentos nas fontes", disse o integrante da Expedição MED, Bruno Dumontet. O grupo está lançando uma petição online para exigir da União Europeia (UE) o estabelecimento de regras sobre o descarte e a biodegradabilidade de bens de consumo.
 FRASE DO DIA:
 "A natureza nunca nos engana; somos sempre nós que nos enganamos." (Rousseau)
CORAÇÃO INSENSÍVEL


 

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