sexta-feira, 8 de março de 2013
PEIXES PODRES
NA REDE DE PEDRO
Nesse mundo atual, onde sabemos de guerras, revoluções, crimes de toda natureza, golpes de estado, corrupção, desvio de verbas públicas e tantas outras atividades em prejuízo do homem comum, eis que um fato se sobrepõe a todos, a renúncia do Papa Bento XVI.
A justificativa de inadequação de saúde para continuar no cargo soou, para muitos, como algo aceitável, uma atitude própria para quem tem marca-passo e 85 anos de idade.
A comunidade católica acompanhou a progressiva deficiência física do Papa e, até por amor ao próximo, como ensina a religião, aceitou sua decisão.
Tudo poderia ficar definido nesses termos, não fosse a divulgação, pela imprensa mundial, do cenário criminoso que se apresenta no Vaticano, com desvios e lavagem de dinheiro, acobertamento de casos de pedofilia entre padres, nomeação de apadrinhados para cargos de destaque na estrutura da igreja, orgias em 'villa' nos arredores de Roma e, até mesmo, em quartos dentro da sede do próprio Vaticano.
Muitos são os peixes ruins na rede de Pedro, já dissera o Papa em 11 de outubro do ano passado, no cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II.
Além de ruins, tais peixes começam a exalar, mundo afora, o cheiro ruim de sua decomposição.
Sempre haverá quem resguarde a figura papal, protegendo-a de acusações vis, e colocando-o na insegura proteção de vítima de uma grande estrutura que vem atuando nas sombras da religião católica.
O filósofo francês François Marie Arouet, mais conhecido como Voltaire, foi citado, por Mário Sabino, em artigo recente, numa definição ao cargo de sumo pontífice: "o papa é um ídolo a quem se atam as mãos e se beijam os pés".
E assim parece estar Bento XVI, de mãos atadas, pois não conseguiu moralizar o cenário do Vaticano, mas sempre terá seus pés beijados por comportamento pessoal compatível com o cargo ocupado.
Jornal Integração - Editorial
JÓIA PRECIOSA
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Que o Novo apresente-se com uma nova forma de administrar e guiar o seu rebanho.
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