No escurinho do cinema
Uma passagem para Paris custa aproximadamente R$ 2 mil e o ingresso para ver um espetáculo na suntuosa Ópera Nacional, cerca de R$ 100, sem falar nos custos de hospedagem e alimentação.
Viajar para os Estados Unidos para assistir a uma ópera no famoso Metropolitan Opera de Nova York também não é barato (R$ 1,5 mil da passagem de avião mais R$ 500 da entrada em um bom lugar).
Muito menos voar para Moscou para apreciar uma apresentação de balé de uma das maiores companhias de dança do mundo no Teatro Bolshoi – nada menos que R$ 2,6 mil do vôo e um ingresso de R$ 200.
Quem sonhava em presenciar essas grandes produções e não tinha condições financeiras agora pode ao menos sentir uma parcela da emoção de estar na plateia de uma dessas casas. E por um valor bem mais em conta.
Há três meses, o Brasil faz parte de uma rede de 46 países que passam ao vivo via satélite espetáculos direto dos três luxuosos teatros. As transmissões acontecem simultaneamente em 1.500 salas de cinema em todo o mundo.
Por aqui, 42 salas de quatro grandes redes (Cinemark, Kinoplex, Cinesystem e UCI) em vários Estados recebem as apresentações já vistas por 20 mil pessoas.
Há três meses, o Brasil faz parte de uma rede de 46 países que passam ao vivo via satélite espetáculos direto dos três luxuosos teatros. As transmissões acontecem simultaneamente em 1.500 salas de cinema em todo o mundo.
Por aqui, 42 salas de quatro grandes redes (Cinemark, Kinoplex, Cinesystem e UCI) em vários Estados recebem as apresentações já vistas por 20 mil pessoas.
Antes dos espetáculos, o mesmo frisson que corre pelos famosos teatros também invade as antessalas dos cinemas. Numa noite de terça-feira, a funcionária pública Ângela Miranda e Silva, 36 anos, esperava ansiosa pelo início da sessão, em São Paulo.
Em cartaz, a montagem do balé “Calígula”, direto da Ópera de Paris, acompanhada pela música “As Quatro Estações”, de Vivaldi. “Não é como estar de frente para o palco, mesmo assim é emocionante, melhor do que ver um filme”, comentou Ângela, que assistiria à sua segunda apresentação. Apaixonada por balé, viu também “Giselle”, do Bolshoi, em janeiro. Para dar clima, até a movimentação da plateia parisiense antes do evento é transmitida.
Uma introdução feita por especialistas brasileiros em música e dança ajuda os leigos a entender e aproveitar melhor o espetáculo, em um formato que lembra as transmissões de entrega do Oscar. No caso das óperas, há também legendas em português.
“Há no Brasil um público ávido por estes espetáculos e os cinemas podem contribuir para facilitar o acesso”, diz a gerente de marketing da Cinesystem, Sâmara Kurihara. A rede, a mais recente a aderir à novidade, investiu R$ 80 mil no ano passado com a instalação de antenas transmissoras em quatro unidades (Campinas e São José dos Campos, em São Paulo; Maringá, no Paraná; e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul). Segundo Sâmara, a empresa está otimista com a receptividade do público – cerca de dois mil ingressos em quatro apresentações – e pretende estender a programação a outras salas.
Além das apresentações ao vivo, os cinemas têm investido nas exibições 3D, uma tendência mundial. No sábado 12, estreia a primeira ópera gravada em terceira dimensão, o clássico “Carmen”, de Bizet, apresentada no Royal Opera House, em Londres. Em 19 cidades brasileiras, o espetáculo de três horas poderá ser visto na Rede Cinemark por R$ 60. É uma boa alternativa para quem não pode acompanhar as temporadas realmente ao vivo.
NA MOITA...
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