'FOSCA'
Sobre a FOSCA, publica a GAZZETTA MUSICALE DI MILANO, em 2 de novembro de 1890:
Certamente a Fosca ocupa – até agora – entre as óperas de Gomes, o primeiro lugar como seriedade de intentos e como perfeição de feitura: sua partitura revela um musicista enamorado da arte que ele cultiva com consciência e paixão profunda.
Gomes foi chamado ao proscênio 24 vezes no curso da ópera e 3 depois de descida a cortina.”
CURIOSIDADES DO MES DE CARLOS GOMES
O CORETO ONDE ACONTECEU A FESTA - Arquivo Pessoal
O jornal GAZZETTA MUSICALE DI MILANO nº 34, de 24 de agosto de 1884, comenta sobre a grande festa em Vila Brasilia:
O jornal GAZZETTA MUSICALE DI MILANO nº 34, de 24 de agosto de 1884, comenta sobre a grande festa em Vila Brasilia:
Assim sucedeu que, por uma concatenação de efeitos devidos a uma única causa, fosse ideada, projetada e realizada uma estupenda festa artística que unia o duplo objetivo do adágio latino – o belo com o útil – agradando os sentidos e beneficiando o Asilo Infantil há pouco fundado no pequeno, elegante e genial grupo de casas que forma o burgo de Maggianico, quase às portas de Lecco.
Não podendo fazer, pela limitação do espaço, a descrição do lugar, falaremos – embora brevemente – do concerto, para o qual uma seleta multidão de pessoas e de nomes se reuniu domingo passado, 17 do corrente, na esplêndida Villa de Carlos Gomes, onde precisamente o concerto teve lugar.
Desde as horas matutinas de domingo, veículos das redondezas e trens ferroviários conduziram a Maggianico um número considerável de visitantes, todos com o único propósito de acorrer ao concerto – à excepcional solenidade artística de beneficência.
O senhor Gomes, para melhor acomodar tanta gente, cobriu com uma enorme tenda a plataforma que dá acesso ao salão, de modo a formar como que um único ambiente onde todos pudessem ouvir e saborear o concerto.
Além de Gomes, anfitrião e alma da festa, vimos Ponchielli com a sua senhora, os cônjuges Appiani, conhecidos pianistas, Dominiceti, que veraneia em Maggianico, Ferdinando Fontana, que desceu de Caprino Bergamasco, Arrigo Boito, o pintor Formis, Cardinale, Cotone, Villani, Varesi – nomes queridos à arte musical – e um deputado, Prinetti.
O concerto, iniciado às 2, terminou às 4,30. O programa foi longo, mas interessantíssimo, e ninguém, com certeza, objetou sobre a demora do tempo empregado.
Quanto à parte cantada, receberam aplausos merecidíssimos Cardinale (tenor), a senhora Ponchielli-Brambilla, a senhora Martinez (soprano), Villani (baixo), Cotone (barítono).
Quanto à parte instrumental, fizeram furor no piano o casal Appiani, como sempre, bravíssimos, eficazes, e o professor Romeo Orsi com o clarinete, que diremos todo seu, tão bem o toca.
A orquestra não foi esquecida; a pequena orquestra de Cappelli, que executou de modo incomparável a Overture de O Guarani e a Dança das Horas, de A Gioconda – brilhante homenagem aos dois gênios musicais e aos dois corações de artista que deram fama à morada de Maggianico.
O concerto, esplendidamente bem-sucedido do lado artístico, o foi também pelo lado material da beneficência: 1.500 liras entraram em caixa, oferecidas por generosos doadores que contribuíram com quanto quiseram, fundando o asilo infantil da risonha cidadezinha.”
FRASE DA VEZ:
“CONFESSO MINHA GRATIDÃO AOS AMIGOS DO PARÁ QUE, AFINAL DE CONTAS, FORAM OS ÚNICOS A DAREM UM EMPREGO QUE CONDIZ COM MEU OFÍCIO, CONFORME O MEU ANTIGO DESEJO." (Antonio CARLOS GOMES)
Fonte: Meu livro "OLHOS DE ÁGUIA - ANTONIO CARLOS GOMES - A TRAJETÓRIA DE UM GÊNIO" - a ser publicado.
OLHOS DE ÁGUIA
Belos resgates históricos!
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