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segunda-feira, 12 de outubro de 2009
JOSÉ PEDRO DE SANT'ANNA GOMES, MEU TRISAVÔ
Irmão e amigo dedicadíssimo do genial maestro. Também era músico e compositor, mas de uma grande modéstia e todos os seus esforços foram em favor do irmão. Compôs com técnica segura, forma correta e profunda inspiração, vários quartetos e quintetos, além de uma “Ave-Maria Stella”, que compôs para a cerimônia inaugural da Matriz Nova, um quinteto “Saudade”, dedicado ao irmão que se encontrava na Itália, um quarteto para cordas, dedicado a D. Pedro II, homenagem que tributou ao Imperador, pelo amparo que este dispensara ao irmão querido, mantendo-o na Europa, durante anos seguidos.
Entre seus muitos irmãos, aos quais sempre amou intensamente, ACG tinha marcada predileção por Juca, seu único irmão germano. Juca foi ao longo de toda a sua existência, seu melhor amigo, o companheiro de suas primeiras lutas artísticas no Brasil, o amparo e o consolador desvelado de suas primeiras mágoas, o homem que, como pai extremoso, representou sempre para ele, o tronco familiar, o esteio moral e material a que sempre recorrera e que nunca lhe faltou.
Deolinda, mulher de Juca, era pianista.
Sant’Anna Gomes, além de compositor de grande valor, violinista emérito que chegou a ser um “virtuose”, professor de música e regente da Orquestra do Teatro de Campinas, também conhecia a fundo o ofício de ebanista.
A música de Sant’anna Gomes não oferece trechos de arroubos, páginas brilhantes; é de inspiração delicada, com rara nobreza de fatura.
Não foram os operistas italianos e alemães os seus modelos, mas os mestres da música de câmara, principalmente Mozart, que ele abeberou, como uma espécie de unção religiosa.” (Dr. Pelágio Lobo em artigo publicado no “Correio Paulistano”).
Juca tocava vários instrumentos, mas também era exímio violinista.
Teve a viola como seu preferido. Era brilhante sua atuação nos meios musicais de Campinas em sua época e foi de uma abnegação extraordinária pelo destino de Carlos Gomes, seu irmão de sangue e de arte, mas tão diferente dele no temperamento.
Quando Carlos Gomes triunfava na Itália com a primeira representação de “O Guarani” no Scala de Milão, Sant’anna Gomes lá se encontrava.
Em 1865 a Banda do Maneco ainda participava ativamente do carnaval campineiro, que era um dos mais animados. Nesta época já haviam proliferado as bandas de música. Em 1864, se incorporaram à folia cinco delas: a banda do Sant’anna Gomes, a do Joaquim Romão (Banda Romana), a Santa Cruz, a Philorfênica (de Sant’anna Gomes também) e a Euterpe Infantil.
Ainda ativo em 1867, Maneco realiza trabalhos para a Câmara, mas um novo nome começa a tomar o lugar do velho músico: José Pedro de Sant’anna Gomes, o abnegado Juca, que a esta época já regia a abanda que levava seu nome e a Philorfênica, fundada em 1863.
Era o mestre-ensaiador, Juca Músico, como lhe chamavam todos.
(MINHA BISAVÓ, ALZIRA GOMES MONTEIRO, FILHA DE SANT'ANNA GOMES, MEUS FILHOS RODRIGO MARICATO LOPES,ÉRIKA M. LOPES MONETA, GUSTAVO MARICATO LOPES E EU)
Sant’anna ainda regeu a Orquestra do Teatro São Carlos e trabalhou na Igreja, em substituição ao pai. A atividade musical também se transformara.
A inauguração da Matriz Nova se deu em 8 de Dezembro de 1883.
Foi apresentada a obra de Sant’Anna Gomes, “Ave Maris Stela, para mezzo-soprano, viola d’amore, executada pelo próprio Sant’anna à viola e orquestra.
No sepultamento de Maneco, os acordes lamentosos da banda, emolduravam o fim de uma época. Seu sucessor, ao seguir o cortejo fúnebre, já era o retrato do novo músico: apesar de ainda estar ligado à Igreja, seu lugar era o Teatro São Carlos, os salões e as agremiações artísticas, que surgiam cheias de vigor.
O grande herdeiro musical de Maneco foi José Pedro, que inclusive recebe o mesmo apelido do pai. Teve larga atuação como professor, foi exímio violonista e compositor inspirado, tendo executado também viola d’amore. Juca teve um coração amigo por excelência, ao qual Tonico recorreria até morrer, dele recebendo, pela força da ascendência, os conselhos do bom senso.
Querida Denise atualmente vivo em outro estado do Brasil , quando estive a primeira vez em campinas pude conhecer algumas casas antigas e me sentir familiarizado com a região , nasci com a sensibilidade musical e espiritual , sou nessa existencia de uma familia de musicos também , entre eles minha prima Rosinha de valença, MAS NA MINHA ULTIMA VIDA , nasci em Campinas , posso dizer que voltei e que fui seu trisavõ José Pedro santanna gomes. foram muitas esperiencias que vivi para esse conhecimento diso que te falo. Fique com Deus e saiba que a vida é eterna apenas somos caminhantes em busca constante do aperfeiçõamento mental . bjs
ResponderExcluirFiquei feliz com seu comentário, mas gostaria muito de saber seu nome e seu e-mail !
ResponderExcluirAbraço