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segunda-feira, 9 de maio de 2011

'O GUARANI' BRILHA EM SALVADOR !

ÓPERA “O GUARANI” GANHA SUA PRIMEIRA MONTAGEM BAIANA
                    A obra clássica que projetou internacionalmente o maestro CARLOS GOMES vai ocupar o palco do TCA, com a ALBA, OSBA, a Escola de Dança da Funceb e solistas convidados.

O tenor Rinaldo Leone e a soprano Vilma Bittencourt vivem o casal Pery e Cecy.
                   A maior ópera brasileira, O Guarani, ganha sua primeira montagem baiana, numa iniciativa da Associação Lírica da Bahia (ALBA).
                    A obra clássica do maestro Carlos Gomes foi ao palco do Teatro Castro Alves com 170 artistas, entre solistas convidados, integrantes da ALBA, músicos da Orquestra Sinfônica da Bahia, bailarinos da Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado e atores locais.
                     A direção e a concepção do espetáculo são do tarimbado mineiro Francisco Mayrink, dando continuidade a uma frutífera parceria com coro lírico baiano e a DA RIN Produções Culturais, que teve como resultado mais recente o sucesso La Traviata, de 2009, com três dias de ingressos esgotados no TCA. O Guarani teve também três récitas, nos dias 28 e 30 de abril e 02 de maio, às 20h, com ingressos (inteira) a R$30,00 (inteira). O espetáculo contou com o apoio financeiro do Fundo de Cultura e da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia.
                   A ALBA, que há 28 anos mantém o desafio de montar óperas na Bahia, com qualidade profissional, artística e técnica, já levou ao palco do TCA criações emblemáticas do gênero, como La Bohème, Madama Butterfly, Il Trovatore e Cavalleria Rusticana, além de inúmeros concertos sinfônicos, oratórios e cantatas. Nessa trajetória, ocupa posição de destaque na agenda cultural da cidade, pela fidelidade à proposta de popularização de óperas no estado, com montagens à altura das obras internacionais que escolhe para o seu repertório.
                      A nova investida é a criação maior do brasileiro Antônio CARLOS GOMES, que o projetou internacionalmente e única ópera latino-americana a se manter constantemente nos palcos internacionais. “Vamos comemorar na Bahia, em grande estilo, essa esplêndida história de O Guarani, que fez 140 anos em 2010”, lembra Oseni Sena, presidente da Alba.

ROMANCE E AVENTURA
                        O Guarani, composta em quatro atos (Os Aventureiros, Peri, Os Aimorés e A Catástrofe), estreou no Teatro Scala de Milão, na Itália, em 19 de março de 1870, com libreto em italiano de Antonio Scalvini, e conquistou imediatamente uma grandiosa repercussão. A ópera se baseia no primeiro romance indianista de José de Alencar, escrito originalmente em 1857 e que transcorre no Brasil de 1560, no litoral do Rio de Janeiro, onde vive Dom Antônio de Mariz, um velho fidalgo português.
                    A história gira em torno de sua filha Cecília (Cecy), que desperta paixão, simultaneamente, em quatro homens: Gonzales, um aventureiro espanhol; Dom Álvaro, nobre português a quem foi prometida em casamento; o cacique aymoré; e Pery, por quem Cecy também se apaixona. Para o casal de adolescentes (Cecy, 16 anos, e Pery, 18), a descoberta do amor vem acompanhada das suas diferenças étnicas e culturais. Em clima de romance e aventura, a ópera também retrata a história verídica da dizimação dos índios aymorés.
                   Para viver o casal protagonista, foram convidados a soprano Vilma Bittencourt (DF) e tenor Rinaldo Leone (SP), ambos com trânsito em palcos internacionais e grandes óperas no currículo. Já Dom Antônio será vivido pelo baixo Eduardo Janho-Abumrad (SP); Gonzalez, pelo barítono Homero Velho (RJ); o cacique, pelo baixo Sávio Sperandio (SP); e Dom Álvaro, o tenor Júlio César Mendonça (BH). O Guarani teve como regente italiano radicado na Bahia Pino Onnis e contou com Elisa Mendes na assistência de direção e Antrifo Sanches na direção de cena. As coreografias, um dos destaques da montagem, foram assinadas por Denny Neves.

“É um novo e grande desafio, que se realiza graças à experiência e à perseverança dos profissionais envolvidos em levar adiante essa empreitada”, comenta Virgínia Da Rin, que coordena a produção do espetáculo, reafirmando também a parceria com a Alba. A tarefa envolveu mais de 40 profissionais das diversas áreas técnicas ligados diretamente à produção.

FICHA
Ópera: O Guarani
Compositor: CARLOS GOMES
Concepção e direção: Francisco Mayrink
Regência: Pino Onnis
Com: Associação Lírica da Bahia e Orquestra Sinfônica da Bahia
Solistas: Rinaldo Leone (Pery), Vilma Bittencourt (Ceci), Homero Velho (Gonzalez), Eduardo Janho-Abumrad (Dom Antônio), Sávio Sperandio (cacique aymoré), Júlio César Mendonça (Dom Álvaro), Sandro Machado (Rui Bento), Josehr Santos (Alonso).
Participação: Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia.
Assistente de direção: Antrifo Sanches
Direção de cena: Elisa Mendes
Coreografias: Denny Neves

Realização: Associação Lírica da Bahia
Produção: Da Rin Produções Culturais

Cenários da ópera O Guarani apresentada no final de abril/2011 no Teatro Castro Alves-Salvador-Bahia
http://centrotecnicotca.blogspot.com/2011/05/com-direcao-de-francisco-mayrink.html
                     Com direção de Francisco Mayrink, estreou no dia 28 de abril, no Teatro Castro Alves, a ópera “O Guarani”, de CARLOS GOMES, tendo quatro atos, que são Os Aventureiros, Peri, Os Aymorés e A Catástrofe. Baseada no livro O Guarani, o desencadear da trama é a partir do amor de Pery e Cecy. Pery defende sua amada e a salva do cerco que os aymorés fazem na fortaleza para se vingar da morte de uma índia.
              José de Alencar

                              De autoria de Euro Pires, o cenário desenvolvido é uma floresta e uma fortaleza dentro dessa floresta. Para ter um aspecto real, foram feitas pintura e modelagem, a fim de darem formas a esses ambientes. As plantas também foram usadas com o objetivo de tornar a cenografia mais realista. Como o castelo, no final, é explodido, buscou-se uma solução bem simples, que é criar uma explosão falsa do palco e fazer as paredes desabarem, uma vez que são de papel, portanto, sem complicações.

                           Teve que haver a disponibilização do espaço para o castelo e os índios. Era preciso ter o mesmo espaço ocupado tanto pela floresta dos aymorés, quanto pelo castelo. Assim, foi necessário adaptar o castelo de maneira que ele saísse de cena e esse mesmo lugar virasse a aldeia dos índios. A idéia foi fazer uma floresta e ao fundo construir uma passarela que se transformasse num morro, onde os índios aparecessem e circulassem, além dos aventureiros. Também é o local para a fuga de Pery e Cecy, no final, quando ele consegue salvá-la durante a destruição do castelo.

                       Na confecção do cenário, trabalhou-se com materiais reciclados, usando muito tecido, madeira e papel.
  
Il Guarany - Bailado do 3º Ato - 1ª Parte

 ÁFRICA SELVAGEM

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