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domingo, 6 de março de 2011

CONHEÇAM O CANYON GUARTELÁ !

O CANYON DO GUARTELÁ É NOSSO !
                    O começo do percurso, confesso que não parecia fácil de ser concluído, mas depois, com aquela natureza deslumbrante à nossa frente, pareceu ficar mais fácil a caminhada de 6 km, até chegar ao mirante ! A fotógrafa aqui estava atrás do marido, sem perder nenhum detalhe do caminho.
               Interior do Paraná, século 18. “Guarda-te lá que eu aqui bem fico”. Essa foi a suposta frase dita por um fazendeiro da região de Tibagi na época, quando soube que os índios Caingangues planejavam atacar um de seus vizinhos. 
                         Localizado no canyon do Rio Iapó, o sexto maior em extensão do mundo, o Guartelá já fora lugar de passagem de índios, tropeiros, mineradores e jesuítas. Hoje, é um lugar seguro e tranqüilo,mas precisa urgentemente de mais infra-estrutura, que dê mais comodidade básica, como venda de água e segurança para possíveis problemas emergenciais de saúde, pois, o programa não é para qualquer um. 
É preciso ter resistência física e não se incomodar com a simplicidade do lugar, em termos de "comodidades".
                          Criado em 1992, com o objetivo de proteger o ecossistema local, o Parque Estadual do Guartelá possui inúmeros atrativos naturais, configurados nas belas paisagens e formações rochosas.
                      Com a companhia obrigatória de um guia (fornecido pelo parque), é possível tomar banho nos Panelões do Sumidouro, visualizar inscrições rupestres e se deslumbrar com a imensidão do canyon nos mirantes do parque. 
                            Um dos visuais mais bonitos do lugar é a cachoeira da Ponte de Pedra, com quase 200 metros de altura. No meio da queda, o arroio do Pedregulho atravessa a rocha, formando uma verdadeira ponte de pedra natural.
                         Como a estrutura rochosa do Guartelá é basicamente arenítica, muito sensível a erosão, vários pontos antes abertos ao turista foram interditados, limitando as atrações do parque na tentativa de evitar a degradação. 
                Não entrei, porque é muito escorregdio e fiquei com medo de um tombo e também porque não quis fzer o resto do percurso com as roupas molhadas.
               Já não é possível, por exemplo, conhecer o fim da queda do arroio Pedregulho, que desemboca no Iapó, ou se aproximar da Ponte de Pedra. 
                         Essas restrições são agravadas com a falta de funcionários fixos no local. Nos finais de semana eles contam com a ajuda de quatro ou cinco voluntários. Mas mesmo assim não é suficiente. 

                          Quando a área de preservação foi criada, passava pela portaria do parque uma média de 500 pessoas por final de semana. Hoje esse número está diminuindo.
                      Enquanto o Parque Guartelá é procurado pelo turismo contemplativo de apenas um dia, pousadas e fazendas adjacentes estão investindo em roteiros alternativos, opções de aventura e infra-estrutura para que o visitante fique mais tempo na região. 
                          Um exemplo é a Reserva Ecológica Itaytyba, propriedade particular localizada no outro lado do canyon, em uma área de 1090 hectares ao longo da margem direita do Iapó. O complexo ecoturístico rural conta com uma infra-estrutura para grandes grupos e eventos, além de diversas opções de lazer, gastronomia, atividades culturais e programas ambientais. 
                         Dentro da reserva, chama atenção o Recanto Paleontológico Prof. Olavo Soares que reúne um acervo com preciosas informações sobre os dinossauros, fósseis, cristais, minerais e rochas, oriundos de diferentes regiões.
                     Outra estância interessante da região é a Fazenda São Damásio. Antiga propriedade escravocrata, a fazenda guarda paredões abruptos do Canyon Guartelá, além de vários arenitos que despontam pelos campos ao redor. 
                         A paisagem deslumbrante e primitiva do local já foi cenário para diversos documentários, entre eles o filme “Preço da Paz”, de Paulo Morelli, que conta a história da Revolução Federalista brasileira. Para chegar até aos mirantes naturais, o visitante tem que atravessar quase uma dezena de porteiras entre capões de mata nativa, lavouras e pastagens. 
                      Frederico Zens, proprietário da fazenda, só faz uma exigência para quem quer conhecer o local. “Não esqueçam de fechar as porteiras, senão o gado vai pro brejo”.
 Confesso que saí de lá quase morta... rsrs... mas feliz da vida, pois, era dia 26 de fevereiro - aniversário do meu marido - e ouvi ele me dizendo: "Só por este passeio já valeu o meu aniversário e ainda temos o Parque das Aves e as Cataratas do Iguaçú... não posso estar mais satisfeito !
É preciso que o governo do Paraná olhe com mais carinho e atenção para esta maravilha de ponto turístico e não se atenha apenas aos jovens que ali vão, mas ao pessoal da meia idade, que ama a natureza, como nós, e que necessita de mais atenção e estrutura para se evitar dissabores. 
NOTA: Retirei algumas fotos daqui, (que não as minhas, claro, consegui na internet) pois, descobri que não são do Guartelá. As que restaram... são de lá. 

Um passeio lindíssimo e mais do que recomendado !
Amanhã mostrarei o Parque das Aves e as Cataratas !
 FELIZ CARNAVAL !

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