CRÍTICAS SOBRE "SALVADOR ROSA":
O jornal A FANFULLA de Roma, afirmava sobre "SALVADOR ROSA", que
“o triunfo fora pleno, máximo e a música belíssima”.
Por toda parte, como escreveu FILIPPO FILIPPI, o “povo era levado a urrar de patriotismo.”
O VOCE LIBERA de Gênova, assim dizia que:
“A segunda representação da ópera Salvador Rosa tornou-se, ontem, uma luminosíssima confirmação do triunfo da primeira récita – e três vezes o Gomes foi chamado à honra do proscênio.”
O MOVIMENTO escrevia depois da terceira representação:
“Ontem à noite se deu, no Carlo Felice, a terceira representação da ópera do Cavalheiro Gomes, Salvador Rosa, muito aplaudida, como já dissemos, nas duas primeiras representações. O teatro estava cheíssimo. O compositor foi chamado vinte vezes ao proscênio; foram-lhe oferecidas duas coroas de louros, uma das quais com o emblema cívico. (…) Carlos Gomes escreveu, portanto, uma partitura na qual junto com a crítica artística satisfez o gosto do público, menos inteligente sim, mas não menos severo. Perfeita a instrumentação, espontânea a melodia, apaixonada sempre e cheia de vida, como a ardente natureza do compositor brasileiro. Gomes está destinado a ocupar um dos primeiros lugares entre os mais excelentes compositores de nossa época.”
O semanário VARIETÀ pronunciava:
“O sucesso foi triunfal… O maestro Gomes revestiu o libreto do Ghislanzoni com uma música imensamente bela.”
O jornal A GAZZETTA estampava em de 25 de março, apreciações sobre a nova ópera em que se falava de páginas estupendas, sublime, música rica de sábias e engenhosas harmonias, plena de belas canções e assim por diante.
No PERSEVERANZA, FILIPPO FILIPPI fazia, como sempre, uma extensa e explicadíssima crítica:
“Gomes é um compositor que sabe conciliar o estudo com a inspiração; engenho dúctil, versátil, suas transformações são interessantíssimas: esta maleabilidade é uma qualidade rara, que o tornará aceito pelo público, sem menor valor em relação às severas, ideais, elevadas exigências da arte.
Duas outras qualidades de Gomes são a segurança, a potência da interpretação dramática e a riqueza da instrumentação. O seu instrumental é rico, elegante, robusto.”
Nos jornais GAZZETTA DI GENOVA e GAZZETTA MUSICALE DI MILANO, de 29 de março de 1874:
“O Cavaleiro Gomes trouxe um triunfo para o teatro Carlo Felice: quase todas as peças da ópera foram aplaudidas e, nas duas primeiras apresentações dos dias 21 e 22, fez cerca de setenta vezes o caminho do proscênio… O Salvator Rosa é a última ópera da temporada; é uma clausura brilhante que por algum tempo nos fará pensar com prazer no senhor Gomes…”
FILIPPO FILIPPI, na GAZZETTA MUSICALE DI MILANO, em 5 de abril de 1874, escreve:
“No Salvador Rosa, o maestro Gomes buscou e obteve uma simpática conciliação entre as duas exigências, infelizmente quase sempre opostas, do público e da arte. Escreveu uma bela música, fácil, elegante, melódica, de efeito imediato, fugindo à trivialidade, à vulgaridade e à prolixidade suspeita de quem não sabendo criar, copia mal os outros… esta ópera é daquelas que devem agradar a qualquer público.”
No FIRENZE ARTISTICA, de 6 de outubro de 1874, e no GAZZETTA MUSICALE DI MILANO, de 18 de outubro de 1878, lê-se:
“O sucesso do Salvador Rosa, que desde o ensaio geral se pressagiava esplendidíssimo, foi confirmado pela primeira apresentação de ontem, sábado, 5 do corrente… O público, numeroso e seletíssimo, quis saudar o compositor no proscênio por mais de trinta vezes.”
O jornal GAZZETTA DI TRENTO de 12 de setembro de 1875, registra:
“O maestro Gomes, passando sob os arcos triunfais erguidos à sua passagem com O Guarany e com este seu Salvador Rosa, pode fazer, enfim, com ânimo tranquilo e sereno o seu ingresso na nobilíssima plêiade dos maestros compositores da época contemporânea.”
TRAJETO DE "SALVADOR ROSA"
Só na década de 1870, "SALVADOR ROSA" se apresentou: em Gênova, Trieste, Milão, na Inglaterra, Alemanha e no Brasil – ´74; Turim, Piancenza, Ravenna, Montevidéu, Voghera, Buenos Aires e no Rio de Janeiro – ´76; Módena, Bérgamo, Brescia, Voghera, Pádua, Cuneo, Parva, Vicenza, Ancona – ´77); Malta, Florença, Roma, Milão – ´78); Gênova, Chieti, Livorno, Milão, Turim, Malta, Vercelli, Lodi – nesta cidade a temporada começa com Salvador Rosa, estreia I Lombard de Verdi que, entretanto, cai e volta Salvador Rosa – ´79.
Na década de 1880, apresenta-se: no Rio de Janeiro, em Salvador, Recife, Florença, Nápoles, Atenas e em Crema, Lodi, Verdecelli, na abertura da temporada dessas três cidades, junto com O Guarani – ´80; em Verona – ´81; em Tolentino, Parma, no Recife e em Salvador – ´82; em Pádua, Palermo, Cremona, Cagliari e Sassari, na abertura de temporada dessas cinco cidades – ´83; no Rio de Janeiro e em São Paulo – ´89.
Apresentou-se em Buenos Aires em 1897.
FRASE DA VEZ:
“EU SOU DE AÇO ! QUEBRO, MAS NÃO DOBRO !" (Antonio CARLOS GOMES)
TERRAÇO DE VILA BRASILIA (foto do livro)
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