AO MESTRE COM CARINHO

MEU PROFESSOR AQUINO

                      Professor Aquino foi meu mestre no curso de Linguas Anglo-Germânicas e hoje é meu amigo muito querido.

Era enérgico, mas sabia reconhecer como ninguém as alunas aplicadas e que levavam o curso a sério. Juntamente com meu pai, Aquino ensinou-me a lutar por todas as coisas sonhadas, a correr atrás dos sonhos e a lutar pelo que acredito.
Tenho muito orgulho por ter sido sua aluna.

 Um homem de bem ! (Denise)

"Faz tempo que as salas da PUCC se tornaram uma extensão da casa do professor Carlos de Aquino, que neste ano vai receber o título de Doutor Honoris Causa.
Afeito às formalidades, notadas pelo uso que faz das palavras, é um misto de admiração e respeito.
                     Passa a maior parte da vida na sala da Equipe de Estudo e Acompanhamento Pedagógico, no Centro de Linguagemn e Comunicação, em que atua desde 2010.
Com caligrafia clássica, tem o hábito de escrever tudo à mão em cadernos.
Não usa computador - sua sala é a única sem o equipamento.

O professor completará 80 anos no dia 1º de julho. 
Nascido em Portugal, mas veio para o Brasil com um ano de idade.
Filho de agricultores, foi criado em Ourinhos, numa fazenda de café, de onde saiu aos 11, para estudar num colégio interno em São Carlos.
Em 1948 decidiu estudar Letras. Sua paixão parece ter uma genética ligada à terra natal.
Depois de formado, passou por vários colégios: Culto à Ciência, Notre Dame, Liceu, até chegar ao Colégio de Aplicação Pio XII e ainda assumiu em 1963, aulas de Teoria da Literatura e Literatura Brasileira no Instituto de Letras.

Em 1979 assumiu a vice-reitoria acadêmica da PUCC.
O cargo seria novamente dele na gestão 1997-2001.
Depois disso, o professor ficou na diretoria do Curso de Letras até 2009, cargo que exercera outras vezes anteriormente.
Foram 17 anos à frente do curso.

Nos anos 70, ao trabalhar com alfabetização de adultos, conseguiu fazer com que Paulínia se tornasse modelo na área.
Em 1996, o professor foi um dos brasileiros envolvidos na libertação de Timor Leste que, embora livre de Portugal desde 1975, estava sob o jugo indonésio.
Foi com a ajuda de Aquino, que José Ramos Horta, líder da resistência, teve apoio do presidente Fernando Henrique Cardoso, que o recebeu em Brasília.
Isso só foi possível por outro fato na vida do professor: estudante, participou da Juventude Universitária Católica, da qual a mulher de Fernando Henrique, Ruth Cardoso também fizera parte. Pela intermediação de amigos, a audiência foi marcada.
Metódico e respeitado, ele está na Universidade o dia todo: só sai para almoçar com Norma, sua mulher e para voltar para casa, no final do dia, não sem antes, respeitosa e carinhosamente, deixar seu 'boa noite' a quem chega ou fica."
(Fabiano Ormaneze)

Ao meu mestre, com todo meu carinho e imensa gratidão, esta homenagem singela, mas cheia de sinceridade e amor. A reportagem não é minha, mas vem acompanhada do meu desejo de muitas felicidades e muitas conquistas mais. 

A vida da gente passa célere, mas as coisas boas e as pessoas importantes... essas  permanecem gravadas no coração da gente. (Denise Maricato)

PEDACINHO DO CÉU