A CAÇA AO TESOURO
Começa a disputa pelos US$ 22 bilhões em ouro e pedras preciosas encontrados nas galerias de um templo hindu.
Nem o mais otimista dos membros da comissão que descobriu o tesouro do templo de Padmanabhaswamy, na região de Kerala, na Índia, estava pronto para ver o que viu. Das galerias secretas da construção, erguida no século XVI, saiu o equivalente a US$ 22 bilhões, ou R$ 34,6 bilhões, em ouro e pedras preciosas. Tudo oferecido através dos séculos pelos devotos de Vishnu, um dos principais deuses hindus e o homenageado do templo. Enquanto a notícia corria o mundo, um embate interno pelos direitos sobre os bilhões se armava. Com quem ficaria a fortuna?
Oficialmente, o templo pertence aos descendentes da família real Travancore, da região de Kerala. Embora a dinastia não tenha mais status de realeza, perdida com a independência da Índia em 1947, ela manteve influência suficiente na região para continuar administrando o templo e suas doações. Acontece que o mando dos Travancore sobre Padmanabhaswamy foi colocado em xeque, recentemente, por denúncias de mau uso de doações. E, como a suprema corte indiana tem se mostrado cada vez mais ativa no combate à lavagem de dinheiro, resolveu organizar uma comissão para investigar o local.
Acabou descobrindo os US$ 22 bilhões em ouro e pedras. O valor, bem acima de qualquer estimativa, aumentou as suspeitas de fraude e a pressão para que o Estado assumisse o templo e investisse o dinheiro em melhorias para a região. “Há uma decisão da corte de Kerala determinando que o governo assuma o templo”, disse V.S. Siva Kumar, ministro para templos da Índia, ao jornal “India Times”.
A declaração foi logo contra-atacada por outro membro do governo. “A família faz parte da história e tradição do templo”, explicou Ramesh Chennithala, líder local do partido da maioria no Congresso indiano. “Não é certo ignorar o direito que eles têm sobre os rumos do templo”, argumenta.
Enquanto a disputa não se resolve, Padmanabhaswamy continua oficialmente sob a tutela da família Travancore, embora o Estado já tenha marcado presença dentro do templo com militares e guardas que agora fazem a segurança do tesouro. Afinal, não é só a família Travancore e o governo indiano que arregalam os olhos para os US$ 22 bilhões.
FRIO INTENSO
A gana por dinheiro é sempre a mesma em qualquer lugar. E o povo? Ora, o povo... este nunca terá vez nem espaço.
ResponderExcluirEsse dinheiro pertence às sucessivas gerações de Kerala que doaram essa riqueza e deve sim voltar à população, em forma de benefícios para a região. Escolas, hospitais, teatros, nuseus, empregos. Tudo para que o povo possa ser auto suficiente e ter uma condição de vida boa após o término da fortuna. Que, aliás, vai acabar rapidinho. Não é preciso ser juiz togado para ver isso claramente. Liliana
Mas povo burro e ignorante é só o que interessa: É manso e não dá trabalho !
ResponderExcluirNo mínimo: “Há uma decisão da corte de Kerala determinando que o governo assuma o templo”, disse V.S. Siva Kumar, ministro para templos da Índia, ao jornal “India Times”.
ResponderExcluirAs culturas têm suas peculiaridades, mas um povo sem instrução é o bem maior para os aproveitadores.