METRÔ DE LISBOA
PASSEIO PELO METRÔ LISBOETA
O Metropolitano de Lisboa é o sistema de metropolitano da cidade de Lisboa. Foi inaugurado em 29 de Dezembro de 1959, tornando-se desta forma na primeira rede de metropolitano de Portugal. É constituído por quatro linhas com 55 estações (seis das quais são estações duplas e de correspondência), numa extensão total de 45,5 km.2
Desde 1888 que se pensava em construir um sistema de caminhos de ferro subterrâneo na cidade de Lisboa, à semelhança das que já existiam em Londres, Budapeste e Glasgow, e da que estava a ser construída em Paris.
A ideia foi apresentada pelo engenheiro militar Henrique de Lima e Cunha, que havia publicado na revista Obras Públicas e Minas o projeto de uma rede com várias linhas que poderia servir a capital portuguesa.
Mais tarde, já na década de 1920, Lanoel d'Aussenac e Abel Coelho em 1923, e José Manteca Roger e Juan Luque Argenti em 1924, apresentaram os seus projetos para um sistema de metropolitano em Lisboa, mas ambos foram rejeitados.
Após a Segunda Guerra Mundial, na qual o país se manteve neutro, a retoma da economia nacional e a ajuda financeira do Plano Marshall deram um forte impulso para o início da construção do metrô.
Foi constituída uma sociedade a 26 de janeiro de 1948, que tinha como objetivo o estudo da viabilidade técnica e econômica de um sistema de transporte público subterrâneo na capital.
Em Agosto de 1955 iniciou-se a construção dos troços Sete Rios – Rotunda (com 2,8 quilômetros de extensão) e Entre Campos – Rotunda (com 2,7 quilômetros de comprimento).
Ambos se interceptavam na Rotunda, onde seria criado o famoso Y da Rotunda, de onde partia um tronco comum, Rotunda – Restauradores (com 1,1 quilômetros de percurso). Em 29 de Dezembro de 1959, após mais de quatro anos de trabalhos, foi aberto ao público o ML. Todas as estações, à exceção do nó da Avenida, assinada por Rogério Ribeiro, tinham intervenções plásticas de Maria Keil.
Das 11 estações inauguradas, apenas Sete Rios – Rotunda, Entre Campos
e Rotunda detinham um cais com setenta metros de comprimento, o que
permitia acolher quatro carruagens. Todas os outros nós (Palhavã, São Sebastião e Parque no primeiro tronco, Campo Pequeno, Saldanha e Picoas
no segundo e Avenida e Restauradores no tronco comum) possuíam apenas
um cais com 35 metros de comprimento, o suficiente para receber comboios
de duas carruagens.
O Parque de Materiais e Oficinas (PMO) situava-se
em Sete Rios e era acedido através da estação da Palhavã. Os comboios
que circulavam na rede tinham apenas duas carruagens.
Nesta época, o ML
tinha ao seu dispor 24 unidades da série ML7, construídas pela Sorefame, com a configuração motora-motora, e numeradas de A-1 a A-24.
Para uma melhor informação aos passageiros sobre o novo meio de transporte, foi produzido pela Tóbis em 1959, por encomenda do ML, uma curta metragem, que passou na televisão e também nos cinemas da capital, na seção de “atualidades” (antes do filme principal).
Em Maio de 1960 arrancaram as obras de prolongamento até à estação do Rossio, inaugurada em 27 de Janeiro de 1963.
A extensão inaugurada acrescentava 500 metros à rede do ML. O novo nó já tinha um cais com setenta metros de comprimento.
Três anos mais tarde, em 28 de Setembro de 1966, foi aberta ao público uma nova extensão, desta vez entre o Rossio e os Anjos.
A rede era aumentada em 1,5 quilômetros com a entrada em funcionamento de três novos nós: Socorro, Intendente e Anjos. Todas estas estações detinham um cais com 35 metros de comprimento.
Ao longo da década de 1980 foram arrancando novos prolongamentos, a começar pelo de Alvalade às Calvanas, em 1980.
Mais tarde começou também a frente de obra de Sete Rios ao Colégio Militar/Luz, em 1982, e depois a das Calvanas ao Campo Grande, em 1983.
Também no ano seguinte viria a arrancar a construção do prolongamento de Entre Campos
ao Campo Grande, estação designada por Cruz Norte, numa época em que já
se havia abandonado o projeto de construir uma estação nas Calvanas.
O
PMO II começava também a ser construído perto do Campo Grande.
Em 1982 concluíram-se as obras de ampliação de todos os nós da rede. Assim sendo, os cais dos nós Campo Pequeno, Picoas, Avenida e Anjos foram alargados para 105 metros depois de já terem sofrido uma intervenção alguns anos mais cedo.
Por seu turno, as estações Parque e Anjos e Socorro
viram o seu cais alargado dos 35 para os 105 metros, de uma só vez.
Desta forma, a exploração com comboios de duas carruagens cessou
definitivamente a partir de 30 de Novembro
de 1982, razão pela qual agora circulavam somente comboios de quatro
carruagens.
Apesar de todas as estações poderem já receber comboios de
quatro carruagens, os nós Sete Rios, Rotunda, Rossio, Anjos – Alvalade, que possuía cinco novas estações: Arroios, Alameda, Areeiro, Roma e Alvalade ainda não tinham um cais com 105 metros de comprimento, razão pela qual seriam alvo de futuras intervenções.
Em 1984 entraram em circulação 12 novas carruagens, agora da série ML79. A ventilação forçada foi introduzida e o indicador de destino melhorado.
Nesse mesmo ano verificaram-se alguns incidentes nos troços Alvalade –
Campo Grande e Sete Rios – Colégio Militar/Luz, o que levou ao
adiamento das datas de conclusão.
Enquanto no primeiro caso a
caracterização geológica do local foi deficiente, tanto que na estação
das Laranjeiras acabou por se registar uma inundação, no segundo, o
conflito gerou-se entre o Sporting e o ML, uma vez que a empresa de
transporte acabou por construir a estação em terrenos do clube
desportivo.
Desta forma, só em 14 de Outubro de 1988 teve lugar a inauguração do prolongamento que ligaria Sete Rios ao Colégio Militar/Luz, com três novas estações: Laranjeiras, com intervenções artísticas de Sá Nogueira, Alto dos Moinhos, assinada por Júlio Pomar, e Colégio Militar/Luz, na qual interveio Manuel Cargaleiro.
Também nesse mesmo dia abriu ao público a estação da Cidade Universitária, com intervenções artísticas da autoria de Vieira da Silva,
e inserida no prolongamento que ligaria Entre Campos ao Campo Grande.
Estas novas quatro estações foram as primeiras a ser construídas de raiz
com um cais com 105 metros de extensão, tal como todos os futuros nós, e
obedeciam também a uma filosofia que levava as intervenções plásticas
até ao seu cais. A rede aumentava 3,8 quilômetros.
No ano seguinte ficava concluída a entrega das ML79. No total, dessa
série, o ML recebeu mais 56 carruagens, que eram agora numeradas de
M-101 a M-156.
DIA DOS NAMORADOS
Lindíssimo. Portugal transpira cultura! Bem, qualquer semelhança com os daqui é "mera coincidência" (hahaha)
ResponderExcluirbjs