Páginas

terça-feira, 14 de maio de 2013

A ARTE DE LALIQUE


RENÉ LALIQUE - O GRANDE DESIGNER
René Jules Lalique (nasceu em Ay, Marne, França, 6 de Abril de 1860 - faleceu em 5 de Maio de 1945) foi um mestre vidreiro e joalheiro francês.
Teve um grande reconhecimento pelas suas originais criações de jóias, frascos de perfume, copos, taças, candelabros, relógios, etc., dentro do estilo modernista, (Art nouveau e Art déco). 
 
A fábrica que fundou funciona ainda e o seu nome ficou associado à criatividade e à qualidade, com desenhos tanto faustosos como discretos.
Grande admirador e colecionador da obra de Lalique, foi Calouste Gulbenkian, empresário petrolífero de origem armênia radicado em Portugal, que criou o Museu Calouste Gulbenkian em Lisboa, onde se expõe uma parte importante da obra de René Lalique.
Aos 16 anos iniciou a sua aprendizagem com o joalheiro parisiense Louis Aucoq e depois ingressou nos cursos do Sydenham Art College em Londres entre 1878 e 1880.
 
Ao regressar à França trabalhou, entre outras, para as empresas Aucoq, Cartier e Boucheron.
 
Em 1882 começa a fazer desenhos independentes para muitas casas de jóias de Paris, e em 1886 abre a sua própria joalheria. 
Em 1890 era já reconhecido como um dos desenhadores de jóias Art Nouveau mais importantes de França, criando peças inovadoras para a loja La Maison de l'Art Nouveau de Samuel Bing, em Paris.

Seguindo as fontes de inspiração da Arte Nova criou peças representando fauna e flora, (pavões-reais, borboletas e outros insetos reais e imaginários). 
Inovou utilizando materiais pouco comuns à joalheria da época, como o vidro, esmalte, couro, marfim, nácar, e utilizando mais pedras semi-preciosas que preciosas. Os seus desenhos eram realizados por uma equipe de ajudantes de diversas especialidades.
Depois de ter aberto uma loja na Place Vendôme de Paris, concebe frascos de perfume em vidro, sendo assim o primeiro a imaginar a comercialização de um produto tão emblemático de luxo e do refinamento numa embalagem igualmente delicada e esplêndida. 
Mas também pensou produzir estes belos objetos em grandes séries, fazendo a sua arte acessível a um número crescente de pessoas.

Em 1914, reconverteu a sua fábrica de vidro para produzir material médico para hospitais e farmácias. 
 
René Lalique não se contentava com desenhar os seus modelos, e construiu também uma fábrica em Wingen-sur-Moder para produzir em grandes quantidades, patenteando diversos processos novos de fabrico de vidro e vários efeitos técnicos, como o satinado Lalique ou o vidro opalescente.

A excelência das suas criações e o gosto que aplicava às suas obras valeram-lhe ser encarregado da decoração interior de numerosos navios, trens (comboios) como o Expresso do Oriente, igrejas como a de São Nicásio de Reims e numerosas construções religiosas e civis.

René Lalique foi o primeiro a esculpir o vidro para grandes obras monumentais, como as portas do Hotel Alberto I de Paris ou as fontes dos Champs Elysees.
Artista revolucionário, tão admirado e considerado excêntrico, tem um grande número de seguidores, a partir dos tribunais europeus para ambientes artísticos e industrial em todo o mundo.  
Este gênio prolífico, apelidado de "o Rodin de transparências", infundiu sua Maison com tal força poética que 150 anos depois, o encanto ainda opera e sua arte tornou-se atemporal.

BRANCA-DE-NEVE

2 comentários: