segunda-feira, 28 de junho de 2010
O ETERNO SILÊNCIO
Mais uma vez, recebo um triste e revoltado e-mail de meu amigo do Rio de Janeiro, o jornalista Guy Machado:
"Querida amiga Denise
Continua esquecido e desprestigiado o maestro CARLOS GOMES, pelo Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Para abafar a crítica, a Direção realizou "in concerto", duas récitas da ópera "O Guarany". Cantores e orquestra tocaram e cantaram sobre um palco desnudo. Comentou-se que a negativa de encenar a ópera deveu-se à falta de cenários, visto que a CENTRAL de INHAÚMA, deixou perder-se os belos trabalhos de cenografia que estavam guardados. Eram produto de cenógrafos famosos como: Mário Conde, Santa Rosa, Pernambuco de Oliveira, Fernando Pamplona. Eram verdadeiras obras de arte. Reproduziam com exatidão as cores das florestas brasileiras. O terceiro ato, "Na Taba dos Aymorés", onde Peri e Ceci são aprisionados e onde se dão os famosos bailados foram suprimidos. O público ficou decepcionado. Platéia acostumada a realização de grandiosas montagens não acreditou na versão dada que "estavam muito velhos" e "danificados pelas chuvas". Existe uma nova geração que deseja ver "in loco", a ópera com cenários decentes. Se falta competência, renunciem aos cargos. Se não gostam de CARLOS GOMES, tem como obrigação,valorizar um maestro brasileiro internacionalmente reconhecido. Acredito que recursos não faltaram. Poderiam até por empréstimo, pedir os cenários de São Paulo. Muitas pessoas retiraram-se após ouvir a "Protofonia do "Guarani". Diziam que o Theatro Municipal está sem pauta até para o Ballet. O "Coro dos Caçadores" que se dá no primeiro ato, com a entrada dos "aventureiros" não teve o colorido que davam PAULO FORTES e LOURIVAL BRAGA. Não sei se acabaram com a Escola de Canto Cláudia Muzio. O Theatro está limpo. NÃO OBSTANTE - MUTILADO com a retirada dos camarotes que ladeavam o procênio. O fosso da orquestra ficou demasiado largo. Segundo a composição da orquestra, o Theatro possue 88 músicos (professores) que cabiam regiamente naquele lugar. Casos escandalosos acontecem no Estado.
Exemplo: O Theatro Lírico Imperial (demolido). O Theatro Fenix (demolido) pela ambição imobiliária. Com a morte dos críticos, o desaparecimento do "Diário de Noticias" (DÒR), Bevilaqua (O Globo", "Jornal Correio da Manhã", ficamos sem a crítica especializada."
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COMENTÁRIO DA DENISE:
Triste, muito triste.
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FRASE DO DIA:
"O TEATRO É A POESIA QUE SAI DO LIVRO E SE FAZ HUMANA."(Federico García Lorca)
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