LES SENTINELLES DE L'IROISE
Os faróis foram criados como instrumentos de orientação aos navegantes,
para indicar a entrada de portos ou a presença de recifes, bancos de
areia e outras áreas perigosas.
PIERRES NOIRES
Antes do seu aparecimento, já havia, por
volta do século VIII a.C., o costume de acender fogueiras nos pontos
críticos do litoral, ao longo das rotas mais navegadas. A primeira
construção desse tipo foi provavelmente a torre levantada diante do
porto de Alexandria, no Egito, durante o reinado do faraó Ptolomeu II
(283 - 246 a.C), e destruída por um terremoto no século XIV da nossa
era.
Foi erguida na ilha de Pharo (donde vem o nome de farol), sobre uma
base de aproximadamente 30 m2. Calcula-se que tinha mais ou
menos 120 m de altura; a luz produzida pela fogueira em seu topo era
visível a 50 km de distância, graças a um conjunto de espelhos.
LE STIFF, OUESSANT
A construção dos faróis não experimentou grandes alterações,
constituindo-se basicamente em uma torre com um dispositivo luminoso de
alta intensidade no topo. O maior desenvolvimento registrou-se na
obtenção de fontes de luz e dispositivos refletores e intensificadores
mais eficientes.
ECKMÜHL POINTE DE PENMARC'H
Um grande avanço foi conseguido em 1780, ano em que o suíço Aimé Argand
inventou a lâmpada que leva seu nome. A lâmpada de Argand consistia em
um pavio circular colocado no interior de uma chaminé de vidro, por onde
passava uma corrente de ar ascendente que auxiliava a combustão.
CREAC'H OUESSANT
Este
dispositivo produzia uma chama estável, de forte intensidade e sem muita
fumaça, e foi empregado, com alguns aperfeiçoamentos, por mais de cem
anos.
Na segunda metade do século XIX o problema da luminosidade dos faróis
começou a ser solucionado com a utilização de lâmpadas alimentadas com
gases derivados de petróleo, principalmente o acetileno.
AR MEN
Em 1901 foi
feita uma nova adaptação da lâmpada de Argand, criando-se um sistema que
ainda é usado em locais onde não há disponibilidade de energia
elétrica. O óleo passou a ser vaporizado em tubo de cobre, sendo
queimado na forma gasosa em uma camisa.
A iluminação por eletricidade foi tentada pela primeira vez em 1858, no
farol de South Foreland, na Inglaterra. Inicialmente utilizou-se uma
lâmpada de arco voltaico, que não apresentou resultados satisfatórios,
sendo substituída por lâmpadas de filamentos.
A partir de 1922, muitos
faróis passaram a ser equipados com iluminação elétrica, empregando-se
geradores a óleo diesel na falta de rede elétrica.
O aperfeiçoamento das fontes de luz levou naturalmente ao
desenvolvimento de sistemas ópticos, que permitiram aproveitar ao máximo
o facho luminoso, evitando sua dispersão. Os antigos refletores que
ampliavam a magnificência da luz em cerca de 350 vezes, foram
substituídos por conjuntos de lentes, compostos de vários painéis de
vidro e prismas, montados em molduras especiais de metal.
Em 1822, o físico francês Augustin Jean Fresnel, observando que as
lentes de pequena espessura absorvem menor quantidade de luz,
desenvolveu o sistema usado hoje na maioria dos faróis. Trata-se de uma
montagem complexa, formada basicamente de três partes. A parte central é
uma lente refrativa de formato cilíndrico, que recolhe os raios
centrais da fonte de luz, concentrando-os num facho de raios horizontais
paralelos.
LE FOUR, PASSAGE DU FROMVEUR
A parte de cima, de formato cônico, é uma lente que refrata e
reflete ao mesmo tempo os raios luminosos, adicionando-os ao feixe
principal. A parte debaixo é formada por outra lente do mesmo tipo e
exerce a mesma função.
Nos pontos afastados da costa, quando não há possibilidade de se
estabelecer uma unidade fixa, empregam-se barcos-faróis, que ficam
ancorados próximos aos locais perigosos.
Muitos faróis fixos e barcos-faróis possuem aparelhos de
radiotransmissão. Além disso, são dotados também de sirenes e buzinas,
para as ocasiões em que a região fica envolvida por nevoeiro. Alguns
postos controlados por operador utilizam sinais explosivos, detonados
geralmente em intervalos de cinco minutos.
LA JUMENT, OUESSANT
Conforme sua utilização os
faróis fixos são relacionados em três categorias principais: faróis de
entrada de porto; faróis costeiros; e faróis de escolhos, construídos
sobre pequenas ilhas ou recifes.
Durante o dia, os faróis são identificados pela forma e a cor da torre, e
à noite pelas características do seu facho luminoso. Sua iluminação
pode ser branca ou colorida, fixa ou intermitente e ritmada. Os clarões
são produzidos pela rotação controlada do sistema óptico e as eclipses
(períodos de obscuridade), pelo giro de painéis internos que cobrem o
dispositivo luminoso.
Os lampejos de cada farol constituem uma linguagem lógica, que permite
aos marinheiros determinar sua localização, identificar o traçado da
costa, o porto mais próximo, e outras informações necessárias.
KERÉON
Utilizados desde a antigüidade, quando eram acesas fogueiras ou grandes luzes de azeite (de oliveira ou de baleia), os faróis foram concebidos para avisar os navegadores que se estavam a aproximar da terra, ou de porções de terra que irrompam pelo mar adentro.
