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domingo, 19 de setembro de 2010
CANSATIVA E INÚTIL POLÊMICA
"SER OU NÃO SER" -- TER OU NÃO TER UM FOSSO
O Teatro Interno do Centro de Convivência Cultural tem FOSSO DE ORQUESTRA.
Nos dias 17 e 18 de Setembro de 1977 foi apresentadA a Ópera de CARLOS GOMES -
"A NOITE DO CASTELO". Repetiu-se a mesma no ano de 1978.
No dia 14/7/1978 foi feita a gravação da ópera no Centro de Convivência, aliás a única existente. É histórica.
A título de curiosidade, na época existiam as magníficas Semanas de CARLOS GOMES.
Em 1977 o Presidente de Honra da Comissão, era o Prefeito Francisco Amaral e o Presidente efetivo da Comissão era o Vice Prefeito MAGALHÃES TEIXEIRA (ele gostava de CARLOS GOMES).
Como o excelente Prefeito em 1986, Magalhães Teixeira encenou "O GUARANI" no Castro Mendes. Na época não havia problema de acústica, de pé direito etc. no Castro Mendes, como também não teve problema em 2004 para a ópera "O ESCRAVO" e "COLOMBO" quando o Dr. Lauro Périches reinaugurou o teatro.
Elenco de 1977 e 1978 de "A NOITE DO CASTELO":
Leonor: Niza Tank
Henrique : Luiz Tenaglia
Fernando noivo da Leonor : Alcides Acosta (ABAL)
Ignez: Vera Pessagno (ABAL)
Conde Orlando : Baldur Liesenberg
Coral Unicamp, Coralusp e integrantes do Madrigal Decason, Sinfônica de Campinas com regência de Benito Juarez (este gostava de CARLOS GOMES).
Hoje no Caderno C do Correio Popular continua a série de reportagem a respeito do
FOSSO do Teatro Castro Mende e Centro de Convivência.
A seguir a versão internet da matéria do Caderno C deste domingo dia 19/9:
by Paula Ribeiro
DA AGÊNCIA ANHANGUERA
paula.ribeiro@rac.com.br
A polêmica retirada do fosso do teatro Castro Mendes pode ter uma solução, ainda que não seja das melhores: reativar o proscenium do teatro interno do Centro de Convivência Cultural. Pouca gente sabe ou se lembra, mas o Centro de Convivência possui um fosso de dimensões razoáveis onde, há dez anos, a orquestra se instalava para algumas apresentações.
Com o passar do tempo, o local foi desativado devido à infiltração da água das chuvas e do lençol freático que passa embaixo da construção, mas pode ser uma opção para as poucas apresentações de ópera e balé com orquestra que acontecem anualmente na cidade e cujos representantes estão revoltados com a possibilidade da retirada do fosso do teatro Castro Mendes, proposta do renomado arquiteto José Augusto Nepomuceno responsável pelos projetos acústicos da Sala São Paulo, do Teatro Alfa, do Auditório Ibirapuera, e do Schermerhorn Hall (Estados Unidos), entre outros.
O Caderno C teve acesso ao local na última sexta-feira e conversou com funcionários do teatro. Com 16 metros de largura, 12 metros de profundidade e 2,50 de altura e 3,60 de comprimento e cheio de estruturas metálicas que apóiam o proscenium do palco, foi pouquíssimo usado. “Trabalho aqui há 13 anos e vi o fosso ser usado apenas três vezes. Apesar de haver um fosso no Castro Mendes, o pessoal decidiu usar esse aqui por usar mesmo”, lembra Ricardo Pereira, coordenador dos teatros e auditórios da cidade.
O fosso, porém, demora menos tempo de ser desmontado e montado do que o do Castro Mendes. “Esse aqui é menor, demora cerca de oito horas para ser desmontado. O do Castro Mendes demora 14 horas, sem descanso”, explica Renato Gil, chefe de setor do Centro de Convivência.
Para ser reativado, o fosso, que abriga uma bomba de sucção para retirada da água que invade o teatro nos períodos de chuva, teria de passar por reformas no piso e parede (atualmente de alvenaria) e tratamento acústico adequado.
Para o secretário de cultura Arthur Achilles, a reativação estava completamente fora de cogitação, mas pode ser uma solução, em último caso. “O fosso do Convivência foi desativado por causa do lençol freático que passa por baixo do teatro, mas ele existe. Não era uma opção, mas dadas as reações, não descarto a possibilidade de se tornar”, diz.
MÚSICOS
Há duas semanas o Caderno C vem pedindo um posicionamento dos músicos da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas em relação à retirada do fosso do Castro Mendes.
Por dois dias esta repórter ouviu opiniões diversas em relação ao assunto na saída dos ensaios da orquestra. Enquanto o flautista Maurício Florence é extremamente contra, Isac Emerick, primeiro trompetista, se mostra a favor.
“Essa ideia de tirar o fosso é frescura de arquiteto. Diante do contexto pelo qual a realidade cultural de Campinas está passando, não se pode retirar. Para a orquestra é muito importante e enriquecedor tocar óperas e participar de apresentações de balé”, afirma Florence.
Já Emerick é mais ponderado. “Se o cara, que é uma sumidade no assunto, falou que o som fica melhor sem o fosso, voto para que tire. Se é para o som da orquestra ficar melhor, isso é o que importa”, afirma.
MAGALHÃES TEIXEIRA - UM GRANDE PREFEITO
Confessando que boa parte dos músicos está alheia ao assunto, a clarinetista Elaine Lopes, que também é vice-presidente da Associação dos Músicos da Sinfônica, está combinando com o grupo de se reunir na próxima terça-feira para que todos possam se informar melhor sobre o tema e tomar um posicionamento, uma vez que o fosso é destinado a orquestras.
Atualmente, as perfurações estão sendo realizadas manualmente. A previsão é de que até setembro de 2011 o Castro Mendes seja reaberto. Foram investidos R$ 7,4 milhões na obra. (PR/AAN)
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