Páginas

sábado, 11 de agosto de 2012

A FAINÇA ITALIANA


CERÂMICA MAJÓLICA
Maiólica ou majólica é o nome dado à faiança italiana do Renascimento, inspirada a princípio na tradição hispano-mourisca. O termo, provavelmente advindo da ilha de Maiorca no Mar Mediterrâneo, também designa as primitivas faianças européias executadas segundo a tradição italiana.
Confeccionadas na forma de diversos objetos utilitários (tais como pratos, tigelas, jarros, vasos e telhas) ou decorativos (esculturas e relevos) de tamanhos, formas e pesos bastante variados, as maiólicas são cerâmicas porosas e coloridas, de revestimento transparente ou opaco, adornado com reflexos metálicos. 
A opacidade decorre da presença do estanho no revestimento de esmalte, utilizado na decoração da peças. 
Após a pintura, eram envoltas em um verniz à base de chumbo, capaz de suportar altas temperaturas, e cozidas em forno.
A produção de maiólicas iniciou-se durante a Idade Média em diversos lugares da Itália. 
Os exemplares mais antigos provém da Sicília, mas logo desenvolveram-se diversos centros de produção em Faenza, Montelupo, Siena, Orvieto e Roma. 
No século XV, Florença tornou-se o principal centro produtor, aliando os avanços técnicos do Renascimento a uma renovação estética do modelado e da decoração.
Faenza, por sua vez, introduziu os temas historiados nas faianças, que atingem seu apogeu no século XVI, nos ateliês de Urbino. 
Destacaram-se, ainda, centros produtores como Caffaggiolo, Casteldurante, Deruta e Gubbio, e artistas como Giorgio Andreoli e Francesco Xanto Avelli.
O interesse e a produção das maiólicas decresce a partir do século XVII, embora algumas fábricas de Veneza e Castelli tenham assegurado a continuidade da técnica.
O termo azulejo designa uma peça de cerâmica de pouca espessura, geralmente, quadrada, em que uma das faces é vidrada, resultado da cozedura de um revestimento geralmente denominado como esmalte, que se torna impermeável e brilhante.
Esta face pode ser monocromática ou policromática, lisa ou em relevo. 
O azulejo é geralmente usado em grande número como elemento associado à arquitetura em revestimento de superfícies interiores ou exteriores ou como elemento decorativo isolado.
Os temas oscilam entre os relatos de episódios históricos, cenas mitológicas, iconografia religiosa e uma extensa gama de elementos decorativos (geométricos, vegetalistas etc) aplicados a parede, pavimentos e tetos de palácios, jardins, edifícios religiosos (igrejas, conventos), de habitação e públicos.
Técnica vinda de Itália e introduzida na Península Ibérica em meados do século XVI. Não é simples clarificar a origem do termo; talvez uma locução italiana para Maiorca, porto de onde eram exportados os azulejos, ou uma metamorfose do termo Opera di Mallica usado desde o século XV para designar a mercadoria italiana exportada do porto de Málaga. 
O termo faiança, utilizado a partir do século XVII, tem origem no centro italiano Faenza onde era produzida esta cerâmica.
A majólica veio substituir a pintura sobre a peça já cozida, a qual era depois vidrada.Veio revolucionar porque após a primeira cozedura é colocada sobre a placa um líquido espesso (branco opaco) à base de esmalte estanífero (estanho, óxido de chumbo, areia rica em quartzo, sal e soda) que vitrifica na segunda cozedura( vidro opaco). 
O óxido de estanho oferece à superfície (vidrado) uma coloração branca translúcida na qual é possível aplicar diretamente o pigmento solúvel de óxidos metálicos em cinco escalas de cor: azul cobalto, verde bronze, castanho manganésio, amarelo antimônio e vermelho ferro.
Os pigmentos são imediatamente absorvidos, podendo posteriormente fazer correções . 
O azulejo é então colocado novamente no forno revelando, só após a cozedura, as respectivas cores utilizadas.

NO ANDAR DE CIMA
 

4 comentários:

  1. São lindas, né? As faianças da Cia. das Índias, Macau também são. E as chinesas são tão finas e bem acabadas, que muitos confundem com porcelana. No entanto, são massas diferentes e após cozimento, a coloração não fica tão branquinha. Liliana

    ResponderExcluir
  2. Carmen Lins de Carvalho15 de agosto de 2012 às 07:33

    Nem tenho palavras para expressar a lindessas desses trabalhos. Na minha ignorância, confundo com porcelana!

    ResponderExcluir