As fontes de alimentação da luz foram melhorando, tendo sido o azeite
substituído pelo petróleo e pelo gás, e posteriormente pela eletricidade.
Paralelamente, foram inventados vários aparelhos ópticos, que
conjugavam espelhos, refletores e lentes, montados em mecanismos de
rotação, não só para melhorar o alcance da luz, como para proporcionar
os períodos de luz e obscuridade, que permitiam distinguir um farol de outro.
Historicamente, este tipo de construções ganhou características
temporais e sociais, sendo dotados de características distintas de zonas
para zonas.
O primeiro farol de que se tem registro é o farol de Alexandria, construído em 300 a.C. na ilha de Faros. Os romanos também construíram diversos faróis ao longo do Mar Mediterrâneo, Mar Negro e até o Oceano Atlântico. Com a derrocada do Império Romano do Ocidente,
o comércio marítimo diminuiu e os faróis romanos desapareceram. Somente
no século XII os faróis passariam a renascer na Europa Ocidental e, com
a expansão marítima das grandes navegações, para o novo mundo.
Atualmente são construções de alvenaria que incluem para além da torre (geralmente redonda para minimizar o impacto do vento na estrutura), a habitação do faroleiro, armazéns,
casa do gerador de emergência, a "casa da ronca" (onde estão instalados
os dispositivos de aviso sonoro que são utilizados em dias de nevoeiro).
KÉREON
Frequentemente associado aos faróis e aos faroleiros surge um outro personagem: os afundadores. Este termo designa aqueles que criavam falsos faróis
com o intuito de atrair os navios para zonas perigosas, causando o seu
afundamento, para posteriormente saquearem os destroços.
LA VIEILLE, POINTE DU RAZ
Em Portugal
esta prática nunca assumiu a dimensão que teve no norte da Europa, pois,
ao contrário do que aí acontecia, os salvos de um naufrágio em
Portugal pertenciam à Coroa e não a quem os recuperasse.
O termo farol deriva da palavra grega Faros, nome da ilha próxima à cidade de Alexandria onde, no ano 280 a.C., foi erigido o farol de Alexandria — uma das sete maravilhas do mundo antigo. Faros deu origem a esta denominação em várias línguas românicas; como em francês (phare), em espanhol e em italiano (faro) e em romeno (far).
A luz emitida pelos faróis pode ser de vários tipos:
- Fixa (F) - Luz contínua com intensidade e cor constante
- Ocultações (Oc) - A duração da luz é maior que a duração da obscuridade
- Isofásica (Is) - A duração da luz e da obscuridade são iguais
- Relâmpagos (R) - A duração da luz e menor que a duração da obscuridade
- Cintilante (Ct) - A duração da luz e da obscuridade são iguais, mas com relâmpagos muito rápidos, (mais de 50 relâmpagos/minuto)
- Alternada (Alt) - Luz que apresenta alternadamente cores diferentes
LA JUMENT
O alcance da luz dos faróis varia de acordo com vários
factores, tais como a potencia do aparelho óptico, localização do
observador, etc, pelo que é expresso de três formas diferentes:
- Alcance geográfico - distância máxima a que a luz do farol pode ser
visto, dada a curvatura da terra. Depende da altura do farol e da altura
do observador em relação ao nível mar;
- Alcance luminoso - distância máxima que a luz pode ser vista em dada
a potência da luz, do aparelho óptico e transparência atmosférica;
- Alcance nominal - é o alcance "oficial" do farol, aquele que vem indicado nas carta hidrográfica, Lista de Faróis e outras publicações oficiais.
Para o cálculo do alcance é fundamental ter conhecimento da altura (a
distância entre a base e a luz) e a altitude (a diferença entre o nível médio do mar e o plano focal da luz).
Luzes de farol
A cor da luz dos farois pode variar de acordo com convenções:
- Branco (br) - é a cor tradicional, mais usada, na luz dos faróis
- Vermelha (vm) - o vermelho é utilizado em faróis na entrada de barras, canais, rios, portos e docas, indicando que a embarcação tem de dar bombordo à luz
- Verde (vd) - o verde é utilizado em faróis na entrada de barras, canais, rios, portos e docas, indicando que a embarcação tem de dar estibordo à luz
AR MEN
Nota: o texto entre parêntesis é válido para as indicações em língua portuguesa Nota: a indicação do bordo a dar é válido para a Região A do Sistema de Balizagem Marítima.
Luzes de navegação
Luzes de navegação ou luzes de bordo. Um veleiro tem uma
vermelha (vm) a bombordo e uma luz verde (vd) a estibordo além de uma
luz branca (farol de mastro). Ao cruzarem-se fazem-no a vez a luz
vermelha do outro .
LA JUMENT
Código Internacional de Luzes
Cor
- Amarela (Y) - Yellow
- Azul (Bu) - Blue
- Branca - (W) - White
- Laranja (Or) - Orange
- Verde (G) - Green
- Vermelha - (R) - Red
- Violeta (Vi) - Violet
LA JUMENT
PETIT MINOU
PETIT MINOU
NIVIC OUESSANT
NIVIC OUESSANT
NA PONTINHA
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Uma aula sobre Farol. "Eu sei que nada sei" é a verdade.
ResponderExcluirE hoje, Farois Franceses, que iluminaram os ideais da Revolução Francesa (Liberdade, Igualdade e Fraternidade) , que se iniciou com a "Tomada da Bastilha" - 14 de julho de 1789, data nacional francesa.
Verdadeiras fortalezas!
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